Além dos dias.
Das vontades.
Das tolerâncias.
Das incumbências.
De todos os fatos que se recorrem, tentamos fugir das questões que mais são permanentes em nossas vidas - e tudo isso para? Viver!
Se de fato pensamos a cada momento o que virá a ser o próximo... Não estamos nem cá, nem lá, nem em algum lugar.
Mas tampouco importa questionar a grandiosidade da questão que infere a vida, como um todo, sem que possamos dela sorver.
Estamos em um turbilhão de momentos que sempre trazem para o mesmo, para um sentido, em um simples caminho afluente do Agora. Talvez essa seja a perenidade da experiência - e talvez o que se possa configurar como existência. Tal a realidade do estar. Portanto, e por que não, tudo que acontece, aconteceu e acontecerá pode ser definido com essa mesma consistência - Real!
As memórias já se fizeram um dia como a única realidade que se foi presente na vida - já passaram a ser outra vida que um dia sequer soubemos que vivemos - elas simplesmente podem ir embora, ou se configurarem como a única coisa que realmente continua acontecendo... tais são suas nuances...
Creio que o que posso dizer, hoje, é simplesmente que elas foram o agora de outros tempos, e serão o agora de próximos momentos.
Elas são tão reais quanto a realidade que vivemos agora - e não há nada mais real do que estar aqui, agora, respirando e compartilhando tal ar com o Todo que nos cerca, preenche e nos compõe (ou seria, o compomos?).
Não há motivos para viver de qualquer outra forma que não seja essa!
(n)O Real. (n)O Agora.
O desafio é fazer com que essa consistência se permeie para (todo o sempre) o presente em quanto ele persistir em durar - nessa perspectiva a qual nosso invólucro (corporal, material, mental, espectral) nos permite, sem que isso se torne um limite.
Não há (mais!) como questionar o por quê dessa realidade, que simplesmente nos é dada - acontece, É! (e não há, não ser).
Há que se aceitar, conviver, intepretar e compartilhar.
Para de fato.
Viver.
O que por si só, não é uma tarefa fácil.
Mas.
É uma oportunidade.
E quem pode nos afirmar que não é única?
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A raiz. É. Tão. Real. Quanto. A seiva. Que a percorre.
O movimento é tão estático quanto a matéria que se renova.
Cima, baixo, dentro, fora - tudo faz parte de uma mesma unidade.
A singularidade é composta do infinito.
Ser