sábado, 24 de dezembro de 2016

Menos; Mais. Que seja.

Quando analisamos a nossa situação, e mais, a nossa disposição, conseguimos, em parte entender o que precisamos (ou não).


E minha situação é ímpar em minha vida.
Não me encontro com motivos, sequer objetivos. Vivendo um presente tão falso quanto as minhas expectativas que isso mude.
Sem estudos, sem avanços, sem muita coisa que eu possa chamar de 'meu' ou de simplesmente algo o qual eu esteja de fato vinculado - mais perdido que sempre, talvez, fazendo algumas mesmas coisas para simplesmente não flutuar por aí.

Como eu já havia dito -  e não só a mim mesmo - passar de 'quê de estudante que talvez vá a servir ou fazer algo' para um mad worker wannabe - o qual ninguém dá valor nem simplesmente pensa em algo como aprovaçao (não que isso me importe) - é uma situação a qual eu não curto, não gosto ... mas é o que se apresenta. E, assim, vai sendo.

Um ano mais de aceitação e entendimento do que qualquer outra coisa.

Nada de renovação. Nada de re-expectativas. Talvez um algo de cortes; alguns indesejados, outros inesperados, porém em realidade necessários, ou no máximo compulsórios.

Quase 100% perdido por aí. Incapaz de traçar um caminho ou uma meta que anime a sair do lugar - e eu pergunto, por quê eu deveria?

...

Mas pelo lado da disposição, me parece que eu gastei todas as minhas energias nesse ano para tentar me recompor - me re-conhecer - e, quase tudo, que eu tentei fazer simplesmente ... não rendeu frutos.

Palavras ao ar, muitas vezes. Sinceridades sendo desperdiçadas por aí.
Mas não posso reclamar, eu mal sei o que queria - e ainda não sei o que devo desejar.

logo, é bastante complicado pensar em algo, traçar uma alternativa, vislumbrar coisas sendo que na essência do meu ser não há uma gana... um desejo que clama ou explica o que deveria ser ou ter.

Não consigo - e talvez nem queira - conhecer; pessoas, coisas, opiniões.
Não há motivos para passar e repassar vidas alheias que vão permanecer da mesma forma.
Nao prevejo - e talvez simplesmente não exista - verdadeiras opções, que me retirarão desse marasmo inato a minha condição, permeado de expectativas desatadas.

...

Essa nova vivência com o agora - que se revela na vida única que nós temos, me faz questionar todo tipo de coisa, a maioria dos tipos de relações e o quotidiano que nos cerca. São intermináveis dúvidas preenchidas de todo tipo de incerteza - que se eu for expôr uma a uma, posso escrever durante horas... mas é melhor não. Que eu as guarde, só destacando que eu não sei qual caminho seguir - abraçar o que eu já tenho, utopicar um vislumbre de uma vida em paz, ou simplesmente me entregar (um dia) a tradicionalidade e viabilidade de ser nada, e estar satisfeito por 'levar uma vida normal'?

Tão complicado.
E os anos passam.
Eu nem os vi passar.
Não me sinto com a idade que tenho.
Mas, sei que eu deveria estar a ponto de propor alguma possibilidade nessa vida.
Tudo para que eu não me perca só e inalcançável nesse poço de dúvidas, numa incapacidade de concluir o que quer que seja.

Ou...

Simplesmente me esquecer que o tempo clama, enquanto permeio o 'agora' com bons gostos e uma paz inerte e real.

...

O todo já sabe que eu não tenho raízes. Nem fé. Nem sonhos. Nem vida; quase.
Mas mesmo assim eu sigo - ou tento - esbarrando nas vicissitudes dos momentos da forma mais ágil possível.

-

Talvez pre-passar o futuro para que ele simplesmente se torne presente; viver, apesar de tudo?
Mas, como?
E mais...
Com quem? Consigo mesmo?

Fins de ano. Família. Nada.

Me sinto cada vez mais a parte, e menos presente nesses destaques que deveriam significar algo - ou tudo. Just like fading, as a whispering wisp, passing by.
Sem sentido. Sem (muita) importância.

Talvez essa minha mente não se reflita, e nem espelhe... mas tudo bem, o que me importa é que ela funcione - nem sempre a todo vapor, mas sempre. Estar presente, afinal, é essencial.

-


Acho que...
Tudo que eu não quero sentir, mesmo, é que eu esteja desperdiçando tempo, o tempo inteiro.

Porque... tudo e nada, andam se confundindo tanto... ultimamente...

sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

(Só)[-mente]

Em nossos pensamentos.
Em nossas vidas.
Em nosso ser.

Existe algo mais óbvio e contumaz do que estar - só ?
Nossa mente insistir em criar companhias, que não passam de um pseudo momento para que não nos encontremos nesse estado sensório do ser. Sozinho.

