O todo eu
Não sei
Se está
Se esteve
Se será
Ou ainda se é
Um ser
Sempre
Soube
Que seria
Simplesmente
Semeado
Por aí
Porém
Jamais
Me coube
Questionar
Se restaria
(algo d)A raiz
Há dias em que simplesmente nos percebemos como um vestígio de nós mesmos.
Como se estivessemos espalhados. Impermanecentes.
Como se isso houvesse sido forçado pelas circunstâncias da própria vida. A qualquer custo.
Nesses momentos em que percebemos uma diáspora do ser, tudo se torna tão impermanente que é difícil se apoiar em alguma espécie de conceito que sirva de sustentação.
Se um dia houve alguma certeza, o que há hoje é a única certeza da dispersão - e que é através dela que se há que continuar.
Em descolamento, em busca dos próprios fragmentos.
Espalhar-se e completar-se.
Não há uma borda sequer a qual não conseguimos chegar - mas que preço, tal fragmentação pode nos custar?
Várias
Faces
Facetas
Fasciculações
Frenéticas
Frívulas
Frias
De fronte faríamos o mesmo?
Ou a distância fornece um outro fim?
Factualmente, o que nos cabe é (nos) fortalecer.
Focar na (in)finitude dessa fábula - (chamada vida!).
Afinal.
Um é todo.
E cada todo, é Um.
... talvez a melhor maneira é sermos todo, em cada um de nós(sos fragmentos).
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