segunda-feira, 30 de julho de 2018

Passos

Como dar o próximo passo?

Se você realmente não conseguiu se deslocar do mesmo lugar... 
Se você está tão entranhado nos (últimos) momentos da sua vida...
Se... você não consegue se desvencilhar do que já sentiu? 

De perceber que ainda existe algo. De... notar que ainda se sente. E além de tudo, que de fato sentiu. 
De... inconceber que você é um tolo incapaz de se priorizar; 
De que as coisas continuam... e andam. 
(E que você não consegue relativizar isso...e que você fica... e que você...)

E de que... você; bem se não ficou para trás, o que pode ser dito é que... só restou você.
E... bem, é isso. Só resta você. 
Nesse pequeno sentido de solidão insensata, nem uma grama da percepção mudou ao longo dos últimos tempos.

Não se sabe o que quer; não se sabe o que é. 
Simplesmente há uma semântica de que eu valor(ei)o demais aquilo que vivi... 
A ponto de não ser muito bem capaz de... desvencihlhar de tudo (aquilo que um dia eu julguei ter sentido). 

Que inexatidão, 
Que indiscrição, 
Que injusto. 

Injusto são os nuances da vida que sempre me dispõe para longe daquilo (e daqueles) que eu me enlaço. 
E por quê eu... me afeto, me apego, me... recordo? 
Como... se... tudo fosse possível; como se tudo tivesse sido como deveria ser. 
Almejar, talvez, um gosto a mais dos momentos em que se era algo - feliz? 


Que... err(ad)o...

...


O caminhar do hoje - esse dia -  mostrou que o meu desinteresse, o meu desencanto e a minha indiferença para com o que acontece dentre os seres é algo quase irreversível. Se apresentou que eu preciso no mínimo ter um senso de empatia para criar qualquer reação. E bem... essa reação, não cisma em existir, não clama em persistir com novos casos; novas pessoas; novas situações (A minha empatia não é genérica, nem generalista. Me custa de fato a sentir...). Elas me são... à parte, apáticas. Estou quase refém daquilo que eu gostei, daqueles que eu quiz. Somente esses... me tiram desse 'mim mesmo' e levam para uma espécie de conexão etérea com o mundo; quiça outro, não esse. Mas... que me gera uma sincera satisfação. E, mal, eles não mais estão...(e isso raramente acontece).
Mas urgiu em mim: ainda sou capaz de viver - só não sei como!


Já desconfio. Já percebo. Já condeno. 
Que eu - a mim - não me basto.
Mas...
Eu não consigo ter o mínimo - sequer - interesse em o que(m) quer que seja... Que não... seja... o que eu já tinha. O que eu já tive. E que ainda tenho... 

A confusão, a inércia, a dúvida. Uma tórrida frustração. Um retorno inesperado ao conceber, para o si nada realizar - "um ser que não consegue sair do próprio inferno não consegue lidar com ninguém". Um breve flerte com a loucura, uma disfarçada depressão. Atingir a certeza de se ser incerto... uma nutrida relação com a mais profunda solidão. Que persiste - que como eu não queria que assim o fôsse! O sentimento tênue de não saber o que querer, de não se encontrar... e ... de ao menos tentar se aceitar. A única força de vontade de se ver em paz... e de ter que continuar. Se esbarrar. E lembrar... que amanhã talvez seja um outro dia - que provavelmente se repetirá...


Esses meses... em que eu me coloquei para mim mesmo... talvez seja isso (além do constante...) que eu tenha vivenciado. Resumidamente. Quase cronologicamente, culminando no exato agora.


Tenho 3 décadas nesse mundo.
Não sei se amadureci algo... 
Mas tenho a plena certeza que perdi muit(as)o (partes) de mim. 

Incompleto, incondizente, até indisposto.
Mas... aqui. 
E (não sei se) basta.


Pois bem, sinceramente, não consigo imaginar que passo é esse que eu posso considerar ... como (o) próximo!


Passos...

quinta-feira, 19 de julho de 2018

Calma

Calma, calmamente...


Revisito o meu perceber.
Reponho meus pés no chão.
(me) Reconheço o que há, e o que havia.

Volto a abrir os olhos.
Posso não ver muita coisa, mas ao menos...
Tenho alguma noção de que é preciso persistir.

Permutar as incertezas tradicionais por algum sentido (e sentimento) de "que seja"!

Realmente; o que quer que seja, haverá de ser.
Só tenho de... pertencer; aqui, agora, nesse pequeno momento.

A idade, o tempo, os papéis e as necessidades de um que de futuro me questionam - e eu as questiono de volta, porém meu papel é feito com menor intensidade, devido a situação que me encontro; sem forças.

O sofrer é real, por mais que possa parecer que não; uma tolice, uma brincadeira, uma obsessão.
Mas não adianta só sofrer...
Que é simplesmente o que tem acontecido.


E... se... encontrar algo?
O que vai mudar?
Provavelmente outras questões estarão presentes...

Mas o fato é... todo o pass(ad)o se põe, se dispõe e se opõe.

Mesmo que não haja ligação com o presente e tampouco com um futuro...
Por quê não será possível criar uma equalização com o - poder ser - com o que é?
Tudo em busca de uma só paz nessa vida...

É para buscar, é para tentar... é simplesmente para começar.
Tentar, de qualquer jeito, partir a partir disso.
Pois... eu já bem especfiquei: eu não sei mais o que fazer!
É...

