sexta-feira, 30 de outubro de 2020

What lies beyond?

 Além dos dias. 

Das vontades. 

Das tolerâncias. 

Das incumbências. 


De todos os fatos que se recorrem, tentamos fugir das questões que mais são permanentes em nossas vidas - e tudo isso para? Viver! 

Se de fato pensamos a cada momento o que virá a ser o próximo... Não estamos nem cá, nem lá, nem em algum lugar. 

Mas tampouco importa questionar a grandiosidade da questão que infere a vida, como um todo, sem que possamos dela sorver.

Estamos em um turbilhão de momentos que sempre trazem para o mesmo, para um sentido, em um simples caminho afluente do Agora. Talvez essa seja a perenidade da experiência - e talvez o que se possa configurar como existência. Tal a realidade do estar. Portanto, e por que não, tudo que acontece, aconteceu e acontecerá pode ser definido com essa mesma consistência - Real! 


As memórias já se fizeram um dia como a única realidade que se foi presente na vida - já passaram a ser outra vida que um dia sequer soubemos que vivemos - elas simplesmente podem ir embora, ou se configurarem como a única coisa que realmente continua acontecendo... tais são suas nuances... 

Creio que o que posso dizer, hoje, é simplesmente que elas foram o agora de outros tempos, e serão o agora de próximos momentos. 

Elas são tão reais quanto a realidade que vivemos agora - e não há nada mais real do que estar aqui, agora, respirando e compartilhando tal ar com o Todo que nos cerca, preenche e nos compõe (ou seria, o compomos?). 


Não há motivos para viver de qualquer outra forma que não seja essa! 

(n)O Real. (n)O Agora. 

O desafio é fazer com que essa consistência se permeie para (todo o sempre) o presente em quanto ele persistir em durar - nessa perspectiva a qual nosso invólucro (corporal, material, mental, espectral) nos permite, sem que isso se torne um limite. 

Não há (mais!) como questionar o por quê dessa realidade, que simplesmente nos é dada - acontece, É! (e não há, não ser). 

Há que se aceitar, conviver, intepretar e compartilhar. 

Para de fato. 

Viver. 

O que por si só, não é uma tarefa fácil.  

Mas. 

É uma oportunidade. 

E quem pode nos afirmar que não é única?


--


A raiz. É. Tão. Real. Quanto. A seiva. Que a percorre. 

O movimento é tão estático quanto a matéria que se renova.

Cima, baixo, dentro, fora - tudo faz parte de uma mesma unidade. 

A singularidade é composta do infinito. 



Ser