quinta-feira, 12 de junho de 2025

Voz(es)

 Tudo que se inicia, tende a acabar de forma desinteressante. 


Mas do que isso importa? Se a viver é a nossa única opção?


Qual seria a certeza incerta de se perguntar como pode se haver algo certo?


Na sua cabeça, uma sentença. Na outra, outras. Nas outras, um além-mar de outréns. 


A grande realidade, é que em sua mente existem inúmeras outras sentenças, sobre uma mesma sentença. Sobre um mesmo sentimento. Uma torrente de ideias imaginárias de um imaginário que mesmo sem considerações não aconteceu. 

E o que perdura é o questionamento do que é que pode ser. E a tentativa - incerta - de não se preocupar com essa(s) possibilidade(s). 

"Tudo bem. Talvez seja só (algo) mais. E então? Não se preocupe, vai passar. Vai passar."  - uma voz lá no fundo sussura, como se estivesse tentado te confortar.


E talvez passe. Ou talvez não. 

Mas isso é algo que, com certeza, vai se repetir. 


Bem, o melhor a fazer é não (se matar de) importar. 


Mas, e então? O que seria o certo, além da finitude? 

Tentar? 

De novo? E de novo? 

E passar, pelo mesmo? Por algo que nem valha a pena?

(que...) 


Qual é que seria o foco? 

Qual é que seria a senda? 

Há de fato algum lugar para chegar? 

Perguntas abertas, irrespondíveis, irrepreensíveis. 

A parte... a partir.


Talvez nem se destrair seja a forma mais desejosa de suspirar. 

Talvez o suspiro não seja sequer o último. 

Talvez todo o processo seja em vão. 


Mas siga. 


Tolo. Tolo. e Tolo. 

É uma tolice se debruçar na certeza daquilo que não é para ter sentido. 

Tanto, tanto, tanto.  

Se faz tanto para se divergir cada vez mais do que realmente importa. 


E se a novidade, for a mesma? 

E se a pergunta, for a mesma?

E se a (im)permanência,  for a mesma? 


Talvez a questão seja uma só. 

Si. 


É aí. 


E Ninguém (deveria) se adianta(r) ao passo que não pode (e deve) dar. 

Não há risco maior do que se perder por inteiro


Não. Não há nada muito além. 


E bem...


...porque não é possível colocar um fim em tantas questões, tanto em si? 


"Só siga, sem persistir..." - repete a voz, mais uma vez em mim. 


sexta-feira, 9 de maio de 2025

Vale

 Você sabe quem você foi, é ou deveria ser?


Essa é uma pergunta que em muitos momentos surge.  

Mas, por incrível que pareça, a resposta mais sincera talvez seja: 


"Não!"




Quando percorremos aquilo que dissemos ou fizemos... 

Encontramos uma vaga lembrança do que, de fato, um dia foi. 


E o mais engraçado de tudo isso? 

Às vezes sequer lembramos que havia acontecido certos fatos... 

Mas, o mais interessante? 

Redescobrimos algo que um dia sabíamos! 


É como dizer...

Ainda existe algo "daquilo" dentro de você. 

...pode ser que "nem tudo acabou"! 

Pode até parecer estranho, mas ainda há um reconhecimento diante disso... 

E você pode ser capaz de dizer: 


"Eu sou mesmo eu!"



Digo isso para apontar uma só coisa: que engraçado! 


Engraçado é perceber que a vida não é exatamente linear, e que em momentos estamos cheios, completos, imbuídos de si - e nem sequer temos certeza disso. 

Enquanto em outros, encontramos algo que vem "de fora", mas que muitas vezes nos faz pertencer e transformar em algo que nunca imaginavamos - e isso não é necessariamente algo ruim. 


A mudança é a única constante. 


Talvez essa seja a graça de não ter um caminho certo. 

Traçar as nuances que o mundo (re)apresenta para si. 


E se construir cada dia com uma parte nova, que muitas vezes se metamorfa dentro do próprio ser.

(E que precisa de uma análise como essa para ser (re)conhecida) 


Mas que é interessante perceber que para entender o que se era, e muitas vezes não se enxergar mais naquilo... 

É a prova incauta de que se viveu

Mudanças, felicidades, tristezas, incertezas... e vida.

E ela bate a porta. De novo. E de novo. 


Vale. 


E no final das contas, é isso que importa, não é mesmo? 

segunda-feira, 7 de abril de 2025

Tt.

Tudo tende a terminar - e essa é a única certeza que a gente carrega na vida. 


Mas quando... de fato, algo importante realmente termina... 


A única coisa que nos sobra é o vazio... 

E a dor.  

A dor de se esvaziar. 

A dor de não poder mais acreditar.  

A dor de não poder mais ser o que se é. 

A dor de imaginar - o que é que poderia ter sido? 

A dor se questionar - porque é que você fez tal decisão?


