segunda-feira, 21 de março de 2022

Si(nal)

Pelo sim ou pelo não; 

O que nos resta normalmente é o talvez. 


Talvez há de ser. 

Talvez devesse ter sido. 

Talvez pudera acontecer.

Talvez...


Mas nem sempre o talvez importa. 

As vezes, simplesmente nada importa. 

( As vezes não há sequer um sibilo de sentido ... )


Das inúmeras possibilidades que podem acontecer, não existe como se trabalhar com somente um caminho e solução. 

Não em uma constante mudança, como o mundo nos apresenta. 

Não em constante desconstrução, que a mente configura.


E... talvez. 

Seja realmente melhor aprender a ser o que se deve ser de acordo com as circunstâncias que se apresentam - sejam elas fisiológicas, mentais, circunstanciais. 

Adapte-ser ... !


Aliás; não somos os mesmos que um dia fomos, e nem almejamos o mesmo que um dia suscitamos.  

Um objetivo simples: um caminho único: uma certeza definitiva. 

Só temos um(a) no entorno dessa vida - que é simplesmente que ela se extinguirá. 

...

Mas ela não há de extinguir enquanto houver chama que nos chame - enquanto houver ar que nos purifique -  enquanto o dispersar nos converta em algo além de um mero corpo e nos promova em ascenção que se esparsa de um plano unicamente físico.

(Estamos em sinergia; estamos adjuntos; somos parte de todo um cosmos)


Há muito mais sabor que um mero aspecto. 

Há muito mais valor que um único pesar.


Não há como evitar o tentar. 

Mas também não há como entregar o seu próprio ser a uma situação que não o conclame. 


Estar presente, apesar do presente, é se apresentar e se disponibilizar para prover - a si, ao ser, ao todo. 

Ser parte e participar (é a direção que se consegue seguir sem lamentar). 


De nada adianta se forçar aquilo que não cabe a si. 

Só, seja; e (o) que seja.