domingo, 5 de novembro de 2023

(m)arca(r)

Aprenda a aceitar aquilo que já aconteceu. 

terça-feira, 31 de outubro de 2023

Vidi

 A verdade

Varia

(É verdade!)


De tantos lados

Com tantas opções

Através de tantos sistemas e convicções


Mas do que importa? 

Viver uma verdade vazia que nada contempla? 

Que cisma em julgar o pertencer (justamente) no perecer? 

Que aponta o irreal como a única realidade? 

Que não olha para o entorno antes mesmo de se reconhecer?


De tantos nuances que não fazem parte dos nossos dias... 

O que mais clama por persistir é a necessidade de existir! 

A cada hora, a cada momento... 


Esquecemos que temos a nossa parte (aqui) como algo não dado

E o que de fato acontece... 

É que a vida escorre por entre os nossos dedos, deixando, muitas vezes, nem mesmo marcas 

(Ou muitas vezes, como irrompe o mundo, marcas demais... escorrendo vidas por aí...) 


O que é melhor?

O que é pior? 

Quem vai saber...


As marcas trazem histórias (e sofrimento) 

Mas atestam que de fato algo esteve aqui

E se deveria? Ou não deveria? 

Isso fica a revelia do destino 


Mas, o que é a vida se ela não for feita (exatamente) para viver?

...

(sem ilusões! sem alusões!)


A certeza (diferente da verdade) é única: 

Estamos aqui, agora! 


(e o agora se esvai, a cada momento, junto com a certeza...)


Não convém representar...

...nem desejar deixar marcas


Como um sopro... 

Tudo se esvai

Inclusive, as memórias 






Que seja, então.

segunda-feira, 8 de maio de 2023

Hazy

Between the dark hazy shadows that cover our faces in the suturnous night - there is something else that is present. 

Our feelings try to company us - and accomplish that we stay - here. 

Other than anywhere else.

Cause other than the sunny pages that are shown in the files around us, there is also the gloomy air that cover us around. Like that old book you used to read in the afternoons after class. 

Because life is a sordid tool of taking out what we had - and don't quite providing something else in return - to substitute what once was there. 

It is an odd presentation of champters that most of the time doesn't quite related to themselves - like a story that wasn't planned before being written. 

All we can - and have to - do is simply collecting our pieces to try to sum up and get anything out of it. 

There is no way to related what was back there to was is going to happen - and we are simply in the middle of this tornado of souls that drives (around) us. 

It is such a funny taste when you imagine want you wanted - and what you got. 

Who you were - and who you are - and exactly who you think you are going to be. 

This is definitely an untold tale that mix up the worse of it all with some odd parts that let us have a crsital vision and identify that we are indeed here. 

And the more we stay in this corridor created by the actual society the less we are able to disperse within the world itself - and to migrate us into this whole of the existence, that shines light as a candle. 

A warm, little incadescent light of hope within the whole darkness of the reality. 

What can be good - or bad. And that is not the matter. 


All that we might need, want and deserve is just a bit of peace a true moment of rest to dwell into the perfect moments of this existence - to, indeed, exist. 

And what is more to be asked? 

Than just to be able to reach this counciousness.


It is a crazy way of putting us back and around into what is exactly real - and to see, that the less we worry is the more we get. 


These are manuscripts of those who are lost - lost within. 

And that sometimes a glimpse of truth reach our very being - and keep on carrying us. 

Because we are a lot - and yet, so little - and more and more less. 


Go round, around, all around me. All around ourselves. 

And take it all from us. 

Leave what is exactly necessary. 

Let us just be assertive and be able to continue. 

Until tomorrow, that is indeed another day.


The road to the grave is straight as an arrow, I'm just staying around to sing your song


quarta-feira, 1 de março de 2023

Vago

Quando um encontro gera mais desencontros que você podia esperar, as vezes a única saída é (se) desencontrar. 


E sair ... nem sempre é para melhor. 

Nem sempre a saída é única. 

E nem sempre se sai. 


Soturnas são as datas que representam essas mudanças.

Esses desapreços, 

Esses deságios. 


De nada são, além de passagens.

Molduras e recortes,

De um amanhã que já não se faz mais hoje. 


Enquanto o hoje,

Cisma em continuar sibilando a sua frente. 

Mesmo que tenha o dissabor de sempre, 

Pois, 

Não deixou de ser outra coisa. 


A sana senda da solitude, 

Que pouco importa no fim dos(eus) tempos. 

Aliás, só seu não-ser estará marcado nele. 


E a despedida... 

Ah! 

Toda essa experiência pode ser tão ácida (quanto básica...) que somente o tempo será capaz de fazer dela um mero recordo, dentro do seu índice de vidas (já vividas, ou não!). 

Mas sabe... o que sempre retorna é justamente aquilo que mais vivemos. 

E... pouco importa... 

As vezes a importância é o que temos (e precisamos) de menos - e isso é aplicável inclusive ao próprio ser. 


Tanto a discorrer, mas tudo que consigo expressar é a discordância, a dissolução e uma (das várias) face(s) da desistência.


Que de ser?

Mesmo sabendo que já não resta tanta coisa? 

Qual é o próximo sentido que vai transcorrer (ess)a vida? 


Pois a cada pedaço que se perde, não necessariamente (e pelo contrário!) acontece uma lapidação. 

Sinto mais como se fora uma espécie de dilaceração - da tênue vontade, da originária personalidade, do próprio ser. 