Sorte daquele que um dia encontrar - ou que encontrou - um outro o qual o consegue compor - o que sem pedir, está lá; o que sem perceber se faz parte do âmago mais íntimo do si - o pensar; ele te influencia sem se fazer presente, ele existe sem tomar parte.
Mas é uma pena quando isso aconteceu um dia; e não acontece há anos - e ainda assim tal sensação ainda insiste em te tomar. É estranho; talvez seja único, talvez seja (a) única.

Porém, não mais. Um tempo atrás. Quando as complicações e a idade permitiam com que se pudesse permear o pano da vida através de algo-a-mais-que-a-carne - alma, será?

Pois bem.
Pois mal...

Talvez seja a sina; não só minha, devo dizer.
Só. E, estar, sozinho.
Ao ter de se encontrar com alguém... Tente fazer com esse alg(uém)o lhe faça sentir ao menos preenchido; talvez a individualidade as vezes não te (ou o) permitirá. Aliás, não é sempre que se vive tais encontros... talvez uma vez, talvez um dia. Mas sem nenhum receio de se estender.

A parte não lhe faz mais. A mente incoerente dos pensamentos (alheios, em principal) se perfaz de outras frequências... o caminho, sozinho, (é o único que) se apresenta para que você possa o seguir.
Não adianta se agarrar aos atalhos que passam nessas horas - permeio-os, deixe que eles o guiem, mas não se apegue, não se prenda. Deixe o fluxo tomar conta... dos outros. Mesmo que você continue estacionado (no tempo).

Só a mente faz de você algo. De você único. Não insista em tentar fazer o que não lhe cabe; deixe que os fatos aconteçam por lá. Seja o ser que deve estar presente, ao menos aqui, ao menos agora.

Frequentar os momentos que lhe clamam, sem hesitar em viver - mas, nunca, se entregar a comodidade do impróprio - para você.

Só a (sua) mente pode te acompanhar.

As impressões são imprecisas, e o mundo se alimenta delas para se mover - tanto o mundo, quantos as pessoas que se orientam dentro dele.

Não há como almejar algo além daquilo que precisamos... e muitas vezes... não há nada que insiste em se apresentar. A nós - para sabermos do que se trata.

Seria impróprio dizer que posso ser uma má companhia - que devido ao meu ser estar solto e perdido não posso preenchcr - não é esse o caso. Não quero influenciar. Não quero desviar. (...) Posso estar. Talvez seja o máximo. Mas é fato, que de fato, eu preciso de algo a mais... (quem me dera um dia eu achar uma nova vida, após essa outra que eu já perdi).

Com-panhia? Sim.
Mas, por enquanto...

... creio; só posso (me) mentir, e manter a minha mente, só(la), a meados d(e um)o fim ...



quinta-feira, 3 de novembro de 2016

S.e.r

De ser ...
Ou não.

De ter...
Ou não.

De definir...
Ou não.

De estar...
Ou não.


São breves questionamentos que se perpassem em mim - na minha vida, na minha mente, e estranhamente, no meu ser.

Uma vez onde o nada era tudo. Para o tudo que era nada. Enquanto agora simplesmente há a dúvida do que é, o que pode ser e o que será...

É uma distinção entre a incapacidade de saber o que se pode e o que se deseja...
Não consigo me entender. Não consigo perceber. Não consigo conceber.

Estar sozinho sempre foi uma constante - tão real que as vezes passava desapercebida; mas o tempo passa, as coisas se definem (no mundo, nos outros - não em mim) e eu me vejo cada vez mas deslocado; relegado. Incapaz de traçar pontos para definir o que é - e será - de mim; da minha vida (se é que o 'amanhã' é para ser pensado assim).

Sei o que não quero; sei o que não posso; sei o que não devo.
E talvez, isso seja tudo.

Não posso ficar onde estou - tal condição já se faz real há muito, muito tempo.
Não quero voltar atrás - para uma situação a qual nunca teve qualquer estabelecimento real em (para) mim (apesar do meu comprometimento, nada foi recíproco, recebido).

Tudo (meu) é temporário - e enquanto isso o tempo passa; e eu vou me perdendo em meio ao confluio dos fatos... vou ficando para trás no tempo...  e isso persiste, insiste - em me incomodar, em se realizar, em se tornar cada vez mais verdadeiro e me lembrar, que, eu ... não passo de mim: nada; ninguém (como eu mesmo já escrevi na própria definição desse blog, anos e anos atrás).

Vivo assim - tem sido a única forma que venho conseguindo aproveitar ou prosperar nos últimos anos (imagine uns 5 anos, por favor) - mas essa (in)constância me atormenta. Me persegue e se debate na minha face pálida e cabisbaixa, quando sozinho estou (como quase sempre) - a noite percorre, transcorre... eu não me entendo, eu não compreendo...
Não consigo sair do lugar e imaginar 'outro-eu' - 'outro-ser' - 'outra-vida'. Nada brilha ao fundo. Não há um incentivo ou planos, objetivos (o que quiser denominar como sendo isso).

