domingo, 22 de maio de 2011

Ind. Co.

É estranho.

Definitivamente estranho, como essa ideia vai, vem e volta.

Bem, a verdade é que eu não sei explicar muito bem do que eu estou falando. Creio que talvez seja somente a sensação ( que estranhamente parece constante ) de estar pra trás. A sensação de que, talvez, todo o tempo o qual se foi vivido. foi, na realidade, desperdiçado ( não de forma que não se tenha feito nada, mas que não se tenha feito nada de útil ou mesmo aproveitável ). O velho (des)gosto de estar ultrapassado, e em última instância não s(ab)er nada.


Tá, isso é pontual e muitas vezes situacional devido ao histórico da minha própria vida, eu acho ( ou as vezes até penso que pode ser 'imploro', mas cismo em não concordar comigo mesmo que a verdade pode ser essa ).

Vou só ser rápido, para não ter de ficar contando história de forma inútil.
A começar do que está mais próximo: a Faculdade.
Bem, talvez, isso sim tenha sido o que mais se aproxima do que descrevi acima. Não se é nada! Tem de ser fazer tudo... sem contar a falta incrível de foco. E, isso é tudo que eu tenho a dizer.

Talvez, seja o 'hoje'. O qual simplesmente... não é. Nada. Ou seja, é o mesmo que eu (, esse tal hoje). Ou ainda melhor, não é ( por não ser ).

Mas, a verdade, não é o de 'agora' que me preocupa, pois dele eu bem sei mais do que sabia sobre o 'antes'.


Vamos dizer: é a tal vida de adolescente [ que vamos apontar aqui, é algo que acredito que realmente fundamenta toda a 'vivência' ( pois personalidade simplesmente não é a palavra certa ) da pessoa, principalmente no meu caso ] que parece, foi perdida, sumiu - ou então está em mim até hoje; a qual muitas vezes existem pontos e resquícios ( e pessoas! ) que mostram que eu não consigo fazer uma dissociação bem feita.
Acredito seja algo bem 'regional', o qual eu duvido que quem não tenha passado - ou convivido com - não será capaz de entender perfeitamente.

Vamos lá! Sim. Sim. Eu sei das mais variadas e estranhas vivências e comentários em relação a tais experiências... e vou tentar falar o mínimo possível da minha.

7 anos em um mundo particular - que na verdade, tá longe de ser o seu - não é nada fácil. Bem. Não mesmo. E o simples fato é que dentro dele, parece ter sido uma vida, e fora dele parece ter sido uma bolha - tudo e nada, ao mesmo tempo! E isso é incrível -  E na verdade, não que o mundo 'aqui fora' seja alguma coisa de diferente disso.
Mas o sentimento que eu descrevi inicialmente sempre me bate, quando eu tento pensar: "O que eu fiz nesse tempo?", e a resposta que eu tenho é tão vaga que não é possível se considerar nada.
Talvez eu realmente sabia como viver: pois eu realmente vivia dentro dele - mas não! Eu nunca fiz parte disso...Hm.
Quando eu vejo pessoas relembrando de suas vidas, eu bem... sinto que elas tiveram algo bem diferente de mim. Ou simplesmente separaram uma coisa e (da) outra - algo como aquela velha história melancólica e nostálgica de infância, palmeiras, meus amigos e minha terra. Ou simplesmente uma história melancólica e nostálgica de 'nada que sirva para ser lembrado'.

Algo como raízes. Algo como bases. Algo como algo, o que quer que seja.

Mas eles estão lá! As vezes a se recordar ( ou definitivamente não! ), mas sempre a se identificar. É como se ficasse uma marca estampada: "Sim, eu vim daqui; mesmo que, na verdade, não tenha vindo...". E que essa marca fosse bem simples enxergar, pra quem consegue ver.  


Sim, tudo bem; recordar é viver. Mas a questão não é essa, é algo bem diferente e bem mais estranho...


Tento me recordar e consigo me lembrar de alguma coisa... sim, tinha um outro mundo! O qual era regido quase pelos mesmos valores e influências, ou simplesmente pela fantasia onírica de viver em um espaço, forma e condição completamente dif(v)er(g)entes que é perceptível o por quê de nunca, nessa história, eu sequer tenha tido alguma chance de me encontrar ( hoje em dia eu custumo me encontrar de vez em quando; acho que algumas poucas vezes por ano, mas é algo involutário - e acho que o que 'eu mesmo' [ sendo que este 'eu' não é o que vos lhe escreve agora ] deseja é no máximo passar um pouco de tempo e dispedir o mais rapidamente possível; sabe: eu bem desconfio! Ele deve estranhar... -  mas em geral creio que continuo tão - ou deveras mais, pelo simples fato de ter alguma experiência em 'encontrar' - perdido quanto antes ).


Mas ainda bem me pergunto... o que será ( o por quê de ) isso tudo?
Só sei que não consigo entender ( nem mesmo o por quê de essa pergunta e sentimento continuarem existindo em mim... ).


Mas sim, tudo bem!
Talvez o problema seja comigo que vivo numa mudança - já anunciada - e simplesmente tento aprender a não ser mais ( e quem sabe, repudiar ) a maioria de tudo que era ( pois simplesmente não valia nada ser! ).

...
é.


Acho que só uma frase persiste em minha mente:

Indefinição constante!