segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

Exato

Cada dia que se esvai, é um dia que não temos mais.


Tentamos viver como se fôssemos eternos, planejando sempre um amanhã recorrente, como se tivessemos absoluta certeza de que ele vai chegar.
Mas esquecemos, muitas vezes, que o único que temos é o presente.
Esse é o momento em que existimos - e devemos fazê-lo persistir.


A cada investimento de vida que fazemos, é um minuto a menos.
Mas, o que podemos dizer?


Entre aquilo que um dia imaginamos - e convivemos - e o hoje que se entrega de mãos abertas perante a nós, existe uma incoerente turbulência; uma persistente inconsistência. Um desatar desamparado daquilo que poderíamos julgar - realidade.

Entre aqueles "sim, não e talvez" do passado nos (re-)apresenta as incontestáveis nuances do agora.

Olhar para trás e não se reconhecer é quase tão real quanto mirar o horizonte e não saber o que mesmo esperar.

É uma constante inconstância - mas é um real agrado perceber já ter traçado passos, e ainda estar em busca de outros.


Não deixemos de ser - de viver - de buscar.
Aliás, persistir é quase tão necessário quanto...
O que quer que seja a própria definição de(a) vida.

...pois...
A realidade só é real uma vez que vivemos (e presenciamos) ela.



Backwards, forwards... 
Everything is a matter of perception, position or (and) time.
Really, all that belongs to us is... Now


quinta-feira, 21 de novembro de 2019

Perdido - e(m) (n)o Tempo

É engraçado...
(a gente se sente tolo, meio besta) 

Quando nos deparamos de fronte ao que costumávamos fazer - ao que nos permitiamos fazer. 
É um sentimento tão à parte, que a partir disso o que nos reflete é um sentimento muito estranho, louco... 
De uma outra vida (ou de outras vidas). 

Realmente, é tão engraçado... 
De fato. 

Entrar nessa (antiga) realidade. 
Como se... fosse uma volta no tempo... 
Como se... pudessemos ver a si próprio naquele tempo. 
Como se... fossemos um viajante. 
Como se... representassemos um fantasma. 

Como se a linha do tempo não fosse nada real, e essa não passase de uma percepção etérea. Como se dobrasse, como se confundisse. Como se fosse... uma espiral.

Mas não há nada a reclamar desses outros tempos - que se parecem tão reais quanto o podem ser - eles já o foram; eles já se foram. E foram vividos - assim como eu tento viver o agora, o hoje... que deixarão de ser essa constante percepção do presente... e se tornarão nada além de(ssas) outras vidas. 

( Eu não tenho ideia essa percepção é só minha... mas em minha alma eu consigo perceber uma infinidade de multiplicidades - de eus, de outros, de estares, de Seres - e em cada uma delas eu fui um ser tolo... que viveu esses momentos... como se eles, não o fossem mais... existir... )

É como se tudo tivesse sido verídico - pois eu ainda o sinto em alguma parte do meu ser - mas também como se tudo se apresentasse como nada - nada além de páginas de um livro, que foram transcritas e foram deixadas alheias do próprio ser; como se nada daquilo tivesse acontecido de verdade, como se tudo tivesse sido um sonho, uma alusão, quase uma ilusão... e, não chegasse a ser memórias...chegasse a ser, de verdade, outras vidas, outros mundos - e, em cada qual talvez eu tenha esperado pelo menos alguma coisa acontecer (e, hoje... eu já não sei mais o que esperar... fazer... ) ...

Foi tudo tão errado... 
E tudo continua sendo...
Eu, em particular.
Para começar, e acabar.


Sou quase tão a alheio a tudo isso.
Mas tão próximo daquilo que já foi.


Que as vezes é tão difícil aceitar... que tudo é finito.
Que tudo passa. E se vai - (e você, está indo para onde?) ...


Existe uma vontade inconcebível de querer que tudo parasse - de que se pudesse retornar a algum desses momentos e viver nesse panorama, sem que existisse qualquer tipo de noção do que estava a frente por vir. Como se... aquilo se repetisse; como se perpétuo fosse. 


