segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Sintomê

...

As pessoas todas possuem em excesso
Somente eu aparento estar perdendo
Sou como um ignorante que tem o coração puro

Os mediocres vivem lúcidos
Somente eu aparento estar confuso
Os mediocres vivem lúcidos
Somente eu estou introspectivo
Indefinido como uma infinita noite silenciosa

...

( Tao Te Ching, O Livro do Caminho e da Virtude )

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Auto-desconhecimento

Engraçado, no mínimo.

Você se julga passado, subjugado e servo de si mesmo. Mas é engraçado... como nada disso é assim.
Julga não ter desejos, vontades, quem diria obsessões. Mas é incrível... como tudo isso é mentira.

Basta algo diferente acontecer para que você tenha a noção que não se controla. Nada. Infimamente, absolutamente, conscientemente. O máximo que se sabe é que existe algo - a perdição ainda não está completa, afinal! - que te guia. Algo quase... invisível. Que seja a curiosidade, que seja necessidade, que seja... o que quer que seja.

As coisas acontecem, e você não está livre - mas ainda é melhor, por ainda se tem ciência disso! O que nesses casos não é muito comum - da sua própria 'vontade'.
Você não manda em nada. Sequer em você.

Impotente diante de si mesmo. Ainda mais diante de uma obsessão momentânea que tende a surgir sempre que se imagina que elas não irão existir - nunca mais. Não foi a primeira vez, e ao visto... não vai ser a última.

A grande pergunta é como. E por quê! Como se é levado por tais coisas? E por quê logo coisas assim? A paixão com que se vive cada momento, a ilusão - não mais que isso - de que não se está... só. Não sei...

A consciência plena de que nada vai acontecer. A confiança cega na desesperança. Mas ainda assim!
A susceptibilidade do próprio ser: que na verdade parece ser tão fraco!


Guia incondicional de um tolo sincero diante de uma vida que não possui sentido sequer para se questionar a falta dele?


Não há a quem entenda. Não há a quem pergunte.



É somente uma anotação da falta de ciência da própria capacidade de ser: Você.
...quem quer que 'você' seja.