Vida após a morte.
Morte após a vida ...
Não, eu não falo de nada transcendental, nada religioso.
Falo da vida, como metáfora, da morte, como só ela sabe metaforicamente ser.
Vou tentar me fazer entender.
Mas primeiro é importante:
Se hoje - é, exatamente hoje - é dia de morte, amanhã pode ser que seja um dia de vida.
São momentos ...
São eles que nos fazem continuar - ou talvez a impugne esperança de que esses momentos de vida (que todos sabem, são raros) venham ocorrer.
O passado faz mais parte do presente do que o próprio futuro que se apressa sem percebermos ...
É complicado, eu mesmo não consigo (me) entender.
Mesmo assim deixe que eu continue; desconexo, sem foco ...
A morte como a própria é: Fim. (fim[-nalidade] do Fim. Final. A vida é só simplesmente o meio...)
Quando alguém morre - a intensidade tem muito a ver com qual é o papel metafórico que a própria assume; ou até mesmo que assuma o papel que todos nós conhecemos, que é o fim da vida do ser para o próprio mundo; simplesmente MORRER - nós mudamos.
Quando nós morremos, nós mudamos.
A morte é necessária à vida; a uma nova vida.
A todo dia pode haver a nossa própria morte.
Podemos simplesmente "matar" alguém.
E tudo muda após isso - esses são íntimos ligados por um fio; que no fim forma o novelo, e se desprende; precisamos achar a linha (que seja nossa; ou de preferência outra linha [leia-se outra vida, outro ser] ) para continuarmos a tecer o meio.
Daí sim eu digo: Essa é a vida que existe após a morte - nem sempre é melhor, mas ela existe; ou não: Por isso morte após a vida ...
Enfrentamos sempre essa morte passageira (ou não!) que decorre após a (uma) vida.
- Simplesmente considere que vida é tudo que já passou e não volta mais; e se voltar não será o mesmo. Era um outro mundo, outros seres, outras circunstâncias (viu como é outra vida?) ...
E mais uma vez; a NOSSA morte quando uma vida morre é passageira.
A morte de ente querido, ou de um ser que passou a ser existencialmente odiado, depende sempre da intensidade, é tudo tão pessoal e tão relativo ... a morte de uma época, o fim de um sonho ...
Mas temos que pegar (o que sobrou de) nós mesmos e continuar ...
Por menos que desejamos nossa morte passa, uma nova vida espera (eu já disse que nem sempre é a melhor, certo?).
Ou seguimos esse tênue círculo; ou simplesmente enlouquecemos.
Morremos; se não for pro próprio ser, será para os outros.
Um momento de vida ... um dia de vida ...
Um aniversário (vida ou morte? morte ou vida?) ...
O que te leva?
O que você quer que te leve?
... Uma leve brisa levianamente me destraí ...
Um meio involuntário, insensato, e que com certeza não foi nós mesmos que o escolhemos - mas as vezes simplesmente tinha de ser ... (a [nossa] Vida)
Momentos passam, momentos vão.
O que fica são as memórias, e a tola vontade de ter a (uma) vida para se lembrar - o que eu falei do passado?
Deixe os dias (o tempo, a morte, a vida - que decorrem deles).
Espero que eles também me deixem ...
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Um comentário:
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Morte? pq falar de morte LOGO HOJE ;S
hahahahahahahaahaha =/
A morte de uma coisa é o início de outra e blá³ sempre esperamos que esta seja melhor do que a anterior.
E quando esta não é, sentimos o gosto amargo do fracasso e matamos/morremos novamente.
Acho que isso também entra na questão da busca incessante da satisfação.
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E matar alguém é muito conveniente quando o alguém em questão é INconveniente hahahaahahahahaa
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Sabe que eu estava justamente pensando sobre isso hoje? Morte
Mas não morte-mudança, em MORTE-MORTE. A gente constrói uma trilha com nossos fracassos, conquistas, mata algumas coisas no caminho (sonhos, esperanças e até pessoas), como vc mesmo disse 'seguimos um círculo' até o momento em que este se 'rompe' e a verdadeira morte chega e nos leva e nos rouba do mundo e nos apresenta um novo mundo o qual ninguém sabe com certeza qual/como é, exceto quem já morreu ;S
NÃO tenho medo da morte, mas não é frustrante não saber o que é esse outro mundo?
Afinal, pior do que este inferno não deve ser ;S
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