terça-feira, 3 de julho de 2018

Sagen

A cada hora que eu paro e percebo meu rosto, meu ser...
Me vejo para baixo.
Me sinto sendo dragado por e para um quê de nulidade que representa a minha condição.

O sorriso me saí.
A aparência se faz.
A energia se expõe.
Quando não estou só... (quando não estou aqui)

Mas, eu mesmo...
Me tenho intacto...

Não sei se é um misto de insatisfação com descrença em si, ou simplesmente... algo químico.

Algo (não) me acontece.
Sou levado para dentro, parte a qual não tem muito (mais) a oferecer...
E isso me coloca frente a frente com essa nulidade que há muito me encara; e sempre pergunta: Que tal?

E não sei como responder. Mirar. Separar.

Eu já não mais vejo como me sentir.
Não encontro um meio de persistir.

É estranho, porém tão natural...
Acontece, sem que eu queira, sem que eu me esforce, sem que eu sequer questione. Se dá, e é.

E... assim tem sido, dia-a-dia, como nunca.

Não sei, realmente, o que fazer.



Devo...
(me) abster?

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