(ser) Sozinho é a sina da vida. Mas, evidentemente, não é algo que eu vá suportar para todo sempre...
E eu não reclamo do hoje, do agora. Essas condições que se dão no momento são para lá de satisfatórias - mas, como disse, e amanhã?

Se eu simplesmente imaginar que ele não vem, talvez o presente me baste - e sim, é óbvio, é o que eu faço no momento.
Mas, não sou assim ... não consigo fingir que ele pode insistentemente se fazer (como [o]) presente em minha vida.
E quem (?), e o que (?) serei eu quando esse castelo de cartas, que é minha vida, vier abaixo?

Não. Não posso me compor de pedaços familiares que possuem (e desejam) seguir seus próprios caminhos (assim é a vida; os laços permanecem, mas a vida é de cada um...).
Ninguém pode se basear (aproveitando) de amigos - cada um tem seu rumo, e o máximo que podemos fazer entre nós é compor os momentos (sejam eles como for) e se fazer presentes quando necessário(s) - (se é que nos querem).

A companhia de companheiros deve ser factual; real, no mínimo.
Mas eu não sou um bom companheiro... eu não sou nada, aliás, já bem disse.  E... além do mais, as pessoas possuem suas válvulas que se permeiam entre os seres (humanos), o mundo (imaginário) e os sonhos (ideais).
Eu tenho dúvidas e questões de (o) que sou composto. Leves desvios de entendimento em saber do que(m) necessito. ... E, assim, me perco mais uma vez nas questões iniciais desse pensamento...

A solução toma rumos os quais eu não consigo reconhecer... e as perguntas se perfazem mais uma vez culminando na rudimentar: (O) Qu(e)em é você?


Sem a mínima ideia de como responder tal questão... não vejo a mínima capacidade de continuar, a não ser, direto, e expressar, que: sozinho não quero, não posso ser e viver - mas não há no vislumbre da situação um raiar de resposta.

O meu futuro é tão nulo quanto... Eu.

terça-feira, 18 de outubro de 2016

Tut mir Leid

Quando a pura incerteza se junta a mais cruel dúvida e o que persiste é a falta de claridade, você tem um momento tal qual esse.

Nada se fecha. Não existem exatidões. O vazio é tão certo que chega até a ser irrelevante nessa breve consideração.

A solitude, a solidez e a sanidade se perpassam em uma brincadeira desgostosa que insiste em persistir - sem mais, nem menos, mas, sem qualquer sentido...


Estar. Só.
Para se sentir.
Seria verdade; não saber se conter?


Conto, ponto a ponto, os dias que se desaguam na inverídica, porém fatídica, torrente dos dias - da breve percepção do tempo. Da dúvida de ser (ou não!).

Quem há de ser algo, o que há de ser algo... quando se encontra sustentamente perdido nas próprias indecisões?
O campo de visão não se limita - ele se apaga. Não há caminhos (claros); não existem opções (factíveis).

Tudo que eu faço - ou ao menos venho fazendo - é tentar fugir desses dias, dessas horas ... tentar achar qualquer coisa que me empurre pra frente; que demonstre algum sentido, de verdade, para mim. Mas não encontro. Fazem dias. Fazem meses. Fazem anos.
Reluto. Tento. ... Mas. É isso.

E quanto mais eu conheço/enxergo all things, o momento em que se faz claro dentro de mim (mais) uma 'perda' (de algo, de alguém, de alguma vontade, de alguma vida) me torna cada vez mais atônito; cada vez mais apático. A tudo. Ao todo.

Assim...

Re-começar se faz o mais difícil.
Re-estruturar se configura num ato torpe.

Não existem bases; o pouco que restava ... já foi (Os pedaços soltos que tentavam se reconfigurar ganham outros contornos ... não existem as mesmas saídas).
E, de tal modo, não consigo seguir os mesmos passos.
Não há nada para buscar. Não há nada o que fazer.

O desânimo é (oni)presente - a inércia da rotina é a única coisa que é capaz de levar (continuum flow).
Os dias flertam com o nada. A persistência não se faz mais uma opção... E, a dúvida é a única que persiste.

A realidade (atual) é que nada encontrei (tendo que aquilo que um dia julguei ter encontrado, não mais está); e uma leve voz insiste em murmurar: "E será exatamente assim, não adianta se inquietar".


...


O que posso afirmar é que, de quando em vez, é difícil viver sem objetivos. Sem propósitos. Sem perspectivas.

E, definitivamente.
Esse é um destes momentos.

E... Eu... Não sei o que dizer.
Me desculpe.

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

A

Aquele momento que você já não sabe se existe dúvida, mas que certamente não há nenhuma certeza.

