terça-feira, 25 de maio de 2010

Dias

Em que se olha pela janela, e não se vê.

Em que se procura, e não se acha.

Em que se pensa, e não surge.



Dias, vazios, sozinhos, impermeáveis...
Dias que passam, se prolongam, continuam e se repetem.

Dias.

Motivos de menos, dias de mais.


Dias que passam e vão embora...
Dias que cismam em serem os mesmos.

Dias...

Que custam a acabar, mas que ao mesmo tempo se deseja mais...


Dias.

Repetição infinita do presente.
Que a qualquer hora pode deixar de ser...


Será que um dia, um dia, substitui esses dias?

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