sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

(Só)[-mente]

Em nossos pensamentos.
Em nossas vidas.
Em nosso ser.

Existe algo mais óbvio e contumaz do que estar - só ?
Nossa mente insistir em criar companhias, que não passam de um pseudo momento para que não nos encontremos nesse estado sensório do ser. Sozinho.

Sorte daquele que um dia encontrar - ou que encontrou - um outro o qual o consegue compor - o que sem pedir, está lá; o que sem perceber se faz parte do âmago mais íntimo do si - o pensar; ele te influencia sem se fazer presente, ele existe sem tomar parte.
Mas é uma pena quando isso aconteceu um dia; e não acontece há anos - e ainda assim tal sensação ainda insiste em te tomar. É estranho; talvez seja único, talvez seja (a) única.

Porém, não mais. Um tempo atrás. Quando as complicações e a idade permitiam com que se pudesse permear o pano da vida através de algo-a-mais-que-a-carne - alma, será?

Pois bem.
Pois mal...

Talvez seja a sina; não só minha, devo dizer.
Só. E, estar, sozinho.
Ao ter de se encontrar com alguém... Tente fazer com esse alg(uém)o lhe faça sentir ao menos preenchido; talvez a individualidade as vezes não te (ou o) permitirá. Aliás, não é sempre que se vive tais encontros... talvez uma vez, talvez um dia. Mas sem nenhum receio de se estender.

A parte não lhe faz mais. A mente incoerente dos pensamentos (alheios, em principal) se perfaz de outras frequências... o caminho, sozinho, (é o único que) se apresenta para que você possa o seguir.
Não adianta se agarrar aos atalhos que passam nessas horas - permeio-os, deixe que eles o guiem, mas não se apegue, não se prenda. Deixe o fluxo tomar conta... dos outros. Mesmo que você continue estacionado (no tempo).

Só a mente faz de você algo. De você único. Não insista em tentar fazer o que não lhe cabe; deixe que os fatos aconteçam por lá. Seja o ser que deve estar presente, ao menos aqui, ao menos agora.

Frequentar os momentos que lhe clamam, sem hesitar em viver - mas, nunca, se entregar a comodidade do impróprio - para você.

Só a (sua) mente pode te acompanhar.

As impressões são imprecisas, e o mundo se alimenta delas para se mover - tanto o mundo, quantos as pessoas que se orientam dentro dele.

Não há como almejar algo além daquilo que precisamos... e muitas vezes... não há nada que insiste em se apresentar. A nós - para sabermos do que se trata.

Seria impróprio dizer que posso ser uma má companhia - que devido ao meu ser estar solto e perdido não posso preenchcr - não é esse o caso. Não quero influenciar. Não quero desviar. (...) Posso estar. Talvez seja o máximo. Mas é fato, que de fato, eu preciso de algo a mais... (quem me dera um dia eu achar uma nova vida, após essa outra que eu já perdi).

Com-panhia? Sim.
Mas, por enquanto...

... creio; só posso (me) mentir, e manter a minha mente, só(la), a meados d(e um)o fim ...



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