E agora? 

Lidar com os fantasmas de sempre. 


Será que era para ser?

Por que é que não foi?

O que foi que não fiz?

E agora, o que será?

Se é que...

Ah...


A cada passo que não completamos na vida... 

(ainda mais quando nos preparamos para ele...!) 

Nem sempre ganhamos alguma coisa. 


Muitas vezes o que resta são pedaços. 

Rachados. 

Pequenos. 

Que não se encaixam mais.


E o que fazer, a não ser... não ser? 

A única coisa plausível no momento, é tentar esquecer... 


O que o amanhã carrega é a certeza que não podemos ter. 

sexta-feira, 4 de abril de 2025

(not between) Two Points

Just a music sample of somewhat sort of something systematically symphed into the synchronization of the sour symphoms. 


The sale of the own soul that simply spoke seldon sayings. 


The start of the self, sorted into sections, that stain and stop. 


Wihout any symphonies. 


Severe. Small. 


Seulement, .



Between Two Points - David Gilmour

https://www.youtube.com/watch?v=A9qdvkx9E3o


Broke an early promise

Put trust in an unknown

Fell headlong into the arms

Of the first that stirred me

Unsteadied a steady heart

And took me to a place I've never been

A place I've never been since

Stopped hoping at an early age

Stopped guessing at an early age

Start accepting things from day one

And then things can't go too wrong

Just let them walk all over you

Laugh through the punches and the pain

Let the life-blood drain away from you

They're right, you're wrong

And you can see it in the way they look at you

Feel it in the way they treat you

Always the last to know

Always the first to leave

And when the sky begins to fall

The blame, all along in you is yours

Wakes you with a fever at five

Your guardian angel gives up the ghost

And you can see it in the way they look at you

Feel it in the way they treat you

Always the last to know

Always the first to leave

Just let them walk all over you (they're right, you're wrong)

Laugh through the punches and the pain (they're right, you're wrong)

Let the life-blood drain away from you (they're right, you're wrong)

They're right, you're wrong



segunda-feira, 31 de março de 2025

N.0.D.

 Há coisas... 


Na vida que não tem preço. 

E uma delas - por incrível que pareça - é viver! 


Não é nada fácil. 

Muitas vezes não é nada bom. 

Mas algo dentro nos urge a persistir. 

Para que? Por quê? 

Não acho que nem convém mais questionar... 

Isso já ficou para trás faz muito, muito tempo. 


Em todo canto, em todo âmbito... 

Vemos fantasmas passando. 

Até nos depararmos com um antigo self que ainda possuía algo... 

Que hoje já não temos mais. 


Incrível. 

O que me percebo da vida é que não ganhamos nada. 

Só perdemos o que um dia fomos  - ou queríamos ser. 

E tudo bem.

Temos de lidar abertamente com isso, para entender o que realmente...

Nos resta. 

Se é que resta algo. 

As expectativas, as vontades, as intenções, os sonhos...? 

Ah, eles! Se vão...

E só sobra você.  

Diante da realidade crua que é estar aqui (quase) todos os dias, só. 


Talvez, por isso... um petit counsel seja. 

Olhe para os lados - não deixe o tempo passar - o que você ama agora, um dia vai acabar. 

É. Assim mesmo. Eis a premissa de viver. 

E sim! Isso não custa nada. 

(a não ser... o nosso ser, e às vezes, a nossa sanidade) 



De tudo que já aconteceu em minha vida... 

(nessas horas) Fico com o gosto de que já passou. 


E me acordo que, infelizmente, nada depende de nós. 

Não importa sua vontade, não importa a sua dedicação, não importa o que foi feito... 

(você) Não há controle. 

O mundo gira - e desaba - como e quando ele quer. 


Não consuma-se em resultados - pois pode ser que o fracasso seja a única opção. 


Mas, insisto... que nada disso nos impeça de viver!

(É grátis. Lembra-se?!)


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Bem... 

E se tudo que um dia foi, não é, e não mais será... 

O que se pode inferir...?


A única coisa que deveria se perguntar, no final das contas é... 

Estou tranquilo comigo mesmo?


Pois de nada importa todas as conquistas...

Ou onde (de fato) você está. 

Se não há uma nuance de tranquilidade. 

Seja aqui, no agora... 

Ou pelo que você fez, num passado (nada) distante. 


Pois no final... você sempre acaba pagando o preço. 

As vezes de algo que nem mesmo foi seu... 

(meu) Bem?! 


Mas eu acho justo não perguntar nada disso a ninguém. 

Pois é bem provável que as pessoas não estejam muito interessadas em se importar com isso. 

E sabe... não importa.  


Qualquer dia (também) não vou estar mais aqui. 

E a única coisa que eu posso fazer é acenar com a cabeça para (dentro de) mim mesmo. 

É isso, meu rapaz. 



Non, 0 (zéro), disparaître.