domingo, 6 de dezembro de 2020

Está

 Aquilo que um dia foi, ainda o é - em alguma circunstância ou dimensão.

Do todo que um dia se fez, ainda restam todas as impressóes, memórias e sensações. 

Das inúmeras possibilidades que vivemos em uma só vida, o que está presente, só faz presença. 

Tantas vidas possíveis! 

Tantas vidas vividas!


O que era ontem, mesmo? Qual foi mesma a situação?

Quem, um dia, fui? 

Posso me lembrar. Mas, será que era mesmo eu?

Não seria essa, uma outra vida? 


Vivemos mais em si (mesmos) do que in situ - e aliás, o que pode comprovar - de fato - que aconteceu?

Que história conta(ou) a memória de um futuro que imaginavamos ter? 

Diante. De fronte. De longe. 

As vezes se torna tudo mais fácil assim: vislumbrarmos uma caixinha, a lá memex, a qual podemos recorrer como passagens - e brindar a possibilidade presente como um sem número de configurações daquilo que já foi guardado, concebido, como lembrança ou mesmo um nuance de vida. E assim, viver. Não é fácil, mas o é! 

E talvez (só talvez!) o hoje queira ter sido construido como tal - em suas combinações, persecusões. 

Deixe passar. Combine. Não deixe de vivenciar. Vá lá saber...! 


Há tantos momentos confusos (perenes?), que vocë às vezes se entregaria para poder morar em qualquer um deles. Desde que fossem como um sonho - que nunca acaba. 

Frágil tolice! Coração fraco! Leviana projeção...


O passado e o futuro se misturam tanto que muitas vezes você se sente perambulando por este pseudo-tempo - casi limbo - confradeando com suas próprias versões, memórias e pretensões...



Olá a todos! Esse sou eu. O de agora. (não) Mesmo de sempre. E sempre (não) será(ei) !

É um prazer - sempre - estar aqui. 

E etereamente falando ...

Pode ser que me encontre. 

Pode ser que nos encontremos. 

Pode até ser que já tenha acontecido... 

Tal qual um mito - existo(-imos), mesmo que não esteja(mos) sendo suscitado(s)... (agora!)

Sabe. 

A minha companhia é você. E...

Você sou eu.  

E mesmo que eu não saiba quem sou - estou aqui! 

E você?

Está!?

segunda-feira, 30 de novembro de 2020

Live

Why. 

And How. 

Do you think that someone will save you? 


There is no Savior. 

There is nothing to be saved of. 

The situation that we are in, is nothing but a matter of perspective. 


Being prudent, or not, won't change. 

Believing or not - won't affect. 


All that is given, is thereof for you to take. 

With - and by - your own hands. 


We might feel tired. 

We may have even tried! 


Life is written through very tortuous lines. 

Take a look around. 

Take a deep dive (inside, subside). 

See how everything is here - yet not. 

See how you once were - and yet, you are not.

See how you expected things to be - and, now they are not. 


Every step you take is another day that you create.

Make believe - it is not forbidden! 

But ever - ever! - remember. 

The only thing that you have is today - that is your present - accept, embrace, and live.


What is the point in tomorrow, if you can't be here - and now. 

Don't let the past dictate what and who you are. 

But never forget where you came from. 

Never! 


(The past might even be your future, one day!)


Stay open - even if you are down.

One has to get lost - to get found.

There is no linear specter in this spiraled existence. 


If you feel. 

You know that you felt.

Understand - take a stand. 

Play for yourself, never against.

Be your best friend - you are the only one that will ever be there.


And - if there is help - help it out! 

The joy always comes across - enjoy the camino! 

Even if sometimes everything is bitter - it is still tasteful.  


Go around, and round. 

Past, present and future can be all but one thing! 

Connect - reflect - inject - expand. 

And Continue.



Live.

sexta-feira, 20 de novembro de 2020

Dias [-pora]

O todo eu

Não sei

Se está

Se esteve

Se será

Ou ainda se é 

Um ser 


Sempre

Soube

Que seria

Simplesmente

Semeado 

Por aí 


Porém

Jamais

Me coube

Questionar

Se restaria

(algo d)A raiz



Há dias em que simplesmente nos percebemos como um vestígio de nós mesmos. 