Ir tentando.
No que se suceder;
Doutrinar seu próprio ser.
Uma força de vontade desigual que deve liderar...

Esse imbruglio; essa perecível busca!

Agora, como....

...

Afinal, o que, de fato, você quer????

Creio que enquanto não for possível responder essa questão, sinceramente, o que se apresentar é o seu foco.

Mas, que tal, quem sabe, por quê não? ...
Providenciar algum aspecto; buscar algo real! ... por quê não?
Tente, ao menos, tente, por mais.
(tenha algo em mente, algo em si...)

Seja.
Não necessariamente você... mas, seja. Seja algo.

Vá. Liberte-se. E viva, como quer que seja.
Viver é sua única promessa, teoria, solução...

domingo, 15 de julho de 2018

Quem

Quem será você?

Pois, quem!?


Quem será você...
Depois de todos esses dias,
de todos esses questionamentos,
de todas essas experiências.

Quem será você...
Diante de toda essa vida,
de todas essas dúvidas,
de todas essas horas.

Quem será você...
Durante todo esse momento,
todos esses fatos,
todos esses embargos.

Quem será...
Que.
Você poderá pensar em ser,
Perante o futuro,
o presente,
o passado.

Quem será que vai te ajudar,
te almejar,
te desejar,
te importar.

O que será que...
Poderá ser feito,
considerado,
perpetrado.
(hoje, agora, um dia, sempre...!)

Quem será que você vai...
ver,
percerber,
reconhecer.

Uma vez que consiga se mirar, por inteiro.


O que(m) é que será você - de fronte a si (quem?) mesmo!

segunda-feira, 9 de julho de 2018

C'est ça

Sabe quando você chega a uma conclusão de que ... não dá mais?

Realmente.
Não dá.

Para viver assim.
Para me aceitar.

Para continuar sendo medíocre e imprestável, no mesmo lugar...
E sem nenhuma perspectiva de que qualquer coisa aconteça; que algo mude.

Creio que tenho um quê de cobrança comigo mesmo - mas que cobrança é essa? E para quê?

Bem... eu não sei.
Mesmo.


Sem objetivos não há persistência.
A única coisa que me faz persistir em tentar é simplesmente o fato de que não consigo me aceitar como sendo absolutamente nada...

Como conviver... com a indulgência da vida comum?
Algo em mim não consegue permitir sequer um dia assim com a consciência em paz!
Oras, a parte fôra...!


Sou uma piada para mim mesmo.
Imagine o que esses outros por aí me vêem como...

Não há dependência, não há consistência.
Cada qual a seguir o (seu) caminho - e tudo ficando para trás (moi inclus, et avant tout!)...


Talvez...
Uma única solução seja mudar.
S(i)e mudar. Como e para onde for.

(...tão me sinto, tão me parece que esse mesmo que por tanto me agradou vem me perturbando de forma incansável nesses tempos...)

Mas...
As perspectivas não serão as mesmas?
O que outro ponto no mesmo mundo vai influenciar em si (e em mim)?
Não será, capaz, de que tudo seja o mesmo?

Mudar de mundo...
Ideias. Panoramas. Bases...

(...e sei que o que me prende ao mundo, é o mundo. Ele. Em si. Suas belezas, gostos, cheiros, sensações... Não sei se é disso que preciso; mas me parece completamente inviável almejar qualquer tipo de vida que tenha isso como princípio...)

Essa ideia se passou por algum tempo - e eu ainda não sei que lado venceu. Sequer o que aconteceu - não considero essa como uma questão resolvida - mas o que está resolvido em mim, afinal?
Mas é quase definitivo que a (minha) realidade comum não está conseguindo se expressar em meio a esse enrosco que é participar dessa vida cotidiana (e de tudo que ela vai e pode providenciar num discorrer natural dos fatos.)

Ir.
Dispor.

Necessito de imaginação;
Criatividade.
Para conseguir manter uma linha - de pensamento, de vida, de... satisfação?

Já questiono as minhas próprias ações, meus próprios pensamentos - os mais recentes inclusive.
Parece que tudo que vinha tentando setar em minha mente ressubia numa espiral incondizente...
E a única coisa que me resta é uma dilacerada incompreensão (de si, do tempo, da vida...do todo...).


Eu não anseio o futuro... não, não é esse o meu (maior) problema;
Mas o que afeta é que eu não consigo me encontrar n(esse)o presente.


Só...
poderia ser...

terça-feira, 3 de julho de 2018

Sagen

A cada hora que eu paro e percebo meu rosto, meu ser...
Me vejo para baixo.
Me sinto sendo dragado por e para um quê de nulidade que representa a minha condição.

O sorriso me saí.
A aparência se faz.
A energia se expõe.
Quando não estou só... (quando não estou aqui)

Mas, eu mesmo...
Me tenho intacto...

Não sei se é um misto de insatisfação com descrença em si, ou simplesmente... algo químico.

Algo (não) me acontece.
Sou levado para dentro, parte a qual não tem muito (mais) a oferecer...
E isso me coloca frente a frente com essa nulidade que há muito me encara; e sempre pergunta: Que tal?

E não sei como responder. Mirar. Separar.

Eu já não mais vejo como me sentir.
Não encontro um meio de persistir.

É estranho, porém tão natural...
Acontece, sem que eu queira, sem que eu me esforce, sem que eu sequer questione. Se dá, e é.

E... assim tem sido, dia-a-dia, como nunca.

Não sei, realmente, o que fazer.



Devo...
(me) abster?