terça-feira, 30 de junho de 2009

Dentre os estudos ...

As vezes se acha coisas interessantes.
Por um acaso esbarrei com esse "poema" e não teve como não colocá-lo aqui.
Ele é de Margarida Maria Knobbe, uma doutorando em Ciências Sociais.

"Poema" pois Poema não é.
Tanto que, Poemas tradicionais não são lá coisas que me chamam muito a atenção ...


Talvez não todo ele, mas existem alguns pontos que podem incitar reflexões.
E essa é a idéia.


Desafio do conhecimento:
produzimos e somos produzidos
pelo mesmo espetáculo
ao qual estamos assistindo.
Sem imaginação,
ele será sempre o mesmo
repetindo-se ad infinitum...
É preciso despertar meu ser
adormecido nos seus automatismos,
dar voz à palavra que pensa.
Não quero explicar o mundo.
Quero a fugacidade da compreensão...
a palavra úmida dos dogon,
a vida sempre nos limites entre
o congelamento e a evaporação.
Quero viver e compreender como Teresa:
lendo o curso das ações
como um processo
que pode ser ficticiamente vivido.
Este é o sentido da vida,
nas hibridações simétricas
dos nossos quase-corpos e quase-espíritos,
quase-razão, quase-percepção simbólica:
compreender,
através de uma incessante transmutação
imaginante, gestante,
insubmissa às diferentes gaiolas
onde o pensamento se encontra aprisionado,
para sentir/significar
a univastidão do mundo.

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