terça-feira, 25 de maio de 2010

Dias

Em que se olha pela janela, e não se vê.

Em que se procura, e não se acha.

Em que se pensa, e não surge.



Dias, vazios, sozinhos, impermeáveis...
Dias que passam, se prolongam, continuam e se repetem.

Dias.

Motivos de menos, dias de mais.


Dias que passam e vão embora...
Dias que cismam em serem os mesmos.

Dias...

Que custam a acabar, mas que ao mesmo tempo se deseja mais...


Dias.

Repetição infinita do presente.
Que a qualquer hora pode deixar de ser...


Será que um dia, um dia, substitui esses dias?

terça-feira, 18 de maio de 2010

Ciclo

Dizem que a vida é feita de ciclos que se repetem. Cada vez em uma situação diferente, mas que sempre retorna.


Se pudermos pensar assim, tudo é igual...na sua essência, em nossa vida.
O que muda é que passo a passo aprendemos coisas novas, ou podemos por em prática o que aprendemos e percebemos que há algo além do que vimos naquele primeiro momento.

Certo?

Talvez...

Mas o que é mais engraçado é quando percebemos que o mesmo momento chegou. E ele é tão... idêntico que, tudo é tão igual. Só muda as pessoas e o lugar(es).

Enfim...

Da uma certa primeira vez, a falta de sentimento e o tamanho da falta de vontade conseguem ser tão grandes que você acaba dominado pelo desânimo e a incoerência em seguir o seu caminho - que são completamente justificaveis quando se olha a fundo o por quê disso tudo.
E é incrível... por mais que se aprende ao longo desses anos, a sina pessoal está sempre batendo a porta. Chegando ao mesmo nível...

A falta de sentimento retorna e a falta de vontade domina...

A culpa não é sua, e não há o que fazer diante da incongruência do mundo... dos passos errados, dos caminhos tomados ao relento. De palavras jogadas ao vento... das quais, não quero fazer mais as minhas...


Do que adinta dizer, do que adianta querer, do que adianta pensar, do que adianta sonhar, do que adianta acreditar, do que adianta viver? ...
Em meio a uma nuvem condensada de premissas incapazes de serem apercebidas pela maioria das pessoas? ... Com as quais inevitavelmente você vive.
E as quais, esquecendo ( ou mesmo ignorando ) que existe algo mais profundo, passam a lhe tomar como... é, como... Eu nem sei...



Não importa muita coisa, não faz a mínima diferença...

Lutar por algo, ou sequer existir.
Leve sutilidade de um ser que não deseja mais estar aqui...

sábado, 1 de maio de 2010

Lyrics

Não há como descrever melhor os meus últimos tempos...

-

Engenheiros do Hawai - Novos Horizontes

Corpos em movimento
Universo em expansão
O apartamento que era tão pequeno
Não acaba mais
Vamos dar um tempo
Não sei quem deu a sugestão
Aquele sentimento que era passageiro
Não acaba mais
Quero explodir as grades
E voar
Não tenho pra onde ir
Mas não quero ficar

Novos horizontes
Se não for isso, o que será?
Quem constrói a ponte
Não conhece o lado de lá
Quero explodir as grades
E voar
Não tenho pra onde ir
Mas não quero ficar
Suspender a queda livre
Libertar
O que não tem fim sempre acaba assim

-

E vale a pena pensar um pouco sobre...

2010

O ano mais estranho, mais doido, mais confuso...

Muitas experiências, boas e ruins.
Uma visão maior, sem alcançar coisa nova alguma.


Perdas, ganhos...
Despedidas, encontros...


Algo me diz que ainda tem muita coisa pra mudar e acontecer...


Vamos ver, e é tudo que tenho a dizer.




Não tem como descrever mais nada........


- E que fique a memória de que esse foi um dia triste...

* 22/1/11 ( finalizado às 4:40 da manhã ) - Coisas até diversas aconteceram após tal data. Pessoas mudaram seus pensamentos, e o si mesmo se mudou.
A rotina se concretizou com a presença da vida em solidão da mente e ser.
Mas por outro lado houve a expansão de horizontes ainda mais, com viagens e situações completamente anormais; pessoas de fora e relações e conversas.
Uma marca influenciada diretamente por uma pessoa que com certeza não tinha o poder para relizar isso - talvez somente um um empurão para a realização dos próprios anseios... Mas uma pessoa que de fato te ensinou a se controlar, para conviver com ela, mas que de certa forma te mostrou o quanto idiota podem ser certos nuances da própria personalidade. Não por conta própria, mas a adaptação para momento e ensejos.
O (re)descobrimento de que as próprias vontades que não fazem sentido podem ser facilmente sobrepassadas e sobrejulgadas pelo destino dos acontecimentos e até mesmo por si; existem outras opções de certa forma imperceptíveis para se escolher, mas que a cripticidade delas não dá nenhuma certeza de concretização.
O enfrentamento desde o começo dos próprios desgostos para poder seguir em frente. A necessidade cálida de persistir para prolongar e ir - à algum lugar.
A total consciência de que não importa o lugar, você será você. Por bem ou por mal que isso seja.
A revelação total de que a própria sentimentalidade pode-te fazer ( e muito ) bem, ou mal. De que se é um ser bom e triste. E Profundamente. Isso.

E a consciência infinita de que a saudade será eterna...

Ano...