sexta-feira, 20 de dezembro de 2024

Teatro

 A cada dia que passa... 


Atuamos conforme a peça em cartaz. 


Tentando estar sempre alinhados com o que a cena compõe. 


Falando, aginda, sentindo... 


Como se fôssemos nosso próprio personagem. 


Entregamos suor, sangue e coração... 


Para estar de acordo com o que o papel nos pede. 


Até o ponto que ficamos pálidos, apáticos, impassíveis... 


De acreditar que podemos representar o mesmo feito de outro dia. 


Até que... 


Numa breve passagem...


Descobrimos que o espetáculo se encerrou. 


E tudo cai. 


Desmorona... e se vai. 


Já não há mais máscaras. 


Já não há mais direção. 


O que sobra é a face do palhaço - que se entreolha no espelho.  


E percebe... 


Que não tem mais o que seguir. 


Que a (atu)ação acabou. 


E não se tem para onde ir - nem mesmo o velho camarote! 


Todo o trabalho e sentimento que foi disposto nesse ato...


Não foi nada além de uma breve e efêmera ocasião.


Que só sobrou ele ali... 

(como sempre foi) 

E sem a maquiagem que um dia usava.


A qual carregava o personagem transvestido em seu próprio ser.


E que, agora... 


Que tudo seguiu o seu caminho...


Já não há mais papel nem para si mesmo.



... e o conto acabou. 



Ciao. Aufwiedersehen. Adios. 



E assim a vida se repete, mais uma vez. 

segunda-feira, 16 de dezembro de 2024

So... So.

Sometimes you feel so much. 

That not feeling anything is just the only option to stay (and to keep standing). 

And - you know - it might be the best way to just continue. 

No one really answers or really cares about anything else than themselves - that's the nature of it all. 

And, no problem at all! 

As long as you are able - and viable - to watch yourself out in this manner - it might just work. 

Could. But, mostly, couldn't - complete or compete.  

And you simply know...

Trying sometimes is not even necessary. Anymore. 

Even if you got used to it. 

Take a step back. Maybe two. Or three. It doesn't matter.

Find yourself. 

Gather yourself back and get going. 

With just what is pretty much necessary - even if there is nothing necessary (or possible) at the moment. 

Some other time you will find a lack - or maybe a slack - that will move forward. 


Keep always in mind. 

Life is only once. Even though we aren't the only ones doing that. 

Remember, the flow of life can't escape from your hands. 

And no matter where you are - or who you are (or are being), fulfilling a will, a call or even a passion is ok. 

Nothing wrong with that. 

And there is no escape. We are bound to live (not just to exist)! 

Regardless with the fact that we share it or not. 


Keep always in heart.

The moments that count - and what really counts, is what matters. 

"O importante é o que de fato importa." 


That's got to be the way. 

quarta-feira, 5 de junho de 2024

de:

De todo ano. 

De todo ciclo. 

De toda uma vida. 


(e) Sempre uma (nova) mudança. 


Nada inesperado! 

Afinal, tudo termina. 


Mas o que isso representa, diante do novo de cada dia?

Será que quer dizer... que acabou?

Ou sera que é a representação de um (re)começo?


Ontem mesmo... não achavamos que de hoje não iríamos passar? 


O gosto que me fica é de...


Do que adianta tantas perguntas, tanto saber, tanto planejar... 

Se o que a vida nos reserva é simplesmente a chance de surfar cada onda da maneira... que dá? 

(e como existem diversos tipos de onda, nuances, incontáveis ventos...) 


E nesse processo, o que me interessa é aproveitar. 

Cada tipo de mar. 

Sim. Todos tem sua voz - tem sua vez - tem sua verve. 

E tem também o seu vazio. (que muitas vezes nos preenche) 

... Somos um novo marinho a cada maré que sobe (e desce) ...


É um jogo de equilibrio. 

Um jogo perdido de equilibrio. 

Mas que ainda assim... pode ser prazeroso de jogar.  (quer apostar!?)

Sem problemas, aliás! 

Corremos atrás. 


Então, bem... 

Se é para aqui estar... 

Que assim o seja, meu bom rapaz. 



domingo, 5 de novembro de 2023

(m)arca(r)

Aprenda a aceitar aquilo que já aconteceu. 

terça-feira, 31 de outubro de 2023

Vidi

 A verdade

Varia

(É verdade!)


De tantos lados

Com tantas opções

Através de tantos sistemas e convicções


Mas do que importa? 

Viver uma verdade vazia que nada contempla? 

Que cisma em julgar o pertencer (justamente) no perecer? 

Que aponta o irreal como a única realidade? 

Que não olha para o entorno antes mesmo de se reconhecer?


De tantos nuances que não fazem parte dos nossos dias... 

O que mais clama por persistir é a necessidade de existir! 

A cada hora, a cada momento... 


Esquecemos que temos a nossa parte (aqui) como algo não dado

E o que de fato acontece... 

