Seja para alcançar o próximo degrau ou cair da beira de um abismo.
E essa linha é tão tênue, que o que vier a acontecer só poderá ser interpretado muito tempo após o ocorrido.
Aliás, todos os fatos possuem dois lados - e essa percepção é nublada em um primeiro momento.
A estasia muitas vezes traz a inocuidade ao viver...
E nada adianta percorrer, parado, caminhos que não te levam a lugar algum.
Penso que...
Para alguns o desconhecido é uma fonte interminável de prazer e motivação - para outros simplesmente seguir no que talvez possa ser um 'futuro brilhante' é a única solução.
E... tais percepções podem simplesmente se intercambiar mais a frente - afinal, o cerne humano sempre diz que 'estar insatisfeito' não é só comum como uma premissa (para se chegar a algum lugar; ou seria a lugar algum...?).
A decepção, o arrependimento, a insatisfação - daquilo que foi feito, como feito, quando foi feito - tem sido algo tão comum! (Nous avons soulement cette vie, après tout!)
Eu tenho uma meta simples, que se tornou bastante óbvia nesses últimos tempos: "Satisfação, sempre."
Não importa o que aconteça, o que vier a acontecer, ou simplesmente o que aconteceu, minha intenção é estar satisfeito com a oportunidade e a vivência que a minha vida me propiciou, e obviamente me proporciona.
Por mais que o dia esteja escuro, a mente turva e o panorama embaçado, isso é algo que pretendo sempre lembrar.
Aliás, foi isso que me mudou, e é assim que encontrei um modo de margear o entorno da perseverança.
Nem todo o tempo temos a condição inata de analisar tudo o que se passa, tudo o que se vê.
Há que justamente viver - e não existe uma desculpa, uma perjura que nos possa conjurar um obstáculo descomunal pelo caminho o qual nos faça ser e buscar algo que seja totalmente o contrário. Isso é uma espécie de abnegação que não justfica ao próprio ser; esse é um tipo de pseudo-vontade que está paralela às necessidades de uma sociedade maquinal, que demanda da alma a sua essência para persistir, e simplesmente nos impede do mais importante na vida - viver!
Mas, é claro, cada ser possui seu caminho, sua forma de buscar - embora criar empecilhos para tornear um desejo de vida é algo que não é justo, nem muito menos aprazível; o nosso bem, aliás, não necessariamente percorre o que é bom para (esse) outrém.
Várias possibilidades, várias variáveis, vários tons, gostos e diagnósticos.
Tudo dentro de uma mesma situação.
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E esse começar, e esse reconfigurar, e esse ímpeto de percorrer se impulsiona com tal empurrão - é um abalo, que muitas vezes não era previsto, e que simplesmente te tira dessa inércia; e te promulga, e te julga e que te desacata e que desaba... e que te...revoluciona.
Não mais os recorrentes pensamentos são os mesmos, não mais as situações revelam as mesmas coisas...
Seus olhos, sua percepção e sua consciência imanam outras vontades, outros propósitos, almejam diferentes inspirações.
O mundo já possui outras cores, e, logo, você já não é o mesmo.
Agora...
Não há como saber para onde se está dirigindo: seria o próximo passo, ou rumo ao abismo na escuridão?
E...
Se.
No futuro.
Tudo isso te colocar exatamente no lugar, o qual, você, deveria estar?
Não há como saber!
E talvez...
Essa seja a graça da própria vida...!
Indefinita Vita...! ☯
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E diante disso, insisto...
Que essa seja sempre uma busca,
Pelo (nosso próprio) bem.
Pelo o que nos move.
Por aquilo que nos faz únicos, que nos torna "nós mesmos".
Que seja sempre um caminho para nos encontrar.
Mesmo que...
Acabamos (por vezes) nos perdendo.
Afinal, o único fato que não podemos fugir (e fingir) é:
O - próprio - ser.
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