terça-feira, 14 de abril de 2015

Rien

Nada.

Isso é o que temos. Para hoje, para amanha, para quase o todo.

Bem, como sempre, a incapacidade de estar por aqui e não poder se sentir presente, de fato, e contribuir com algo de forma real.

É isso que eu sinto, venho sentindo bastante ultimamente, o que não quer dizer que eu não tenha sentido isso antes.

Em realidade esse detalhe se trata de algo quiça bastante antigo; me lembro dos gostos do meu 1° ano do EM, no qual a invalidez e o sentimento de "lost" estava presente, e já tinha os seus efeios sobre o meu ser. Claro que talvez, eu imagino, esse era um sentimento que podia ser contornado mais facilmente, no qual ainda se apresentavam saídas e alternativas... que podiam até serem vistas como soluções, no momento. E ao longo de todos esses ano o que eu mais vinha (não sei se venho mais!) tentando fazer era circundar essa percepção, enveredar por outros caminhos, tentar novas opções. Muitas altos e baixos foram presenciados ao longo desse tempo (time, oh time!), sem nenhuma definição perante as minhas expectativas ou até mesmo vontades... a indefinição sempre esteve presente; talvez isso tenha me levado a pensar em questões como mudança e equilíbrio, o que de certa forma não deixam de serem respostas, mas que até o acaso atual não me levaram a lugar algum, se não me engano...

Mas bem, pois bem... Fim. Que levou a um começo. Ou talvez esse seja simplesmente o começo de um fim... o fim que leva ao começo de coisa alguma, vai lá saber!

- Eu de certa forma percebo que aquilo que um dia foi importante pra mim, em realidade, se faz mais presente do que de costume nessas situaçoes; Me lembro de ocasiões, pessoas, coisas as quais ainda me eram próximas (estimáveis!) nos momento em que 'sonhos' (ilusões) ainda eram presentes no meu ser; e bem, como eu lembro disso! Consigo lembrar dos dias, sentir o verdadeiro sentimento que me inflingia nesses momentos "It's a lie! We could not learn to fly..." - é claro que o que eu sinto hoje em relação a esses casos se tratam de meras nostalgias ocasionais, que, claro, não deixam de ter o seu sabor ... mas pelo simples fato de que elas não existem mais - e também não vão existir - faz com que elas não passem disso, e, assim, criem uma memória quase-eterna de momentos que já, ou, simplesmente, não foram... e que, claro, eu gostaria que estivem aqui, agora.


Não é uma mera questão de raclamar do 'hoje'.

É simplesmente (a)notar que o está aqui agora me traz um intenso descontentamento com a situação que se faz presente; e mais. Na verdade, o que eu vejo é que tudo aquilo que eu vinha tentando 'fugir' ao longo de todos esses anos retorna. E se faz mais atual do que sempre foi; talvez isso se explique pelo fato de que o sentimento presente nessa breve ocasião é de simplesmente "o sonho acabou". Não entendo bem o que me faz sentir isso. Tenho alguns chutes; talvez o fato de 'ficar adulto', que estaria relacionado simplesmente à questão das resposabilidades da vida - inútil sejam, aliás - tome sua parte. Talvez a questão de nao ver um futuro (Isso não é algo novo, mas o fato de um caminho, ou sequer um fluxo, não se apresentar e eu estar perdido entre esse vão de absence faça essa quesão ser mais pontual do que nunca foi) se radique outra vez. Talvez o fato de pensar sobre "o que poderia ter sido" ou "as promessas eram outras" seja algo que eu não esteja conseguindo lidar, diante de toda o panorama que se apresenta... eu não sei, não sei mesmo.

É muita confusão e eu claramente me encontro confuso... por aqui.

São tantas pequenas coisas... e não é uma questão de estar sendo egoísta. É, vou repetir, um relance de não estar presente por aqui; de se sentir a parte do que está por vir (enquanto o que acontece não consegue me afetar, a não ser de uma forma bastante sutil, que faz com que eu tenha conciência da realidade, mas faz com que ela acabe não me tecendo em sua teia...)... de... talvez; Wander. Wandering around. E simplesmente não poder fazer isso, pois a cobrança do momento faz que eu tenha que me situar dentro desse cenário e jogar com as (inexistentes, em termos de satisfação, ao meu ver, claro) possibilidades, e criá-las se possível for.

Esse não é um bom sentimento e nem um bom sabor, gosto, o que quer que venha a ser...

Me sinto isolado até de mim mesmo, refutando meus pensamentos para que eu não tenha que entrar nessa roda inconsequente e venha a perder a inercia que eu tanto tenho tentado me impor ... a inércia de seguir um movimento fatidicamente falso, mas o qual é o único que eu sou capaz de engendrar nessa situação tão leniente...

O que me afeta, de forma clara, é que eu não sei se tenho culpa de tudo isso. Se isso é natural, ocasional ou casual.

Eu sinto que isso me engloba, me circunda... impede com que eu... reflita claramente - não venho a dizer 'avance' pois essa é uma palavra a qual acredito ser incoerente com a situação. Simplesmente não há avanço; estou parado num contínuo revés situacional.

Coisas que em outros tempos me eram queridas hoje em dia me trazem um puro sentimento de estagnação; não vejo saídas, caminhos, objetivos.

O máximo que eu consigo me focar são em específicas situações que perfazem o fluxo da minha vida; cotidianices que sustentam a vontade do meu ser de vivenciar parte da realidade - bichos, histórias, tastes. E acredito que isso é "that's all".

Não tenho muito mais com que continuar no momento, a não ser pensamentos aleatórios que não se encaixam, os quais não fazem vez de notá-los por aqui...


Pois bem, não é depressão, não estou deprimido.


Só me sinto desalocado.
De mim, do mundo.
De tudo.


Mas como eu creio que já proferi inúmeras vezes;
We have to carry on.
So, be it.