Desde quando sou triste?
Onde foi que me tornei infeliz?
Por quê me questiono se essa sombra sou mesmo eu?
Vendo as fotos e as memórias que me configuravam, a única coisa que consigo perceber é outro algo que não esse.
O sorriso estava.
Os momentos estavam.
A realidade estava.
Havia (um) outro.
Não sei por - e se foi por onde - os caminhos que passei.
Não sei se foi com quem eu andei - as situações em que vivenciei.
Não sei se tudo isso foi necessário - para crescer;
Ou mero acaso - para me aborrecer.
A partir daí,
O mundo se tornou outro - criou muito mais nuances, e todas eles muito mais sombrias do que os quais eu tinha como minhas (se é que tinha!), um dia.
Absorvi demais coisas que não eram minhas.
Problemas que não podem ser meus.
Vidas que não desejavam o mesmo que ainda busco - viver!
(oras, ainda posso seguir...)
Se relacionar em qualquer nível demonstra a complexidade que se configura as existências.
Mas acredito que não podemos tomar para si aquilo que cabe a outrém - não, isso não é egoísmo. É autopreservação. E devemos tentar continuar integros, mesmo que fadados a estar sozinhos, porém sãos.
Pois, precisamos estar completos em si, para poder desfrutar algo e alguém em outro. Para desfrutar algo e o self dentro do mundo - compartilhar uma vívida realidade.
Não há como se debruçar nas carências de outrém - não há como suprir as próprias carências com além.
E, isso, me aprendi, mesmo que por tanto praticar.
Não raramente (a)creditamos demais; confiamos demais; desejamos demais.
Por vezes nos doamos e recebemos o vazio em troca - e não sabemos o que fazer com tal nulidade. Somos nós o problema? Ou seria o próximo, que só tem isso a oferecer (nesse momento)?
Nos ausentamos? Devolvemos o mesmo? Nos fechamos? Como prevalecer?
Não sou o tipo de pessoa que consegue viver a parte de tudo - e todos. Apesar de conseguir me ausentar e me tornar alheio as desnecessariedades do mundo. Acho que... sinto.
E isso torna toda essa questão muito mais difícil do que parece ser.
Mas... assim o é.
Muitos possuem um objetivo, uma força, um propósito.
E isso os encaminha - e isso os encobre - e isso os empenha.
Por qual motivo seja tal necessidade, espero que todos o encontre.
Apesar de que... eu não me vejo nesse caminho.
Então o que me resta... é... improvisar.
(Estar preparado, mesmo sem saber para o que seja)
A cada experiência eu me perco mais - e assim me conheço.
A cada situação eu me desconstruo mais - e assim me percebo.
A cada fracasso eu me acabo mais - e assim me direciono.
E hoje sei, que apesar de onde - e com quem - eu me esbarrar preciso (man)ter uma simples filosofia para não me tornar aquilo que nunca fui:
Ser.
Sorrir.
Saborear.
Sentir.
Sim.
(Desfrutar; divertir; demais!)
Mesmo que tudo seja de forma equilibrada;
Não pretendo esquecer que,
Quero ter orgulho do que eu fui,
E, mais ainda, de quem me tornei.
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