Como se estivessemos espalhados. Impermanecentes.

Como se isso houvesse sido forçado pelas circunstâncias da própria vida. A qualquer custo.


Nesses momentos em que percebemos uma diáspora do ser, tudo se torna tão impermanente que é difícil se apoiar em alguma espécie de conceito que sirva de sustentação. 

Se um dia houve alguma certeza, o que há hoje é a única certeza da dispersão - e que é através dela que se há que continuar. 

Em descolamento, em busca dos próprios fragmentos.


Espalhar-se e completar-se. 


Não há uma borda sequer a qual não conseguimos chegar - mas que preço, tal fragmentação pode nos custar? 


Várias 

Faces

Facetas

Fasciculações

Frenéticas

Frívulas

Frias 


De fronte faríamos o mesmo?

Ou a distância fornece um outro fim? 


Factualmente, o que nos cabe é (nos) fortalecer. 

Focar na (in)finitude dessa fábula - (chamada vida!).


Afinal.

Um é todo. 

E cada todo, é Um.


... talvez a melhor maneira é sermos todo, em cada um de nós(sos fragmentos).

sexta-feira, 30 de outubro de 2020

What lies beyond?

 Além dos dias. 

Das vontades. 

Das tolerâncias. 

Das incumbências. 


De todos os fatos que se recorrem, tentamos fugir das questões que mais são permanentes em nossas vidas - e tudo isso para? Viver! 

Se de fato pensamos a cada momento o que virá a ser o próximo... Não estamos nem cá, nem lá, nem em algum lugar. 

Mas tampouco importa questionar a grandiosidade da questão que infere a vida, como um todo, sem que possamos dela sorver.

Estamos em um turbilhão de momentos que sempre trazem para o mesmo, para um sentido, em um simples caminho afluente do Agora. Talvez essa seja a perenidade da experiência - e talvez o que se possa configurar como existência. Tal a realidade do estar. Portanto, e por que não, tudo que acontece, aconteceu e acontecerá pode ser definido com essa mesma consistência - Real! 


As memórias já se fizeram um dia como a única realidade que se foi presente na vida - já passaram a ser outra vida que um dia sequer soubemos que vivemos - elas simplesmente podem ir embora, ou se configurarem como a única coisa que realmente continua acontecendo... tais são suas nuances... 

Creio que o que posso dizer, hoje, é simplesmente que elas foram o agora de outros tempos, e serão o agora de próximos momentos. 

Elas são tão reais quanto a realidade que vivemos agora - e não há nada mais real do que estar aqui, agora, respirando e compartilhando tal ar com o Todo que nos cerca, preenche e nos compõe (ou seria, o compomos?). 


Não há motivos para viver de qualquer outra forma que não seja essa! 

(n)O Real. (n)O Agora. 

O desafio é fazer com que essa consistência se permeie para (todo o sempre) o presente em quanto ele persistir em durar - nessa perspectiva a qual nosso invólucro (corporal, material, mental, espectral) nos permite, sem que isso se torne um limite. 

Não há (mais!) como questionar o por quê dessa realidade, que simplesmente nos é dada - acontece, É! (e não há, não ser). 

Há que se aceitar, conviver, intepretar e compartilhar. 

Para de fato. 

Viver. 

O que por si só, não é uma tarefa fácil.  

Mas. 

É uma oportunidade. 

E quem pode nos afirmar que não é única?


--


A raiz. É. Tão. Real. Quanto. A seiva. Que a percorre. 

O movimento é tão estático quanto a matéria que se renova.

Cima, baixo, dentro, fora - tudo faz parte de uma mesma unidade. 

A singularidade é composta do infinito. 



Ser

quinta-feira, 30 de abril de 2020

esse

Perante toda a agitação, descontrole e desarmonia que se perfaz em volta, a única forma de encontrarmos qualquer tipo de refúgio é em nós mesmos.