Tem vezes... que... eu... só gostaria de estar a uns vinte anos atrás...
Sem me sentir só. 
Sem me sentir perdido. 
Sem me estar desacreditado. 
Sem...


Acho que...
Eu sinto demais (e muitas vezes nem sei se isso tudo é meu...)...
Chorar pelo que foi. Pelo que não foi. Pelo que poderia ter sido. Pelo o que é. Pelo o que deveria ser. Pelo o que poderá ser. Pelo o que será. 
Por tudo. 
E por nada.


Eu não queria sentir mais nada.
Se é que isso fosse possível...


Mas eu sei que não o é...
E é por isso mesmo que... sou. 
E assim, o é.


() Tempo () Perdido. () Perdido () Tempo.



[ Track - Emotionless, J'san ] 

segunda-feira, 14 de outubro de 2019

De Ar ao Mar

Todos temos o direito de não esquecer o fomos.
De vivenciar esses momentos - de relembrarmos essas outras vidas.

De não deixar de ser o que somos.
De presenciar o presente - de desfrutarmos dessas nossas vidas.

De não impedir ser o que seremos.
De permitir a sequência - de não inundarmos o que ainda será tais vidas.


Tudo teve, tem, ou terá o seu momento.
Não nos cabe lutar. Amalgamar. Deletar.
Contra.

Estejamos a favor - a nosso favor.
Seja o seu favorito; favorite tal feixe (de tempo/vida).
Faça, não finja.

Satisfeite-se, satisfaça-te.

Conflua com o todo que foi, é, e virá a ser.

Todo esse caminho de pressões, impressões, memórias e solidões é, nada além, do que um permeio.
Perceba.
Sem perambular - você já esteve em tantos lugares, situações - e hoje, aqui!
Transpasse.

Afinal...
Todo o transcorrer é um envelope.


Exista.
Esteja.
Seja.
(o) Presente.



quinta-feira, 25 de julho de 2019

Ça!



😅😉

sexta-feira, 31 de maio de 2019

sexta-feira, 24 de maio de 2019

Indefinita

Há situações em que tudo que precisamos é de um empurrão.

Seja para alcançar o próximo degrau ou cair da beira de um abismo.
E essa linha é tão tênue, que o que vier a acontecer só poderá ser interpretado muito tempo após o ocorrido.

Aliás, todos os fatos possuem dois lados - e essa percepção é nublada em um primeiro momento. 

A estasia muitas vezes traz a inocuidade ao viver... 
E nada adianta percorrer, parado, caminhos que não te levam a lugar algum. 

Penso que...

Para alguns o desconhecido é uma fonte interminável de prazer e motivação - para outros simplesmente seguir no que talvez possa ser um 'futuro brilhante' é a única solução. 
E... tais percepções podem simplesmente se intercambiar mais a frente - afinal, o cerne humano sempre diz que 'estar insatisfeito' não é só comum como uma premissa (para se chegar a algum lugar; ou seria a lugar algum...?). 
A decepção, o arrependimento, a insatisfação - daquilo que foi feito, como feito, quando foi feito - tem sido algo tão comum! (Nous avons soulement cette vie, après tout!)

Eu tenho uma meta simples, que se tornou bastante óbvia nesses últimos tempos: "Satisfação, sempre."

Não importa o que aconteça, o que vier a acontecer, ou simplesmente o que aconteceu, minha intenção é estar satisfeito com a oportunidade e a vivência que a minha vida me propiciou, e obviamente me proporciona. 

Por mais que o dia esteja escuro, a mente turva e o panorama embaçado, isso é algo que pretendo sempre lembrar. 
Aliás, foi isso que me mudou, e é assim que encontrei um modo de margear o entorno da perseverança. 

Nem todo o tempo temos a condição inata de analisar tudo o que se passa, tudo o que se vê. 
Há que justamente viver - e não existe uma desculpa, uma perjura que nos possa conjurar um obstáculo descomunal pelo caminho o qual nos faça ser e buscar algo que seja totalmente o contrário. Isso é uma espécie de abnegação que não justfica ao próprio ser; esse é um tipo de pseudo-vontade que está paralela às necessidades de uma sociedade maquinal, que demanda da alma a sua essência para persistir, e simplesmente nos impede do mais importante na vida - viver! 

