A dor que mais dói é aquela que insiste em doer... mesmo sem motivos para proceder.
Mesmo com resoluções, ela não cessa.
Dói.
Mesmo.
Dói, mesmo, que não haja onde mais machucar.
Dói, mesmo, que o plano tenha sido curado, peculiar.
Dói, mesmo... Mesmo sem se permitir, pois persiste...
A dor do que poderia ser, caso ela não insistisse...
Em não existir.
E quando a dor fala mais alto (que...) - o que mais podemos fazer, senão deixar de suportar...
E nos acostumar?
Com a dor da falta... para que, simplesmente, falte a dor.
Pois onde só há dor, nada frui. Nada flui.
E (meu) bem, mesmo que não esteja bem, o sol se põe a cada dia.
(Até o dia que não tiver mais nada para se pôr - não adianta se opor - aproveite o torpor que a escuridão propor)
É.
Mais um pedaço que desfaz, e se fibrila.
Irrompe. Interrompe.
E atesta.
O que é que (nos) resta?