E se existe um momento para de fato se pensar em tal ato como prática, é hoje. Agora.
Não só pelo momento do mundo em que estamos, mas como uma constante.
Pois, isso é tudo que nos interessa - ou devia interessar.
Sem o qual - simplesmente não existimos - Agora.
E se há, existe - não há não existir.


Como um ser comum - tão simples quanto qualquer outro - costumo sentir tudo aquilo que é possível de se padecer.
E ao olhar para dentro, ainda enxergo algum esboço de dúvida justamente acerca do 'não existir'.
Algo tão juvenil quanto o fora, ainda pode ser que o é.
Talvez essa seja uma questão fácil de ser respondida por qualquer tipo de viés no qual se pode apegar, para não questionar o básico do (que) 'pode ser'.
E se não for - simplesmente não o é - não é algo que se deva procurar.
Aquilo que o foi, foi. Não existe mais - a não ser em nossos âmagos memoriais. E se podemos saber que algo já não o é, é justamente pois estamos sendo. Não há como ser diferente.
Se o que vier a ser de fato se configurar, não há como questionar como será, pois não há algo que não exista.
Essas são meras (im)possibilidades, que não passam disso, inexistentes.

Tudo isso para dizer, que talvez eu ainda sinta medo do que pode se chamar de futuro.
Talvez seja simplesmente um tolo questionamento de 'acabar'.
Como poderia ser? E... o que de fato é isso?

Mais uma vez, eu talvez tenha problemas em lidar com esse ponto...
Pois me vi desejando - em aleatórias ocasiões - que tudo persistisse.
Que eu me entranhasse em toda conjectura que conheço.
Que eu conseguisse abraçar a todos que amo.
Que eu pudesse agradecer ao todo.
Tudo pelo (por um) momento.


Saber que existe(-o) e basta, seria a única forma de depreender disso tudo.
E de fato, viver - ou, existir.

No dentro, que não há fora, sem essa contraparte.
Inteiro, pois mesmo uma metade é integra.
Em paz, que não existe lucidez, na guerra.

(...)

Afinal, é dentro de si que se(-i) encontra.

E...
Se essa é uma capacidade ou ilusão, de fato não importa.
Existem escolhas, meios, métodos. Não se pode abraçar tudo.
Sei que fazemos parte do Todo, mas qual é o todo que faz (e vai fazer) parte de você?


Essa é uma decisão que envolve (sua) sabedoria (e como se julga o que ela representa para você) ...


segunda-feira, 2 de março de 2020

Simply

De tudo que passa
O que nos resta é ingressar
Na passagem primordial dos fatos.

Para transcorrer,
É preciso percorrer,
Permear,
Dar sentido,
Manifestar.

Defronte ao que não aconteceu,
As memórias sequer tomam parte.
Afinal, elas jamais chegaram a se produzir.

O interior só se completa uma vez que é exteriorizado.
E apesar de que as memórias são o que ditam a existência de cada um diante de outrém - "não há nada mais dúbio que elas"!

Do durante ao depois.
Tudo persiste a perambular numa ondulação.
Ali está! Porém, não mais.

Tudo.
Constante movimento.
De (se) achar - para (se) perder.
E para se achar algo, é preciso perder algo de vista...
Para encontrar aquele mesmo, esvaziado do sentido que um dia o teve.


Dentre tudo que um dia imaginei (que poderia) ser - hoje a compleição é totalmente diferente.
Se isso é (con)fluir. Bem. Que seja. É aquilo que é. É algo que eu julgo poder ser. E mais, é o aquilo que pode estar sendo, hoje e agora.
Sem nenhuma vergonha de estabelecer novos parâmetros para uma indefinita inconclusão.
Contanto que eu não esteja conclusivamente parado... É o que importa.


Saiba, a sabedoria não é algo que se conquista.
Não é algo que se exprime.
Não é algo que se introjeta.
Nem sequer algo que se almeja.
Ela simplesmente surge, dos menores subterfúgios, das mais simples situações.
Olhos abertos, percepção aguçada. De nada adianta!
A compreensão as vezes está além do que a gente possui no momento.
A paciência ainda fará juz a tudo aquilo que você ainda não abdicou.