Mas, é claro, cada ser possui seu caminho, sua forma de buscar - embora criar empecilhos para tornear um desejo de vida é algo que não é justo, nem muito menos aprazível; o nosso bem, aliás, não necessariamente percorre o que é bom para (esse) outrém. 

Várias possibilidades, várias variáveis, vários tons, gostos e diagnósticos.
Tudo dentro de uma mesma situação. 

---

E esse começar, e esse reconfigurar, e esse ímpeto de percorrer se impulsiona com tal empurrão - é um abalo, que muitas vezes não era previsto, e que simplesmente te tira dessa inércia; e te promulga, e te julga e que te desacata e que desaba... e que te...revoluciona. 
Não mais os recorrentes pensamentos são os mesmos, não mais as situações revelam as mesmas coisas...
Seus olhos, sua percepção e sua consciência imanam outras vontades, outros propósitos, almejam diferentes inspirações.
O mundo já possui outras cores, e, logo, você já não é o mesmo.

Agora...
Não há como saber para onde se está dirigindo: seria o próximo passo, ou rumo ao abismo na escuridão?
E...
Se. 
No futuro. 
Tudo isso te colocar exatamente no lugar, o qual, você, deveria estar?
Não há como saber! 
E talvez... 
Essa seja a graça da própria vida...! 

Indefinita Vita...! ☯

---

E diante disso, insisto... 
Que essa seja sempre uma busca, 
Pelo (nosso próprio) bem. 
Pelo o que nos move. 
Por aquilo que nos faz únicos, que nos torna "nós mesmos". 
Que seja sempre um caminho para nos encontrar. 
Mesmo que... 
Acabamos (por vezes) nos perdendo. 
Afinal, o único fato que não podemos fugir (e fingir) é: 
O - próprio - ser.



sexta-feira, 3 de maio de 2019

Hoy

Passa o passado.
Permeia o presente.
Propõe-se o futuro.

Os passos seguem,
de mera sandice a total sutileza.
A sanidade torna-se o sumo;
A serendipidade sincopeia,
Por entre, por si, por fim.

Permitir,
Propiciar,
Perseverar.

Pequenos nuances,
Do perceber,
Do estar,
De viver.

Diante.
Durante.
(o) Depois.
Deságua.
Despista.
Desaba.

Quando vemos,
De onde viemos,
E como vivenciaremos.

A vera,
Veracidade,
Seja volúpia ou vontade.
Somente, virá.

Então,
por hora,
Resta o agora.

Reluzente,
Resplandescente,
Real.

A (nossa) única;
Realidade.

terça-feira, 16 de abril de 2019

Per

Por mais que os dias persistam...
Você percebe que o (seu) passo é sempre algo atual, único, prevalescente.

Por onde quer que você esteja, ainda é possível perceber os movimentos que aconteceram e que foram responsáveis por te levar até aqui, agora.

E mesmo que...
Você sinta o passado tão presente, existe a necessidade de adaptação e uma preparação para um possível futuro...

E mesmo que...
As cicatrizes te façam ficar apreensivo e até desiludido com as possibilidades, há que se propor, perseverar.

Pois é o medo e a incompreensão que impede de fluir, de viver.
De nos entregar.

E mesmo que...
O receio de uma entrega real nos transpasse - seja pelas experiências e traumas do passado, seja pelo aspecto incerto que o futuro nos reserva - temos de ser ser obstinados, para (sobre)viver; Ir, em frente; Ultrapassar, o passado.

Sermos uma vez mais a nova melhor versão de nossos "eus" (mesmos).

A tempo de que o tempo não (nos) passe -  que sejamos somente (o) passado(s).


Pois.
Primeiro.
(O) Presente.

sexta-feira, 5 de abril de 2019

Heal

A cura.
Para nós.
É, ser.
O que podemos.
O que encontramos.
O que... aceitamos.