A neutralidade dos sentimentos, o alvoroço dos pensamentos, o puro desconhecimento dos próprios desejos - das intrépidas vontades, das volúpicas necessidades, da incoerente racionalidade...


Não sei mais quem sou.
Não sei mais quem fui.
E tampouco sei quem virei a ser.


A sutil pérdida do envolucro que te molda, da massa que te constitui...

O que acontece não faz sentido.
O que aconteceu não se re(a)presenta.
As situações que não acontecerão, por pura e simplesmente depender d(o)e você - que já não é, mais.

A fim-alidade de não proceder através de ideias concretas ... A certeza que nem mesmo a dúvida impera...

A continuidade pela própria inercia.
A indisposição de (re)conhecer o novo - pois as ofertas de novidade simplesmente se encontram na natureza; e não nos seres (humanos) que nela habitam.

Os problemas, pessoais, e alheios dos outros, que impedem a constância e a consciência de algo que seja ... além. De uma comunhão que sana uma real estabilidade.

A cotidianidade da rotina infértil.
O inútil pensar sobre isso tudo.
O nada que se faz verdade, impera, deságua, permeia, derrete e desmistifica.

A falta de ideais, de utópicos sonhos...
A falta da presença - de si, de alguém, de algo - quer quem ou o quê seja.

O caminho (en)torpe(cente) do nulo. Da mudança de estados inconstantes e indefinidos.
Da única opção que é simplesmente, continuar... a (fingir) existir.


Aqui.
Ou onde quer que seja;


(Deixo; vejo; sinto...)
Tudo para trás.
Tudo pela frente.

Rien est présent....

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

(L)

Loose.
Lost.
Left.

Leave.
Later.
Lately.

Let.
Linger.
Lonely.

____


(I let it) Loose.
(To get) Lost.
(To be) Left.

(And I) Leave.
(The days) Later.
(In times) Lately.

(Only to) Let.
(Everything) Linger.
(While I wonder) Lonely.

terça-feira, 5 de julho de 2016

O fim não é nada, além de um começo...
Um recomeço é só o fim daquilo que havia de ser; revisto, revisitado.

Sem recalques, sem dores, sem dissabores... sem remorsos.

A paz se faz. Se contém, se retêm... se desvaira. Volta. Revolta.

Sem revoltas... pois se é; foi.

"Sempre em frente foi o conselho... sem me avisar, que iria ficar pra trás..."

Todo um tempo atrás... síncopeia... se sintetiza... sibila. Lá atrás. Bem atrás.
Tudo. Para trás.

Jetzt...
Sem caminho, sem rumo, sem ligações...

Simples simbolismo da sanidade d(o)e ser...
Nada. Ninguém.

E estar sinceramente são por saber se representar em tal suntuosidade...

Not sad, not sour, not scared...
Just scattered.

C'est moi.
Por aí.
Em, lugar algum...

segunda-feira, 4 de julho de 2016

Vidi

Sua felicidade não me faz sentido.
Sua tristeza não me traz alegria. 
Seus sentidos não me afetam. 
Seus sentimentos não me desconcertam. 

Não escrevo isso pra ninguém, em especial, senão para o mundo humano. 

Me sinto a parte, paralelo; 
obstinado, obscuro; 
enternecido pelo nada, quase alheio a tudo.
Não perdido, pois não há o (o que, ou como) encontrar... 
Presente no agora, porém volúvel ao todo. 
Simpático ao passado, ausente (n)o futuro.  
Certo da incerteza, estranho a formalidade óbvia da jornada do cotidiano. 
Incoerente a única necessidade básica da sociedade, que é estar a par da parcialidade humana diária... 
Porém tão próximo a uma questão que se define como uma particularidade essencial do mundo para mim; 

Olho pela janela e não me sinto à parte das cores, dos cheiros, dos sons que natureza produz; 
Me sinto bem por estar aqui, contemplando esse momento breve que transmite uma sensação de sincera serenidade.
Mas não me aloco dentro das premissas sociais de fazer parte da bolha que foi constituída para dar algum sentido a esse nada, que é a vida nesse meio...
Na qual o futuro é sempre o responsável por construir o presente, em qual o passado timidamente se faz ausente e o agora que acaba por não se configurar como existente - pois ele foi esquecido em meio a tantas preocupações e relações desnecessárias tecidas em suas entranhas, nas quais a (in)tendência da (sua) realidade é cada vez mais esquecida; onde se produz um faz-de-conta fantasmagórico sustentado apenas pela vontade de não perceber o próprio entorno, o si mesmo e a condição essencial que permeia essa centelha que é a (nossa) existência - o fim iminente. 

Me questiono; o que fazer; como ver;  que sentir; como proceder? 
Não quero ser somente um monge "decrépito, seco como pergaminhos e nodoso como uma raiz, encrustado no chão sob os sicômoros, numa imobilidade de ídolos, contemplando incessantemente o umbigo à espera do Nirvana...". 

