De tudo que passa
O que nos resta é ingressar
Na passagem primordial dos fatos.
Para transcorrer,
É preciso percorrer,
Permear,
Dar sentido,
Manifestar.
Defronte ao que não aconteceu,
As memórias sequer tomam parte.
Afinal, elas jamais chegaram a se produzir.
O interior só se completa uma vez que é exteriorizado.
E apesar de que as memórias são o que ditam a existência de cada um diante de outrém - "não há nada mais dúbio que elas"!
Do durante ao depois.
Tudo persiste a perambular numa ondulação.
Ali está! Porém, não mais.
Tudo.
Constante movimento.
De (se) achar - para (se) perder.
E para se achar algo, é preciso perder algo de vista...
Para encontrar aquele mesmo, esvaziado do sentido que um dia o teve.
Dentre tudo que um dia imaginei (que poderia) ser - hoje a compleição é totalmente diferente.
Se isso é (con)fluir. Bem. Que seja. É aquilo que é. É algo que eu julgo poder ser. E mais, é o aquilo que pode estar sendo, hoje e agora.
Sem nenhuma vergonha de estabelecer novos parâmetros para uma indefinita inconclusão.
Contanto que eu não esteja conclusivamente parado... É o que importa.
Saiba, a sabedoria não é algo que se conquista.
Não é algo que se exprime.
Não é algo que se introjeta.
Nem sequer algo que se almeja.
Ela simplesmente surge, dos menores subterfúgios, das mais simples situações.
Olhos abertos, percepção aguçada. De nada adianta!
A compreensão as vezes está além do que a gente possui no momento.
A paciência ainda fará juz a tudo aquilo que você ainda não abdicou.
E de nada adianta...
Ser outro.
Pois, as vezes acontece...
Os nuances são tão imperfeitos quanto a nossa ideia de perfeição!
Qual é a questão que não quer calar - em seu interior, no decorrer do tempo, no âmago da existência?
Talvez não exista questão nenhuma...
Talvez seja simplesmente...ser simples.
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