As vezes tudo que precisamos é de poder estar presente - entre, no cerne, vivenciar.

Tantas dúvidas podem se bastar em um movimento tão simples quanto... estar.


Mas não é sempre que estamos presentes.
Há momentos em que nos encontramos mais afastados do agora e dos outros. Afastados do que nos concentra, do que nos comenta, do que nos corrói. E são essas questões que muitas vezes não são nem presentes, e nem muito menos nossas, e que estão prevalescentes.

Nessas situações questionamos, conversamos, confabulamos com o que o fluxo dos pensamentos nos leva. E... é completamente possível de se perceber que essas são questões nada únicas - em realidade parecem que foram obturadas em outros tempos, e que persistem... por todos esses momentos e nos atinge, agora.

Talvez esse seja um movimento daqueles que estão não presentes na atualidade - que se percebem à parte das questões normais da sociedade - afinal, o que é normal, senão algo ou alguém que segue a normalidade imposta por uma época em qual perdura tudo que... não deveria ser considerado como, justo, normal? - a raiva, a ingratidão, o ego acima de tudo, o desequilibrio, sobretudo.


Esse preâbulo não dói mais.
É algo até natural.
Talvez por uma perene condição de sensatez que foi adquirida com o tempo, e que justifica que não adianta se opor a esses casos...
Eles acontecem, e o que... de fato, podemos fazer?

Talvez, um dia, existisse algum impeto de modificar essa realidade imposta. Por vezes, impostora...
Mas a idade passa, o tempo vai e a sanidade passa a conversar mais contigo.
E seu ser...
Simplesmente deseja vicenciar um plano no qual se é possível alcançar um panorama agradável, justificável e que possa ser compartilhável.

Desejamos satisfação - e mesmo que o poder, o reconhecimento e o dinheiro não nos sejam capazes de nos fornecer isso, buscamos de alguma forma relevar, providenciar, aproveitar a nossa vivência nesses tempos.

São tantas questões que se prolongam diante do ser e que vão até o próprio universo...
Se promulga considerações como a de que somos um sopro, afinal; mas esse sopro é o que nos basta, e o que nos importa, é o que nos importuna...

Não há como considerar o todo sem nos ver e nos há-ver a nós mesmos.
O micro é o nosso macro; e de nada adianta considerar o que está além se não estamos aqui, breves e compenetrados no aquém. No si.

Uma tola ode de que considerar que sem a própria satisfação não podemos avançar - nem mesmo providenciar - tal sentimento aos outros.

Uma simples consideração de que o amanhã se faz hoje.
E de que o hoje é tudo o que precisamos para viver - o passado, tal momento e o amanhã.

Somos o que estamos.
Estamos aqui porque somos.
Seremos, justamente, o que vai estar.
Estaremos por quê pretendemos (o) ser.

E por quê não...
Sermos nossa própria base, nosso próprio ser, nossa própria cura?

Há. (de) Afinal.
A providência(r) - estar.


quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

domingo, 17 de fevereiro de 2019

Ida-de

Há vezes em que não sinto ter a idade que tenho.

Por momentos me pareço que sou um adolescente. Seja pelo meu ânimo e impeto momentâneos ou pelo o que algumas situações são capazes de fazer com a minha mente - meus pensamentos, nem que sejam por instante.

Tenho pra mim que isso de vez em quando é bom, por pura e simplesmente mostrar que eu ainda tenho sangue, que ainda vivo.

Mas toda essa perspectiva me faz tão... tolo.
Como um adolescente o é.
Como se... aquele instante fosse infinito e que não houvesse nada além dele.

E isso penetra em meu âmago e cria as mais estranhas sensações... que... desequilibram o meu ser.
Me jogam de volta contra uma ansiedade e uma expectativa as quais eu já não gostaria de lidar muito mais - que fazem parte de outros eus, que já me tomaram por demais.
E isso... é algo... que...eu, prefiro evitar.

Me dói de uma maneira estranha. Me preenche de uma forma contumaz. Me faz tão... vivo (e isso nem sempre é uma boa coisa...).
E prefiro, por hora, ultrapassar tudo isso.