Não sou e nem estou a parte desse mundo; 
Me faço presente no aqui e no agora, quero me desfrutar, desfrutar o que ele tem a nos oferecer, quero presenciar e compartilhar momentos de vida sinceros e reais... 

Não sou e nem tenho o egoísmo de considerar somente o 'eu' desapegado do todo e tampouco de usufruir somente os sentidos físicos, fingindo que tudo o que há é virtualmente "meu"... 
Mas quero viver. Não escolhi ficar parado, esperando que algo possa acontecer e me oferecer asas para me depor frente a frente com uma provável 'realidade' - que é, oniricamente, melhor...

Mas ao mesmo tempo não desejo estar perdido no limbo do nada. 
Preciso me sentir algo, me sentir útil, de alguma forma, sem que a preocupação de estar parado e incapaz se apresente tão voraz e frequente quanto vem acontecendo... 

E esse é um bom dilema. Mas, são tempos difíceis.
As certezas foram desfeitas, os desejos... não estão presentes. As mudanças acontecem e as bases se tornam tão móveis o quanto podem ser para que eu ainda consiga me identificar de fronte a minha própria consciência. Talvez esse seja o mínimo...

Não me vivo mal. 
Não posso reclamar. 

Esse tem sido um momento necessário, complexo, posso dizer, mas que me apresenta feições e nuances distintos da própria existência - não só minha, mas a humana, como um todo. 

Vejo pontos que já me foram importantes sendo devidamente sobrescritos, pois, sinteticamente, não me interessam mais... sinto os dias passar e eu...neles, a navegar, quase alheio à volúpia e ao turbilhão dos acontecimentos... 
O tempo não se faz mais (como) vontade, tal qual antigamente, mas de maneira imperceptível e incólume, continua pronunciando a verdade... descendendo e precedendo o tudo e a todos.  

Verdadeiramente... me encontro entre um fugaz desespero e uma serenidade plácida de alguém que já se acostumou com a presença sútil nesse mundo - e que nada realmente que se faça, se pense, se escreva ou até mesmo que aconteça virá a mudar a condição dada pela própria existência, assim como ela é... 

Coloco um ponto final, nesse momento, sem fechamentos... contudo com uma breve percepção que talvez os últimos raios do pôr do sol, ao invés de trazer o conforto frio da escuridão noturna, provém um raiar de serenidade que me permite me sentir tranquilo, apesar de toda essa in-conclusão que devaneia a minha mente...


Ah... E se todos os nossos momentos fossem tão fantásticos e tão reais o quanto podem ser, talvez vivêssemos... sem nos preocupar tão seriamente (e tão cegamente) com aquilo que chamamos de... Vida.

segunda-feira, 13 de junho de 2016

LB

Não sei nem como começar.
Deve ser por quê não tenho muito o que dizer. 
Mas preciso (me) esclarecer. Esse sentimento que... infelizmente é real. 
Tenho de me admitir que o que me (trans)passa ultimamente é um sentimento de ser... 

Deixado pra trás. 

Assim como (sempre) fui. Assim como aconteceu a tão pouco. 
Por pessoas. 

Não quero me ver deixado pelo momento. Pela vida. Pelas situações. Pelos caminhos. 
Pelo simples fato de que eu ainda não me encontrei - e isso faz com que as coisas continuem, confluam, enquanto permaneço parado - no tempo. 

Não quero ter de fazer isso comigo mesmo (para tentar ser outro ou não ser nada mais...).

Não é ter medo de ser, ou de simplesmente estar sozinho - essa sempre me pareceu uma constante, aliás, a qual eu já convivo.
É o fato de ficar por aí. Perdido. Devidamente, largado. Inevitavelmente, esquecido. 
Estou anotando tal coisa para saber, e prever, para mim mesmo que isso é algo ruim; que se faz real e é sentido, e que talvez me impeça de continuar ou de fazer - num panorama geral que possa envolver uma gama de concepções... 


We were made to be. Alone. And we were designed to stay left, behind. 
But I sometimes just can't accept it. 



...


E o que eu sinto no momento é vontade de despre(e)nder de tudo, para não ter que simplesmente constatar em um futuro (tão) próximo que essa particularidade se voltou (e tornará a voltar) a minha vida.
While I mourn something from a - forever new - past...

Não é querer parar o tempo... não é negar a mudança e muito menos as possibilidades - é só a citação da incontestável certeza desse fato. Dessa sina. Que, juro, até então não ter percebido e a qual se faz revelar aos meus olhos... mas que ao menos me presta como uma boa sintomática para entender um dos meus (improváveis) questionamentos e uma das minhas (desfavorecidas e casi eternas) a(-i[n])lusões...



