segunda-feira, 28 de junho de 2021

Passar, há!

Tudo passa! 

Tudo sempre passará! 

(é o que se canta, é  o que dizem, é o que me disseram...)



A não ser que...

Você não queira que passe. 

(a não ser que você se prenda...)


Mantemos conosco o sentimento e o desejo que nos permitimos; que nos incitamos, que teimamos em acreditar. 

E... carregamos essa perspectiva de forma indefinida, muitas vezes, a qual pode ser que não tenha prazo para acabar. 

E talvez esse seja um dos maiores problemas para se seguir em frente - simplesmente, estar preso (sutilmente, ou não, se prender!) a um momento, movimento, moléstia... 

(Ao desejo interior! A vontade incontrolável! A paixão insaciável!)

Tudo isso... às vezes, em vão. 

(Ás vezes somente em você! As vezes já mesmo extinto, que somente paira como um fantasma, uma vaga memória... Que acomete como as "Gaivotas que não gorjeiam como lá!" ... e nos deixam exilados de nós mesmos. Nostálgicos de um sentimento que já expirou... )


Então acredito que,

Re-aprender a lidar com às próprias necessidades e vontades é quase uma arte de se enquadrar em um novo quadro de vida - que é uma constante reapresentação de (imprevisíveis) condições. 


Muitas vezes recorremos a soluções completamente ríspidas para esses problemas - damos um basta, nos absentamos e isso já nos chega. E por algum tempo é tudo que basta - Mas será que isso continua lá, em algum canto de nosso inconsciente?  

Outras vezes, e dentre elas, por falta de escolha, temos de encarar o que nos aflinge de forma direta - o objeto está ali. Há que se agir (nem que seja internamente).  


E de tal maneira... 

As situações passam - assim como o sopro de vida que nos compõe - sem que nos demos conta. 


Estamos ou não estamos. 

Somos, ou não. 

Se torna algo que não conseguimos claramente definir. 


Às vezes toda essa questão e esse entrave são subterfúgios da realidade que trafegamos...

Mas bem, realmente, não importa! 

Não aqui. 

Não agora.



Acredito (agora!) que temos muito mais a ganhar reformulando a nossa perspectiva, para, nos encontramos ali como um novo ser - diante daquele mesmo objeto que nos tocou ( e que, sim, vai continuar o mesmo [ aliás, não podemos mudar a ninguém, senão a nós mesmos! ] ). 

E se o tocarmos (caso possível) com outras mãos, com outras intenções, já não somos mais os mesmos. 

E a reação (recíproca) já não vai ser a mesma. 

E aquela que era uma necessidade já não está mais lá. 

E isso não precisa ser algo amargo, que nos causa dor.

E pensando nesse panorama...

Tudo já... passou. 

Tudo já... mudou.

(Você no mundo, e ele em você - são outros!)


Nos permeando dessa perspectiva, não precisamos esquecer aquilo que um dia foi; já não precisamos apagar aquilo que um dia houve; já não precisamos mais matar quem um dia fomos; e já não necessitamos de duvidar daquilo que um dia sentimos. 

Todas as dores, amores, casos, acasos e situações as que vivemos nos compõem, nos percorrem, nos constroem - e fazem de nós, justamente tal qual somos! Replicam aqui e agora, o que o nosso ser é


E... 

Hoje. 

Eu não tenho mais medo de ser,

O que quer que seja. 

Sim, sei.  

Desejo viver!

E assim é

E mesmo que tudo tenha  dado errado; está certo


eu estou aqui! 

(e tem de ser o que importa.


Vamos! (?!)




Motto:

... Metabolizar situações em energia para continuar. 



Playing: 

Pineappele Thief - Demons

Um comentário:

Dante disse...

Solve et coagula, irmao. 👆🔥💧👇