Se eu puder ser somente um ser são e satisfeito consigo - [e não um personagem para mim mesmo] - já (me) basta.

Não almejo muito. Não desejo muito.
Somente tento (ir sobre-)viver.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

Athwart

How many more thoughts, tears, tries we will need to have to find anything that may correspond to what we think we are looking for?

Probably as many as necessary - If this is a word that could be used in this kind of occasion.

But, It doesn't really matter.
Everyone has felt that once - and before - or at least, will.

You feel tired.
Sick of looking for things that might "match" your inner feelings and desires.
You dwell around, wander about... and? Yeah.
Nothing. And often, nothing at all.

You have a clear idea that people won't be the ones who will fulfil this little bar - no one who is feeling incomplete, insecure, unstable might find all these "qualities" in someone else for him to simply absorb. We don't need to have full-wisdom on to go after somebody else, if we have this necessity at moment. But I do recommend, that you make the most out of your moments with whoever it is - life should be lead by the easiness, the flow... we don't want to force it. We want to feel it.

Neither work or having a profession that may look like something acceptable in the social inertia will complete you. It might help, obviously (this is pretty much what I have been fighting with...). But we all have seen people that are on the top of the world, but in reality, they are just on the edge of falling. So, sometimes, work is just what it is - work! Don't overpress yourself about it. It might be just a way to have, your way.

Even though we, sometimes, figure this idea out, we still suffer. And we will keep on suffering and struggling to find our way through. Until...?
I don't have an answer for it right now.  But I'll keep on searching for.

I have a clue though - and sometimes it turns into a belief - that life is pretty much an ever going search (una permanente búsqueda). And we will keep on spinning through it.
It is a non-stop movement.
But do you know something?
What restrain you from having satisfaction in this process? Being sincere, real and feeling present in your own momentary self?

The search is real. The pain is real. The weariness is real.
But you still are. Real. Too.
Make it count, and make it real. At least, your real way. 


We don't want to let things pass by - to let life send us out of ourselves.
We need to be. Something. Don't ever let nothingness overcome you.


And still...
We suffer.
We find ourselves less than we were...
Still... we stand still.


What is the most effective form of keeping ourselves?
Memories? Preserving our inner thoughts and feelings? Trying to... overcome them?

And when you feel like part of you was kept in a situation that you lived? By a relation that you left everything you had at the moment?
Is there no more of that on you? Or it is just something you blocked in an unconscious fear of having the same tumultuous experience? We all have our preservation instinct - It works with all of us. And we have to be aware of it, to don't let it dominate.

Keep in mind that those who turn up to be something they are not... might have already fallen. They are no more.
But, you, that are still looking for the ever changing you, are feeling... Despair? Unfinished? Apart?
Pay respect to yourself. Let yourself go. Come back tomorrow.

Time doesn't always heal. But It does make you comprehend and adapt.
And the change through adaptation is a maxim.

We are our only saviours - but we might find help. Don't ever be restricted and closed to those who do want to help you out. Just don't ever expect them from getting out of their lives to live yours.

As the Buddha said, every being in this existence doesn't want to suffer.

And you won't ever have someone for much time that wants to suffer for and with you.
Everyone wants to share their suffering, their struggles, but we all want to overcome them - to understand them - realise them - and progress.
Everyone wants to live - and a companion, friend or whatever you find acquaintanable - will lead or progress with you through this phase. What we have to be sure of is - to believe. Not a single being can feel distrust and paranoia with those who are there, to really help.

It is odd. But also real. We do need company - we are social beings after all.
I've read that happiness is only real when shared - and this also seems like an untold maxim in this context.


We have all been through much. And much more we will.

This is just a kind remembrance for those who need some reflection and light in those moments.
Like, now.


Merci.
À tout.

terça-feira, 22 de janeiro de 2019

Recomeçar

Dentre os pequenos ensejos da vida, um dos que mais me clama ultimamente é a necessidade púngida de recomeçar.

Mas, como sempre, nada é tão fácil quanto parece.
E o que mais me desconcerta é reconsiderar uma pequena lista de coisas para, de fato, avançar nessa batalha que é o Recomeço.

