A verdade
Varia
(É verdade!)
De tantos lados
Com tantas opções
Através de tantos sistemas e convicções
Mas do que importa?
Viver uma verdade vazia que nada contempla?
Que cisma em julgar o pertencer (justamente) no perecer?
Que aponta o irreal como a única realidade?
Que não olha para o entorno antes mesmo de se reconhecer?
De tantos nuances que não fazem parte dos nossos dias...
O que mais clama por persistir é a necessidade de existir!
A cada hora, a cada momento...
Esquecemos que temos a nossa parte (aqui) como algo não dado
E o que de fato acontece...
É que a vida escorre por entre os nossos dedos, deixando, muitas vezes, nem mesmo marcas
(Ou muitas vezes, como irrompe o mundo, marcas demais... escorrendo vidas por aí...)
O que é melhor?
O que é pior?
Quem vai saber...
As marcas trazem histórias (e sofrimento)
Mas atestam que de fato algo esteve aqui
E se deveria? Ou não deveria?
Isso fica a revelia do destino
Mas, o que é a vida se ela não for feita (exatamente) para viver?
...
(sem ilusões! sem alusões!)
A certeza (diferente da verdade) é única:
Estamos aqui, agora!
(e o agora se esvai, a cada momento, junto com a certeza...)
Não convém representar...
...nem desejar deixar marcas
Como um sopro...
Tudo se esvai
Inclusive, as memórias
Que seja, então.