É que a vida escorre por entre os nossos dedos, deixando, muitas vezes, nem mesmo marcas 

(Ou muitas vezes, como irrompe o mundo, marcas demais... escorrendo vidas por aí...) 


O que é melhor?

O que é pior? 

Quem vai saber...


As marcas trazem histórias (e sofrimento) 

Mas atestam que de fato algo esteve aqui

E se deveria? Ou não deveria? 

Isso fica a revelia do destino 


Mas, o que é a vida se ela não for feita (exatamente) para viver?

...

(sem ilusões! sem alusões!)


A certeza (diferente da verdade) é única: 

Estamos aqui, agora! 


(e o agora se esvai, a cada momento, junto com a certeza...)


Não convém representar...

...nem desejar deixar marcas


Como um sopro... 

Tudo se esvai

Inclusive, as memórias 






Que seja, então.

segunda-feira, 8 de maio de 2023

Hazy

Between the dark hazy shadows that cover our faces in the suturnous night - there is something else that is present. 

Our feelings try to company us - and accomplish that we stay - here. 

Other than anywhere else.

Cause other than the sunny pages that are shown in the files around us, there is also the gloomy air that cover us around. Like that old book you used to read in the afternoons after class. 

Because life is a sordid tool of taking out what we had - and don't quite providing something else in return - to substitute what once was there. 

It is an odd presentation of champters that most of the time doesn't quite related to themselves - like a story that wasn't planned before being written. 

All we can - and have to - do is simply collecting our pieces to try to sum up and get anything out of it. 

There is no way to related what was back there to was is going to happen - and we are simply in the middle of this tornado of souls that drives (around) us. 

It is such a funny taste when you imagine want you wanted - and what you got. 

Who you were - and who you are - and exactly who you think you are going to be. 

This is definitely an untold tale that mix up the worse of it all with some odd parts that let us have a crsital vision and identify that we are indeed here. 

And the more we stay in this corridor created by the actual society the less we are able to disperse within the world itself - and to migrate us into this whole of the existence, that shines light as a candle. 

A warm, little incadescent light of hope within the whole darkness of the reality. 

What can be good - or bad. And that is not the matter. 


All that we might need, want and deserve is just a bit of peace a true moment of rest to dwell into the perfect moments of this existence - to, indeed, exist. 

And what is more to be asked? 

Than just to be able to reach this counciousness.


It is a crazy way of putting us back and around into what is exactly real - and to see, that the less we worry is the more we get. 


These are manuscripts of those who are lost - lost within. 

And that sometimes a glimpse of truth reach our very being - and keep on carrying us. 

Because we are a lot - and yet, so little - and more and more less. 


Go round, around, all around me. All around ourselves. 

And take it all from us. 

Leave what is exactly necessary. 

Let us just be assertive and be able to continue. 

Until tomorrow, that is indeed another day.


The road to the grave is straight as an arrow, I'm just staying around to sing your song


quarta-feira, 1 de março de 2023

Vago

Quando um encontro gera mais desencontros que você podia esperar, as vezes a única saída é (se) desencontrar. 


E sair ... nem sempre é para melhor. 

Nem sempre a saída é única. 

E nem sempre se sai. 


Soturnas são as datas que representam essas mudanças.

Esses desapreços, 

Esses deságios. 


De nada são, além de passagens.

Molduras e recortes,

De um amanhã que já não se faz mais hoje. 


Enquanto o hoje,

Cisma em continuar sibilando a sua frente. 

Mesmo que tenha o dissabor de sempre, 

Pois, 

Não deixou de ser outra coisa. 


A sana senda da solitude, 

Que pouco importa no fim dos(eus) tempos. 

Aliás, só seu não-ser estará marcado nele. 


E a despedida... 

Ah! 

Toda essa experiência pode ser tão ácida (quanto básica...) que somente o tempo será capaz de fazer dela um mero recordo, dentro do seu índice de vidas (já vividas, ou não!). 

Mas sabe... o que sempre retorna é justamente aquilo que mais vivemos. 

E... pouco importa... 

As vezes a importância é o que temos (e precisamos) de menos - e isso é aplicável inclusive ao próprio ser. 


Tanto a discorrer, mas tudo que consigo expressar é a discordância, a dissolução e uma (das várias) face(s) da desistência.


Que de ser?

Mesmo sabendo que já não resta tanta coisa? 

Qual é o próximo sentido que vai transcorrer (ess)a vida? 


Pois a cada pedaço que se perde, não necessariamente (e pelo contrário!) acontece uma lapidação. 

Sinto mais como se fora uma espécie de dilaceração - da tênue vontade, da originária personalidade, do próprio ser. 


E o que acontece é...

Uma constante busca por si - em se saber quem se é - mas, não por descobertas, e sim pelo desenterrar do que foi substrato seu, um dia. 


A pérdida vivacidade nesse plano; 

Não há mesmo como planejar.