Não me cabe descrever o que eu vivi, ou que eu tenho vivido, ou ainda mais o que eu espero viver.

Só vou notar algumas considerações que eu julgo completamente pertinentes, para alguém que tenha alguma pretensão de tentar ser bem sucedido nesse processo.

---

De antemão, para recomeçar, é necessário se esquecer.
O que talvez seja a tarefa mais árdua a se fazer - seja por apego, amor próprio ou pura e simplesmente o ego e a inércia do ser.

As cobranças que se originam (e originaram) de algo ou alguém que um dia se foi, devem ser deixadas de lado. Elas devem ser deslocadas desse viés do tempo.
Bem como.... as lembranças desse algo ou alguém. Que não se é.

O orgulho. Do que se foi; E não se pôde mais ser.
As expectativas. As quais se tinha; E não se pôde obter.
O impeto. Que permeava o ser; E que não se propaga mais da mesma maneira.
As verdades. Que se configuravam; E que não mais (a)parecem no cerne do ser.
As vontades. Que o fazia avançar; E que se extinguiram nos desencontros da vida.

O si às vezes está tão impresente que se encontrar é uma tarefa não só árdua, como também pode ser simplesmente um ato em vão.
De tão perdido, quebrado, deslocado... ele pode nem existir mais. Ele não é e nem será aquilo que se espera.
Pode-se estar apenas buscando uma sombra que se desloca para outros planos, uma vez que se acredita que atingiu a si mesmo.
E isso se torna uma busca insatisfatória, um caminho que sempre leva ao mesmo lugar.

...

Você está tão afastado da sua própria realidade que os passos do passado simplesmente se erguem como ilusões as quais você tenta se orientar... mas elas já estão tão indefinidas que, talvez, você se perca ainda mais achando que se encontrou naquilo que um dia já se foi.
Daí, então, a jsutificativa para um Recomeço.

Mas para recomeçar é necessário, primeiramente, se suprimir.
Se esconder de si mesmo. Se perder. Até ao ponto de que você não consiga mais se encontrar.

Reestabelecer uma fundação para si sem que ela esteja baseada no que você acredita que um dia foi.
Mesmo que a nulidade seja humanamente impossível, a reconfiguração dos pensamentos, das promessas e das atitudes podem - com algum esforço -  se estabelcer.

Mesmo que o cansaço de se buscar sempre algo e até mesmo alguém esteja presente no âmago do ser... há sempre uma nova oportunidade no dia que transcorre a nossa frente.
E é necessário sempre se recordar. Disso.
Para não se sucumbir nesse caminho...

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Agora, será possível, Recomeçar estando no mesmo lugar?
E vivendo uma... "mesma" vida?
De que maneira?

A verdade é que mudar de lugar, para um 'novo momento' do qual não se tem ideia para que seja, não necessariamente vai surtir algum efeito em si.
Esses mesmos questionamentos podem surgir e se permear... da mesma maneira, que sempre o foram.

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Recomeçar, afinal, não é um avanço.
Não é uma vantagem.
Não é nem mesmo uma vontade.
Simplesmente, existem momentos em que se torna necessário.

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E a pergunta que devemos responder com nossos pensamentos, anseios e ações é:

Será mesmo possível proceder?
E... Recomeçar...?






segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

Hoje

Eu me quebrei tanto no ano que se passou, que preciso olhar para mim mesmo e entender o que eu fui - o que sou.

Por vezes, não me reconheço.
Por vezes, me invejo (aquele que foi).
Por vezes, não sei mais como proceder.

Diante de tudo que um dia fiz, que um dia fui, que um dia pareci, me vejo diante de um momento em que realmente não me figuro, nem me configuro como nada.
Pareço alheio, me pareço estranho (a mim mesmo).

Porém, é engraçado.
Vivo aqui, e não mais nesses passados.

Preciso me re-conhecer para me resignificar e me repor.
Para seguir em frente, seja por onde essa frente for.

Um pouco de resignação, talvez.

Para poder me restabelecer e continuar.

Por lá...