quarta-feira, 31 de março de 2010

Desatar

Desentendimento.

Desapreciamento.

Desacreditação.

Desordem.

Desânimo.

Desapego.

Des...


Desabo.

Des...


Desabafo.



Dias e horas.

Horas e dias.

Passam e vão, ficam e gorgeam.

Escurecem e desaparecem...



Tempo, a tempo, sem tempo.

Temporalidade morta pelos pensamentos que não entendem a realidade.


Realidade essa, que mostra mais uma vez a você, que não se pode com ela.

Que, quer ser diferente, e não lhe deixa dúvidas.


Somente des... desapagado.


Despagado foi mais um sonho.

Deixada, mais uma vontade.

Mais escuro, se torna o caminho.

De lado a vaidade...

Suprimida a vontade.



E olhar o tempo passar...

E mostrar, que...você, querendo ou não, não vai se cncontrar...

Perdido no tempo, no universo...na própria mente, nos turvos pensamentos...

Perdido, e como sempre, sem luz.



A falsa faísca reluziu, e apagou.

Provou ser mais uma vez, uma coisa só...

Um chamariz, um engano, uma isca para o desengano impróprio.

Uma tentativa de achar algo...que sequer está escondido!


A verdade, mesmo que com vontade, não é passível de ser encontrada por um ser tão...incapaz, insatisfeito com si próprio. Por tudo e por nada...

De nada adianta.



Tentar, e ver, o mundo girar, mais uma vez, e então, se volta, ao mesmo lugar. De sempre...

A escuridão total...

A impassividade diante de um desconhecido sem existência alguma.



Só, só, totalmente...

Num mundo grande, que é menor do que parece, e que mesmo assim, teima em não mostrar um lugar para si.



Perdido, passado, perambulante...



Passos cada vez mais largos, à lugar algum...

segunda-feira, 29 de março de 2010

Decisa Indecisão

O que é dito, pelo destino, não foi feito pra ser contestado.

Mas mesmo assim...
Nõs tentamos.

Sempre, sempre em vão...

Pessimista, Realista, ou simplesmente Tolo?
O que se prefere ser?


Bem, isso não importa.
O resultado vai ser o mesmo...
O que muda é o processo, e logo, você com ele.


Tantas coisas, que muitos querem demais...
Tantas coisas, e não sabemos o que querer...
Tantas coisas, mas temos de querer uma só...
Tantas coisas, que, de repente, não queremos mais nada...


A decisão já foi tomada.
E ela não foi sua.


Indecidir, a favor ou contra, tanto faz.
Não há vontade num futuro que não há.


É deciso, decidido, e dissindente.
É que é.
E não é nada...


Uma decisa indecisão a ser tomada.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Toda.


Uma vida para trás.

Realmente, digo a verdade, quando digo, uma vida.


Eras. Em duas agora ( e poderá que sejam mais num futuro ).


O que era, não é mais.
E eu faço questão de que não seja...

Não que eu necessariamente me mude com tudo isso...ao menos, não voluntariamente. Pois mudar com tantas mudanças, com tanto que se passa, é involuntário.


Memórias.
Tudo se converte nisso...
Elas perambulam por aí... estão em cada canto da casa, em algum lugar que se olha, em uma música que se ouve, em um sentimento que se sente...

Mas não é tempo disso.
Não é a hora exata para se lembrar...


Pois afinal...

Toda e toda.
Uma vida... ao seu lado, que não é mais alcançavel, não passa de uma fantasia, tão real quanto um sonho quando acabou de se acordar... nítido, verdadeiro, influente.
Mas que com o tempo passa, desfalece, não existe mais, senão em vagas memórias daquilo que um dia foi...

É isso que acontece...

Um fantasma atrás de si... que clama por não ser esquecido ( e que jamais será! ), que urge por ainda fazer parte de sua fundamentação, de seu caráter.

Uma mistura do que virá com o velho eu, a velha vida, talvez pode ser aceitável aos olhos nus de quem não vive o momento... mas quem dera fosse assim tão fácil!

Uma luta incansável dentro do próprio ser, ante a esses novos desafios... somada a velha lembrança de como eram as coisas, de como se era...

Impasse incasável em tentar se estabelecer de forma convencível ( não aos olhos dos outros! Jamais ... mas aos próprios ... ) ...


E ante a tudo isso, somente dois coisas podem reger esse ser errante...


Força.

Coragem.


* De vontade... dentro do ser... de expressão. Força!

* Para dar o primeiro passo, para seguir em frente, para encarar o que passou, para desafiar o que está para vir, para a vida. Coragem!


Romântico, demais.
Tolo, demais.


Mas esse é o ser... que eu escolho ser.


E ninguém pode me tirar isso...

sábado, 6 de março de 2010

So far...

As vezes tudo parece longe demais.

Outras vezes, de menos.

Distância, tempo.
Variáveis imperceptíveis ao longo do que se vive...

Notadas apenas depois de um retorno.

Ou, nem isso...
O sentimento de que não se está muito longe é sentido, sem muitas dificuldades.

A vontade é incerta.
O desejo não é definido.
A única afirmação é a incerteza.



Não que haja coisas incríveis, capazes de te prender a algum lugar.
Não que existam saudades, ou mesmo vontade de voltar...

Pode ser que seja simplesmente o sentimento de que você não necessariamente pertence ao lugar que passou todo a sua vida.

Pode ser que seja simplesmente a percepção de que você realmente não se encontra (ou?) por algum motivo, que pode parecer não ser necessariamente interior. ( O meio determina como se vive. E como se vive, é determinado por aqueles que habitam o meio - e pode ser que simplesmente não seja um caso de meio, em si , mas algo que tenha mais a ver com os habitantes...pessoas, que não te deixam [voce] se encontrar por aí... ).

Pode ser...

Pode ser que algo tenha mudado.
Que a percepção tenha alterado.
Que nem tudo tem o mesmo sentido que antes.
Que o antigo gosto não te lembre as mesmas coisas.
Que mesmo, as mesmas coisas, não são mais, as mesmas.
Que...

Uma nova vida esteja a caminho.

Um novo passo, uma nova fase.

Como já era previsto, pra dizer a verdade...

Tudo acabou por aqui.
E não sei se vai começar, nesse mesmo lugar...

Lembranças e vontade.
Ainda existem...

Mas não há a certeza do estar!
A vida mudou... e essa foi só uma preparação...

É ver no que vai dar.
E lutar pra fazer acontecer.

Ou mesmo...
Não encontrar, não entender...


O caminho percorre.
Não há mais volta.
Passou, e passou.


Memórias então.
Mas não.
Não há como ser mais o mesmo...
Não há como viver do mesmo jeito...

Tudo acabou, por acá.
E mais uma vez, não sei se esse é o lugar pra recomeçar...

Uma vida nova, ou simplesmente uma nova não-vida me espera...
Ou então! Eu mesmo espero ela viver... não vivendo por enquanto.

Não há muito mais por aqui...
A não ser velhas lembranças, os últimos tempos, a rotina espalhafatosa que tanto me fez bem...



As bases romperam.
As regras mudaram.
O horizonte cresceu.
Lembranças ficarão.



O futuro incerto, de quem não tem muito mais passado pra se basear...

O novo a ser desbravado, que muitas vezes não vai se mostrar...


Não vejo mais, as mesmas coisas.
Muito sentido se foi...


Sozinho, minha sina...
Procura de algo, meu caminho...
Indefinido, meu objetivo.


O tempo passará...

Assim espero.