domingo, 26 de dezembro de 2010

Considerações sobre dias e datas

Hoje consigo sentir, ou melhor, não sentir, algo que sempre me foi comum. Nunca foi tão forte, mas sempre esteve presente.

O ritmo, o sabor, a consciência... da família, festas e proximidade, devido a uma data - que no caso é Natal ( Nascimento do menino Jesus. Aham. Desculpa para se dar presentes. Aham. Vitória do comércio e consumismo. Aham. Mas que sempre foi a época, da minha pessoa, de reunir em família, e que por consequência do momento, sempre me trouxe algum tipo de sentimento - e não a apatia que bem sinto nesse exato momento! ) não acontece! Não disfruto mais o ritmo, o sabor e a consciência que antes existiam.


Não que seja muita coisa.
Talvez não seja nada.
Um reflexo pasmo.
Uma dor muda.
O ar parado.
A fé nula.
Você.
Eu.


Mas o fato é que, de fato, as coisas mudaram.

Já sou... algo 'velho' ( por que não dizer, maduramente desencantado? ). Já não tenho aquele gosto de pertencimento, que tinha da minha família, de mim ... pois talvez, ela, de certa forma não exista mais, desde os meados de Março. Since I've come back from my 'time change'.

É desgostoso perceber isso... tenho de confessar.

A partir do aporte dessa parte que não há mais nada para se partilhar em datas incabíveis, inúteis, que nada trazem, das quais nada espero...

Não me há vontade de sentar, conversar. Beber, festejar. Filosofar, imaginar, futurar, delirar!
Não há... quem. Não há... quando. Não há... por quê.

A solidão desse momento me joga de frente à parede - pela a qual só consigo me ver, mas mal identificar. Tudo tão branco, tão vazio e tão simples. Tanto quanto ela... não há nada a oferecer. O que existe, há! ... por estar ( ali - aqui )! Alg(o)uém criou... não se teve nada a ver com isso...


É mais um dia... somente mais um. Um dia nada (in)diferente dos outros. É isso... nada mais.


Mas...
Não quero dizer que o meu sentimento de família, festa e proximidade tenham diminuído - sim, talvez um pouco, mas não é essa a constatação. O fato é que uma mera data não me está sendo capaz de alterar. Em sentido algum.

A apatia e o vazio do espírito que eram sempre renovados e influenciados nesses casos não tomam conhecimento... do dia, da hora, do momento... das pessoas. De nada.
É só... mais. Um dia.


Chato... sim.
Não há vontade.
Não há novidade.
Não há, e você sabe.


Evidente. As coisas vão ir e voltar, mas jamais serão as mesmas, quando elas mudarem!
De uma vez por todas... ( coloque em sua cabeça! )


É sempre bom lembrar, e não tentar, jamais, resgatar, algo... morto... em você mesmo.


E fazer...?

Ah. É só continuar... sem saber.
Como e Por Quê se tornam irrelevantes! Quando o irremediável toma a sua parte.

Isso.

Irremediável! Irrelevante!

Bem...
Deixe; siga seu caminho ( encontre-o! ) - pois ao menos ele, há de haver!

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

É!

Todos certos.
Todos!

Ninguém está errado.

A não ser você.
Você que... tem consciência de que tem a ciência de que não é exato o que se acha e se pensa...
...mas parece que é só o "si" que sabe disso. E as vezes ele "si" esquece...

Mas é que...
Pois... a sua volta. Todos. Estão. Certos!
Nada errado!
É! Continua, há!

Há...! Há! Há de se concordar! Todos caminham, sem parar!
Os que hesitam, o fazem sem contar! Os - próprios - passos, pensamentos, dias...

Para quê, afinal?
O que bem fizer, faz, basta!

Basta!

Pois... enfim:

Tudo caminha... para lugar algum.
Tudo há! Tudo não há!

E.
Ah!
Não!
Você não sabe.
Não adianta refutar.

Quem sabe... são... eles.
Todos!
Tudo!


Agora...

Vá...vá.

Dê a ( meia ) volta - e não volte mais!


sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Sabe...

Somente cada um sabe de si mesmo.

A nossa própria consciência é o que releva - o que preza - o que mantém - o que fica.
Não adianta saber dos outros, pois, você, sabe, muito bem... eles mal sabem de você. E mais, eles não querem saber.


E tantos! Quase todos! ...
Sem saber de si. Sem se preocupar com si.
Simplesmente são - e não sabem por quê. O que há de ficar?
O que se há de fazer? Eles vivem, sem saber o por quê.

Nós... eu. Vivemos. Vivo. Me perguntando, pra quê viver?

Essa é a diferença e ela é grande.

Então não se preocupar com aquilo que você não pode interferir - ou seja, os outros - é essencial.


Mesmo que nada exista depois, ou... que teimosamente haja.
O que há de se levar, senão, a própria consciência? Livre. Leve. Sábia.

Há um "quê" de sabedoria naquele que sabe o que faz, e por quê faz. Mesmo que não faça sentido... para os outros.


Deixar pra lá o mundo, viver o seu.
E ser tão sincero e rígido como se ele, fosse, hum... de fato, Seu.