sábado, 28 de agosto de 2010

Marca

Em outros, é fácil deixar.

Em nós mesmos, quase uma atônita vontade impassível de se cumprir.


Mas...
Tentar-se lembrar daquilo que não se deve esquecer, não é tão natural quanto se pode imaginar.



A única constante do próprio ser insiste em mudar nossa mente, nossos pensamentos, anseios e desejos.
Não se sabe qual é a direção que vamos seguir, e, muitas vezes não se é possível retraçar o caminho pelo qual chegamos onde estamos hoje.


Variável, incontrolável, irremediável.

Essa é a (nossa) sina (de viver).


Pois,
Hoje insisti em marcar.

Que a única marca (lembrança) possível de se lembrar (marcação), é a mudança.

E ela vai sempre estar lá, para quando eu esquecer... do que era, do que fui, do que serei.


Lembrar da marca.
Esquecer da mudança.
Mudar continuamente.


Dois lados que se complementam. Movimento em busca da harmonia. Ciclo interminável.

Um si. Um ser. Dois lados. Uma constante. Em busca de um todo.


( À meu jeito, e está dito. )

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