E de nada adianta...
Ser outro.
Pois, as vezes acontece...


Os nuances são tão imperfeitos quanto a nossa ideia de perfeição!

Qual é a questão que não quer calar - em seu interior, no decorrer do tempo, no âmago da existência?

Talvez não exista questão nenhuma...
Talvez seja simplesmente...ser simples.






terça-feira, 21 de janeiro de 2020

En Avant

Se soubessemos a metade das coisas que a gente sente.
Se pudessemos explicar uma pequena parte de tudo aquilo que se passa.
Se acreditar fosse uma forma de realizar as causas.
Se viver fosse além do objetivo da vida.
Se o amanhã fosse o hoje.

Talvez essa existência seria mais permissiva, menos retórica e mais presencial.


Dos aforismos que afloram em (na[s]) mente,
Não há uma mentira sequer.

Das realidades que perpassam a percepção.
Cada qual se emoldura a sua.

Todo erro foi uma tentativa.
E o que é tentar, senão tangenciar as possibilidades terrenas?

Não ouso dizer que (ess)a vida é um erro.
Mas é repleta deles.
E o que é viver, senão estar a par com (su)a antiga percepção?
(errada, aliás)

Das inúmeras cargas que carregamos,
Talvez a mais sútil seja,
A carne.

A materialidade que nos completa,
é a mesma que nos consome.
Mero detalhe,
perante ao todo espiralar,
que nos cerca.


Muitas vezes estamos, vamos e permanecemos
em algum lugar,
que não passa de lugar algum.
A vastidão nos envereda
a cada olhar que escapa
pelas frestas intermináveis do horizonte.
Fazendo de todo lugar,
algo similar ao sagrado.
Daquele ponto, exato, elucidado,
Seja por, quem, ou como for.
Diante de cada um desses pontos,
podemos alcançar o infinito,
que está (pronto para ser) mentalizado.
Pois, a realidade é trafegável,
Permeável.
Agora.
É onde todos os níveis se encontram,
fazendo com que todo(s) (os) nó(s)
torne(m) apenas um.
A plenitude, aliás
Não passa de percebermos que
A Unidade é encontrar Um.
Não há separação.
Não se é apenas isso,
Mas sem o isso que nos nutre
Deixamos de ser - o que quer que seja.
Referenciamos tal qual um rastro
Hermeticamente espalhado
Numa tela (multi-)dimensional
De desejos e desilusões.
Repercutindo, a cada instante
A finitude eterna dos movimentos.
(do) Aqui, lá, antes e depois,
Tudo,
Uma doce consecução.


Sabe.
Somos.
Tudo e o nada.
Ao mesmo tempo.
Sem saber, exatamente.
Em que instante estamos.
Perâmbulando na passagem.
De cada uma dessas persecuções.


Não há o não haver.
Há! Você verá.

[ Track - Sur l'océan couleur de fer, Alcest ]

sábado, 4 de janeiro de 2020

Pudera

Minha parte,
é o que parte
do particípio
da presença,
do permitir,
e do prevalecer.

Partindo
do princípio,
da polidez,
da perseverança
e da plenitude.

Pois...
Promulgo,
ao perceber,
perdido,
a puntura,
dos pontos,
que pintam,
a partilha.

Das partes,
as quais propiciam
a passagem
proposta
que perdura
na pujança
dos nossos projetos
e planos

Pulverizada(s),
pelo percurso
presumido
de nosso prefácio

A ser preenchido
pacientemente
pelas partes
presentes na
passagem
de cada prólogo

Ainda pendentes,
pois...
a posteridade
não prescrita
propaga
sempre uma (nova) promessa

Fazendo a progressão
algo, protocolar
até mesmo paralizado.

Porém,
pouco a pouco,
Planejamos.

A postura
pretendida
sem polaridades.

Para
propiciar
o(um) potencial,
Paraíso.

Produzindo...
A pura
prova.

Que...
Nos permeará
(Em) (Toda) Parte.