(a gente se sente tolo, meio besta)
Quando nos deparamos de fronte ao que costumávamos fazer - ao que nos permitiamos fazer.
É um sentimento tão à parte, que a partir disso o que nos reflete é um sentimento muito estranho, louco...
De uma outra vida (ou de outras vidas).
Realmente, é tão engraçado...
De fato.
Entrar nessa (antiga) realidade.
Como se... fosse uma volta no tempo...
Como se... pudessemos ver a si próprio naquele tempo.
Como se... fossemos um viajante.
Como se... representassemos um fantasma.
Como se a linha do tempo não fosse nada real, e essa não passase de uma percepção etérea. Como se dobrasse, como se confundisse. Como se fosse... uma espiral.
Mas não há nada a reclamar desses outros tempos - que se parecem tão reais quanto o podem ser - eles já o foram; eles já se foram. E foram vividos - assim como eu tento viver o agora, o hoje... que deixarão de ser essa constante percepção do presente... e se tornarão nada além de(ssas) outras vidas.
( Eu não tenho ideia essa percepção é só minha... mas em minha alma eu consigo perceber uma infinidade de multiplicidades - de eus, de outros, de estares, de Seres - e em cada uma delas eu fui um ser tolo... que viveu esses momentos... como se eles, não o fossem mais... existir... )
É como se tudo tivesse sido verídico - pois eu ainda o sinto em alguma parte do meu ser - mas também como se tudo se apresentasse como nada - nada além de páginas de um livro, que foram transcritas e foram deixadas alheias do próprio ser; como se nada daquilo tivesse acontecido de verdade, como se tudo tivesse sido um sonho, uma alusão, quase uma ilusão... e, não chegasse a ser memórias...chegasse a ser, de verdade, outras vidas, outros mundos - e, em cada qual talvez eu tenha esperado pelo menos alguma coisa acontecer (e, hoje... eu já não sei mais o que esperar... fazer... ) ...
Foi tudo tão errado...
E tudo continua sendo...
Eu, em particular.
Para começar, e acabar.
Sou quase tão a alheio a tudo isso.
Mas tão próximo daquilo que já foi.
Que as vezes é tão difícil aceitar... que tudo é finito.
Que tudo passa. E se vai - (e você, está indo para onde?) ...
Existe uma vontade inconcebível de querer que tudo parasse - de que se pudesse retornar a algum desses momentos e viver nesse panorama, sem que existisse qualquer tipo de noção do que estava a frente por vir. Como se... aquilo se repetisse; como se perpétuo fosse.
Tem vezes... que... eu... só gostaria de estar a uns vinte anos atrás...
Sem me sentir só.
Sem me sentir perdido.
Sem me estar desacreditado.
Sem...
Acho que...
Eu sinto demais (e muitas vezes nem sei se isso tudo é meu...)...
Chorar pelo que foi. Pelo que não foi. Pelo que poderia ter sido. Pelo o que é. Pelo o que deveria ser. Pelo o que poderá ser. Pelo o que será.
Por tudo.
E por nada.
Eu não queria sentir mais nada.
Se é que isso fosse possível...
Mas eu sei que não o é...
E é por isso mesmo que... sou.
E assim, o é.
() Tempo () Perdido. () Perdido () Tempo.
[ Track - Emotionless, J'san ]
2 comentários:
Você sempre vai poder achar um amigo em mim, cara.
Não esqueça de mim...
Gracias, bro.
From the deepest of my heart, I tell you the same.
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