Should I just left (it all and) myself behind?


sexta-feira, 27 de maio de 2016

Dark

Até quando conseguiremos esconder de nós mesmos que não somos feitos simplesmente de matéria? Da branca matéria constituinte a todos os satisfeitos seres.

Até quando será possível nos enganar que não fazemos parte daqui? Desse mundo social comum e sem graça, do qual as pessoas cismam em fazer parte dele, por algum motivo o qual eu não consigo entender.

Até quando vamos ficar presos a coisas, lugares e situações? Tão simples, e simplesmente condicionados a rotina coletiva que muitas vezes não nos pertence, de fato.

Até quando estaremos intricados em pessoas que simplesmente não - se é que fizeram - fazem parte mais daquilo que vivemos? A vida segue e o tempo corre - e como sempre, as coisas mudam; mas não é simples entender e se desvencilhar daquilo que de fato (um dia) sentimos - sim, foi, e infelizmente existe uma cisma disso em se repetir como real dentro d(e)o si; precisamos continuar (mesmo se não queremos ou não sabemos?) ...

Até quando nos forçaremos a ver uma trama de cores naquilo que no máximo possui alguns nuances de preto e branco? Não há porque buscar alegria ou feitios em particularidades que não são (pertencentes) do seu ser. É perder vitalidade e energia naquilo que só dizem... ser, mas não o é.

Até quando tentaremos seguir em frente, (re)conhecer novas novidades (pessoas, coisas, situações e atividades) para tentar se despre(e)nder do que um dia (já) foi? Esse é um bom questionamento que muitas vezes não se faz somente real, mas que quanto mais o tempo passa mais (in)válido persiste em ser... a energia (social, principalmente) se extingue, e nada, factualmente, é alcançado. Esse tempo se faz recheado de decepções, apesar de bons e interessantes momentos (que é o que nos faz seguir em frente)... a novidade nos clama, mas as revelações daquilo que "já era" simplesmente nos aponta em um caminho a parte, que não é nada a favor; pelo fato de não termos conseguido distinguir anteriormente esse panorama, de tal maneira como somos capazes de fazer no agora.

Até quando estarei aqui (me) (d)escrevendo, para que eu possa colocar alguma ideia relevante e real em minha cabeça, a qual seja capaz de me fazer tomar um rumo? Realmente, não sei... pois continuo tão perdido quanto sempre fui, mas dessa vez sem nenhuma escora, sem nenhum véu, sem nenhuma pseudo-pretensão ou imaginação de um futuro nada real. Há somente a nua e crua sensação de estar jogado; por aí.

Até quando vai ser necessário refletir sobre o que aconteceu? Sobre o que acontece? E ainda mais, sobre o que acontecerá? Enquanto houver dúvidas, talvez, o que muito bem pode ser referenciado como "enquanto houver vida", no meu caso. E isso é quase uma praga... uma condição involucrada em meu ser que insiste e me permear e não há trégua... porventura eu tenha que aprender a conviver com isso, e continuar tal prática...


Sinceramente, eu bem me questiono se ainda é relevante perguntar-se alguma coisa... pois tudo é tão óbvio. Evidente. Contumaz.
Mas é complicado encarar face a face a realidade e enxergar o nada (ou não enxergar nada) nela - como de costume - o que faz  com que eu acabe me voltando a tais questões, e, de certa maneira a esse mesmo ciclo. Talvez essa seja a forma que um estranho ser nesse mundo (eu) se prende a própria situação d(e)o viver... questionando-a para simplesmente conseguir seguir (existindo) - (e) para onde eu não sei.

Entendo que a indefinição não é uma benção, longe disso, mas a certeza também não faz parte daquilo que eu gostaria de vivenciar atualmente...

Então tudo que eu sei é que... ando só (perdido)...

segunda-feira, 2 de maio de 2016

De-

Descrença.
Desânimo.
Dissabor.

Mas sem desespero.

Dizem que deixar tudo passar é simplesmente o melhor a fazer, porém acredito que isso somente se trata de algo indubitavelmente comum, um traço irremediável da vida.

Aliás, tudo passa; e vai passar, independente do que (qualquer um d)a gente espere ou faça...

Me é difícil compreender, até mesmo lidar com essa situação... com tal conceito, tal sistema, tal momento. Com o velho, velho conhecido, o tempo. 

Esse tal totalitário e irrefutável tempo, que, por um curto momento - curtíssimo aliás, que tive que me propor a escrever do nada - parece não me atingir como sempre o faz. Então me permito, por uma caprichosa vez, me colocar alheio a ele, acima da minha própria consciência; pois creio que nem mais (d)ela eu sinto; nem mais ela me faz escutar. Nem ela mais eu quero vislumbrar...

Perdido. Sim. Como sempre.
Não há talvez nessa questão.

Conheço.
O Desapreço.

