Todas as nossas vidas.
Todos os nossos eus.
Espalhados.
Quem seríamos se não tivessemos sido exatamente o que somos?
Os retratos dos tempos que passaram são tão reais ... mas tão... Reais. Que conseguimos sentir dentro de si, como se ainda tivessemos parte do prórpio ser alocada em cada um desses quadros.
De fato existe! (de fato existiu...)
Contamos os anos - mas não vemos eles passarem.
Sentimos na pele aquilo que (ainda) podemos - e cada dia que passa, os negativos se somam em nossa retina.
As situações que aconteceram... ainda estão presentes - em nossa memória, em nosso âmago, em nossas cicatrizes...
Nunca estivemos preparados, e nunca estaremos prontos!
Esse é um conjunto tão complexo de realidades que, na verdade, questionamos se não estamos de fato presos nessa gama de percepções criadas pelas nossas mentes (passadas...).
Tudo é tão todo - que nos sentimos mais pertencentes aos momentos passados do que o agora que temos em mão. E talvez isso venha tornar a se repetir ... amanhã.
(Do que seria o futuro, sem o passado? O que seria um eterno passado, como presente, seja ele qual for? Por que não conseguimos parar o tempo?! Por quê não podemos estabelcer parâmetros e viver dentro deles? Se essa é a graça da vida, todo esse dinamismo e imprevisibilidade, por quê não podemos contar com uma variável já setada para que possamos basear a nossa vida e conseguir continuar com algum item, concepção ou mesmo um ser que atue como uma espécie de navio, que nos acompanha, que nos guia, que nos faz flutuar ... e, assim, continuar? Por quê sou tão tolo e sinto tanto, mesmo sabendo que todos esses (P)assos são só passados...? Quanta nostalgia de algo que nunca realmente se estabeleceu! Quanta estranheza e sumária melancolia em simplesmente não poder seguir um traço sem que esse o deixe ... Quanta desavença! Há tanta gratidão diante das experiências ... que - e como! - você pode simplesmente desejar tem tido somente uma vida! Quanta tolice ... mas será mesmo que toda a ignorância que uma única vida trouxesse não faria, mesmo, bem? Se tudo pudesse ser só um (e esse hoje não estivesse aqui) ... talvez eu não seria todo esse retalho que olha para si, e não só não se reconhece, como consegue perceber cada nuance do próprio ser! E o (e se) questiona! Oras! Aliás, por quê! E... bem, porque não? ... E ... sou? )
Talvez (tudo) seja somente uma percepção de alguém que anda só (mas que nunca o desejou!).
Não sei.
Os caminhos se separam.
Os traços se delineam.
A vida continua.
E que vida é essa em que sentimos o(s) ontem(-ns) mais real(-ais) que o hoje, e muito mais certo(s) do que o Amanhã?
Weird (but rather common).
Discorro para...
Retratar os retratos de outros tempos - e imaginar os rastros que deixamos entre os ramos da realidade, para conseguir relatar os retalhos reticentes do Ser...
(meu) Bem...
Simplesmente.
Some.
Suture.
Seja.
O que for.
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