terça-feira, 16 de abril de 2019

Per

Por mais que os dias persistam...
Você percebe que o (seu) passo é sempre algo atual, único, prevalescente.

Por onde quer que você esteja, ainda é possível perceber os movimentos que aconteceram e que foram responsáveis por te levar até aqui, agora.

E mesmo que...
Você sinta o passado tão presente, existe a necessidade de adaptação e uma preparação para um possível futuro...

E mesmo que...
As cicatrizes te façam ficar apreensivo e até desiludido com as possibilidades, há que se propor, perseverar.

Pois é o medo e a incompreensão que impede de fluir, de viver.
De nos entregar.

E mesmo que...
O receio de uma entrega real nos transpasse - seja pelas experiências e traumas do passado, seja pelo aspecto incerto que o futuro nos reserva - temos de ser ser obstinados, para (sobre)viver; Ir, em frente; Ultrapassar, o passado.

Sermos uma vez mais a nova melhor versão de nossos "eus" (mesmos).

A tempo de que o tempo não (nos) passe -  que sejamos somente (o) passado(s).


Pois.
Primeiro.
(O) Presente.

sexta-feira, 5 de abril de 2019

Heal

A cura.
Para nós.
É, ser.
O que podemos.
O que encontramos.
O que... aceitamos.

As vezes tudo que precisamos é de poder estar presente - entre, no cerne, vivenciar.

Tantas dúvidas podem se bastar em um movimento tão simples quanto... estar.


Mas não é sempre que estamos presentes.
Há momentos em que nos encontramos mais afastados do agora e dos outros. Afastados do que nos concentra, do que nos comenta, do que nos corrói. E são essas questões que muitas vezes não são nem presentes, e nem muito menos nossas, e que estão prevalescentes.

Nessas situações questionamos, conversamos, confabulamos com o que o fluxo dos pensamentos nos leva. E... é completamente possível de se perceber que essas são questões nada únicas - em realidade parecem que foram obturadas em outros tempos, e que persistem... por todos esses momentos e nos atinge, agora.

Talvez esse seja um movimento daqueles que estão não presentes na atualidade - que se percebem à parte das questões normais da sociedade - afinal, o que é normal, senão algo ou alguém que segue a normalidade imposta por uma época em qual perdura tudo que... não deveria ser considerado como, justo, normal? - a raiva, a ingratidão, o ego acima de tudo, o desequilibrio, sobretudo.


Esse preâbulo não dói mais.
É algo até natural.
Talvez por uma perene condição de sensatez que foi adquirida com o tempo, e que justifica que não adianta se opor a esses casos...
Eles acontecem, e o que... de fato, podemos fazer?

Talvez, um dia, existisse algum impeto de modificar essa realidade imposta. Por vezes, impostora...
Mas a idade passa, o tempo vai e a sanidade passa a conversar mais contigo.
E seu ser...
Simplesmente deseja vicenciar um plano no qual se é possível alcançar um panorama agradável, justificável e que possa ser compartilhável.

Desejamos satisfação - e mesmo que o poder, o reconhecimento e o dinheiro não nos sejam capazes de nos fornecer isso, buscamos de alguma forma relevar, providenciar, aproveitar a nossa vivência nesses tempos.

São tantas questões que se prolongam diante do ser e que vão até o próprio universo...
Se promulga considerações como a de que somos um sopro, afinal; mas esse sopro é o que nos basta, e o que nos importa, é o que nos importuna...

Não há como considerar o todo sem nos ver e nos há-ver a nós mesmos.
O micro é o nosso macro; e de nada adianta considerar o que está além se não estamos aqui, breves e compenetrados no aquém. No si.

Uma tola ode de que considerar que sem a própria satisfação não podemos avançar - nem mesmo providenciar - tal sentimento aos outros.

Uma simples consideração de que o amanhã se faz hoje.
E de que o hoje é tudo o que precisamos para viver - o passado, tal momento e o amanhã.

Somos o que estamos.
Estamos aqui porque somos.
Seremos, justamente, o que vai estar.
Estaremos por quê pretendemos (o) ser.

E por quê não...
Sermos nossa própria base, nosso próprio ser, nossa própria cura?

Há. (de) Afinal.
A providência(r) - estar.