Pela vaidade. Pela falsa vontade.
Pela insatisfatória ignorância e pela fraqueza do (não) ser.
Pela situação que as pessoas se colocam para (tentar) fingir algo;
Pela i-realização da efemeridade certa de alguém que tem dúvida do quer - do que é - e do que precisa.
E mesmo assim, o faz.
Tolamente. Naturalmente.

Tudo que faço; Tudo que posso.
É abaixar a cabeça - sentir meus pés no chão e caminhar... me deslocar de tal momento, dessa ignóbil situação, assim como faço com a minha vida; assim como a levo pra longe de mim (e de tudo) em uma noite sincera e fria.

Permito-me dar voltas. No mesmo lugar. Vendo esse mesmo de uma forma completamente distinta da que eu percebi(a) anteriormente.
Desejo me reposicionar, e em mais um momento me relevar... fingir, talvez, que nada é comigo. Que essa vida e esse mundo não são meus - pois aliás nunca foram, e tampouco o serão - e tentar simplesmente (per)passar essa oportunidade de presenciar (o) aqui e (os) agora.
Da forma mais concebível o possível...

Tudo pode soar tão tolo a olhos leigos... a ideias alheias... a crenças perfeitas.
Mas, como já se faz mais óbvio do que uma vez o foi, eu não me importo. Se um dia me importei, nesse curto momento posso dizer que não o faço mais...

Para tudo e para todos (eu, inclusive) há um momento - talvez creiam que o amanhã é o melhor, ou que o que foi é o que há, ou o que houve, ou simplesmente o que haverá. Mas não. Nem o agora se faz presente quando me sinto... tão...

Desligado.
Desapegado.
Desiludido.

Depende...
Tudo depende.

Somente espero que um dia eu me depare...
Com algo melhor a decifrar do que a própria decadência.

sábado, 5 de março de 2016

Que o (de) sempre, sempre seja. (Sempre)

Fernando Pessoa em O Livro do Desassossego:

426.

Considerar a nossa angústia como um incidente sem importância, não só na vida do universo, mas na da nossa mesma alma, é o princípio da sabedoria. Considerar isto em pleno meio dessa angústia é a sabedoria inteira. No momento em que sofremos, parece que a dor humana é infinita. Mas nem a dor humana é infinita, pois nada há humano de infinito, nem a nossa dor vale mais que ser uma dor que nós temos.

Quantas vezes, sob o peso de um tédio que parece ser loucura, ou de uma angústia que parece passar além dela, paro, hesitante, antes que me revolte, hesito, parando, antes que me divinize. Dor de não saber o que é o mistério do mundo, dor de não nos amarem, dor de serem injustos connosco, dor de pesar a vida sobre nós, sufocando e prendendo, dor de dentes, dor de sapatos apertados - quem pode dizer qual é maior em si mesmo, quanto mais nos outros, ou na generalidade dos que existem?
Para alguns que me falam e me ouvem, sou um insensível. Sou, porém, mais sensível - creio - que a vasta maioria dos homens. O que sou, contudo, é um sensível que se conhece, e que, portanto, conhece a sensibilidade.

Ah, não é verdade que a vida seja dolorosa, o que seja doloroso pensar na vida. O que é verdade é que a nossa dor só é séria e grave quando a fingimos tal. Se formos naturais, ela passará assim como veio, esbater-se-á assim como cresceu. Tudo é nada, e a nossa dor nele.

Escrevo isto sob a opressão de um tédio que parece não caber em mim, ou precisar de mais que da minha alma para ter onde estar; de uma opressão de todos e de tudo que me estrangula e desvaira; de um sentimento físico da incompreensão alheia que me perturba e me esmaga. Mas ergo a cabeça para o céu azul alheio, exponho a face ao vento inconscientemente fresco, baixo as pálpebras depois de ter visto, esqueço a face depois de ter sentido. Não fico melhor, mas fico diferente. Ver-me liberta-me de mim. Quase sorrio, não porque me compreenda, mas porque, tendo-me tornado outro, me deixei de poder compreender. No alto do céu, como um nada visível, uma nuvem pequeníssima é um esquecimento branco do universo inteiro.

16:45 - Fin de le fin.

domingo, 28 de fevereiro de 2016

Good Night, Tonight, Goodbye!

Muitas vezes nos desprender de uma vida que se fez realidade por tanto tempo nos é mais complicado do que o quanto pode parecer. Really, really now...

Não é uma simples questão d'estar ... de se transparecer... 
É simplesmente ter que repensar tudo - mas que, talvez a pouco tempo fosse algo tão 'im-pensável' como a realidade se faz hoje; talvez a certeza e a simplicidade seja... continuar da mesma forma, pois não haveria outra forma de ser outra coisa, se assim não o fosse - factos, simples ... em minha mente que insistem em reincidir na própria vida (que não necessariamente é tal realidade). 