E o que acontece é...

Uma constante busca por si - em se saber quem se é - mas, não por descobertas, e sim pelo desenterrar do que foi substrato seu, um dia. 


A pérdida vivacidade nesse plano; 

Não há mesmo como planejar. 

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2023

Ceia

A vida é tão capaz de fornecer sonhos quanto os destruir.

E quanto o a mais se sonha, mais se destrói.


(E o que sobra são os pedaços, a serem reencaixados ... )


O que importa é que a vida não é sobre sonhar; é sobre adaptar. 

É sobre se reinventar a cada dia que a vida não te guiou até o caminho que um dia você sempre desejou - ou nem mesmo isso - às vezes tudo que aconteceu foi o que não se imaginou!

 

Ela não é sobre o amanhã. 

E muito menos sobre o que se passou. 


É sobre tentar estar presente no que acontece - agora - e fazer disso algo real.

Pois não existe outra solução para aqueles que um dia imaginaram coisas - elas se foram e elas se vão.

Nisso todos os planos se desfizeram; todas as expectativas se consumiram. 

E... é sempre tão vazio não ter nada, não o é? 


Mas chegar a esse ponto já deveria ser um costume - uma quase condição para (sobre)viver.

Mas a gente esquece (e teima a esquecer aquilo que não nos cabe...).


Talvez a ingenuidade permitiu que você traçasse caminhos, criasse cobranças. 

Mas não há lugar para esse tipo de coisa em um ser vazio, em uma alma deslocada. 


O que essa sociedade oferece - e cobra - só pode ser muito pouco para alguém sem ideais. Aliás, existe um mundo fora, e afora... é nele que (se) está... 


Quem poderia dizer o que fazer? E o que ser? 

Já se foram tantos... em apenas um(a). 


E o que posso dizer é que: tudo bem ; pois é exatamente o que é


Existem momentos, épocas e situações em que desempenhamos o papel que nos cabe na ocasião - e às vezes essa função nos preenche, nos dá sentido, nos faz avançar (ou simplesmente seguir, que seja).

Mas e se esse sentido só se fazia presente naquele momento? 

Como proceder? 


Não há o quê e como questionar o que faz sentido para alguém (e para você). Nem o que fez. 

Mas a questão é - qual é sentido, agora, uma vez que todo o resto (das ideias aos índices) foi desfeito? 


Amanhã é outro dia e ele há inevitavelmente de chegar. 

E que ele traga consigo outros ares, outras marés, outros pares - de ideias, de vontades e de enquadros. 

Pois o que um dia houve, não est(h)á mais. 

E há de haver o presente no futuro do amanhã.


E se tudo isso dói ou não, não é essa a questão. 

O que importa é seguir - sem se submeter a vontade que tentam te impor - mesmo que essa vontade seja simplesmente a sua. 


Sea, hemos de Cenar. 

quarta-feira, 4 de maio de 2022

S-

Do sol que se sai. 

Da dor que se vai.

Do nada que fica. 


Da possibilidade que não foi. 

Da certeza que insiste em se sujeitar. 

Da verdade que não existe mais. 


Daquilo que se acreditava, 

Não muito ainda resta. 


Viver por fantasmas, 

Seguir por brechas, 

Lançar-se pelos raios que percorrem a escuridão. 

A mesma de outrora, 

Mas com novos tons, 

Escuros iguais. 


Mas do por quê se sujeitar? 

Do caminho que se percorreu, 

Boa parte dos momentos, assim o foram.

Não é mais algo estranho; 

Não se é mais algo alheio. 


Deixar-se afetar pelo afeto, 

Torna os nuances mais perceptíveis. 

Mas nem só e nem disso se vive; 

Há ainda muito lá fora - 

Apesar do interior já estar vazio de si, de ser. 


Sobre tantos mesmos, 

Tantos eus. 

Sobre tantos ensejos, 

que já não são mais desejos. 

Resta a realidade. 

E nos resta encará-la, 

Como tal. 

Como é. 


E viver. 

...talvez essa seja a única parte realmente importante. 

Mas, nem sempre importa...


Apago os olhos. 

Fecho os pensamentos.

Sigo a transmissão. 


Será o que tiver que ser.


E escrevo para saber... 

Mesmo que não seja. 

Somática

Se soubesse como é ser insuficiente.
Se soubesse como é não se encaixar.
Se soubesse o que é nunca estar no lugar certo.
Se soubesse que a hora sempre foi a equivocada.
Se soubesse que de nada adianta ter boa intenção ou até mesmo coração.
Se soubesse que sinceridade não é capaz de construir situações (e cumplicidade).
Se soubesse que ter potencial não significa nada.
Se soubesse que estudar é somente distração.
Se soubesse que de nada ia adiantar.
Se soubesse que após tudo aquilo que me passa, se acerta separado.


Talvez a melhor situação fosse nem tentar. Nem mesmo cogitar.
Talvez já estaria entregue - talvez já estivesse certificado. 



A partir da dor que se consome ao perceber todos esses fatos, e a certeza de que a cada nova vez um pedaço de si fica para trás, não se apresenta qualquer cousa que delegue um novo sentido ou significado daquilo que foi - e que já não importa mais ter sido ou não - e tampouco torna possível significar um novo certame.


Sem hora, sem jeito, sem...
Certeza ou sinal.

Simples.
Simplório.
E nada sensato.


Só, afinal.