Mas vamos lá, menos críptico, mais assertividade. 

Traçar, um caminho que não existe. 
Percorrer, uma linha imaginária que ainda deve ser pensada. 

Talvez esses sejam os lemas, de: nur jetzt

E por quê não evitar essa falta de cumplicidade para recolocar a mente em outras áreas, ideias - ou talvez até mesmo dias, mundos, probabilidades. 

O que foi, já foi, e não voltará nada a ser mais como era - ao menos não na minha cabeça. E talvez essa seja a única forma de ultrapassar isso - repensar, tudo - e enquanto a obviedade da sensatez (e como tão insensata tem sido ultimamente!) se fizer presente, essa será única maneira que vou terminar lidando com o que está por aí - ou seja, simplesmente ficar preso no mesmo lugar diante do tão tradicional impasse... que nunca me levou a lugar algum. 


Então, pense-emos: assim que tudo acabar, não um recomeço, mas uma reinterpretação! 
Essa talvez seja a única maneira de me re-encontrar (já me fugi faz tempo, e as vezes me pergunto onde realmente me encontro ultimamente...), que seja por aí, ou por (onde quer que seja) lá. 
Pois o que temos hoje ... é o de sempre, e isso, talvez bastasse há uma semana, mas não, não mais. Não desejo e não exijo que esse seja o modo que eu deva viver - estamos em um momento em o que deveria ser feito é simplesmente re-viver (ou por quê não, viver?); totalmente. 

E que fique registrado que a partir desse momento vou reposicionar minhas ideias para caminhar - não necessariamente para frente, para uma conclusão ou um objetivo (?), mas hei de manter o olhar no horizonte enquanto pretendo visualizar o que de fato pode estar em torno de mim - há um mundo grande, aliás, para isso.


Pois vá, pois vamos, pois... 
Que fique assinado que novas perspectivas hão de ser adicionadas assim que a oportunidade se fizer condizente. 

Assine. Pretenda. Interprete. Faça.

Não um recomeço; simplesmente uma reinterpretação, um reposicionamento! 

Shall we?

Let the future be theirs, and won't really base myself into it - and in a now - otherwise I won't ever have the life I could have had once. 
And I wish that I can remember this re-paradigms day, someday, If I ever (re)consider such a (life) subject... 

So, once again, como empiezé: 

 Good Night, Tonight, Goodbye!

sábado, 13 de fevereiro de 2016

Só mais um dia

Quando as memórias de um passado que praticamente não aconteceu se fazem mais do que reais em seu próprio ser... o que dizer sobre isso?

Você não tem ideia do que realmente aconteceu, e sequer imaginava que certas coisas 'do passado' estariam rondando sua vida - mas, de repente, nota que seu ser carrega muito daquilo que - você - viveu quando ainda era uma pessoa pura, alguém que tinha algo além da sua 'perca' no mundo - algo que buscava alg(-uém)o.

Bem estranho, mas é constatável - é real, em realidade ver que o irreal é presente no seu ser e você sequer sabia disso - que a confluência dos fatos se fazem presentes nos parâmetros da sua vida - mesmo que, em realidade, nada tenha de fato acontecido.

Só me soa como estranho, até mesmo engraçado, perceber que a possibilidade incabível de anos atrás esteja tão arraigada no seu jeito de ser, na sua forma de pensar e nas suas memórias mais intrínsecas.

Bem, verdade, a vida é uma só, mas o que me parece é que ela já foi várias, e que ainda muitas outras estão aí, esperando serem visualizadas para simplesmente acontecer...

Não é o fato de estar preso ao passado, pois isso não é o que acontece, mas perceber que o passado é mais presente do que o futuro se faz - que seu ser está preenchido por (falta de) sentimentos que existiam uma vez - que aquilo que (deixou de) aconte(r)u poderia ter feito , de verdade, uma outra substância da sua vida - e que, talvez, nada estivesse pronto ou preparado, em determinada época, mas que, agora que essa percepção existe, simplesmente não há mais essa(s) possibilidade(s) - o tempo foi, a vez passou. O que resta... é impresente; talvez ainda há por se (per)fazer...

The flow simply guides us, like there was nothing to wait or to expect; it just happens and I don't accept excuses from the times - future or past - and, meanwhile, we struggle to stand up and follow it, certain that something might turn up and show that life is not as (empty as) it is right now.

It doesn't mean destiny, but simply... eventos. Vontades. Vivacidades. Vicissitudes.

Vamos verificar ainda a verdade que há de se revelar em um dia ordinário no qual nada se foi prometido; mas até então, continuar, a navegar, perdido entre as rédeas que deslocam the fate towards the way it shouldn't be carrying on.

So let. It. Be. Like it is; things (or no-thing) will change anyway.

Better just to press on the flow and keep the shelter of me, against myself...
and

just expect what might happens.