sexta-feira, 9 de maio de 2025

Vale

 Você sabe quem você foi, é ou deveria ser?


Essa é uma pergunta que em muitos momentos surge.  

Mas, por incrível que pareça, a resposta mais sincera talvez seja: 


"Não!"




Quando percorremos aquilo que dissemos ou fizemos... 

Encontramos uma vaga lembrança do que, de fato, um dia foi. 


E o mais engraçado de tudo isso? 

Às vezes sequer lembramos que havia acontecido certos fatos... 

Mas, o mais interessante? 

Redescobrimos algo que um dia sabíamos! 


É como dizer...

Ainda existe algo "daquilo" dentro de você. 

...pode ser que "nem tudo acabou"! 

Pode até parecer estranho, mas ainda há um reconhecimento diante disso... 

E você pode ser capaz de dizer: 


"Eu sou mesmo eu!"



Digo isso para apontar uma só coisa: que engraçado! 


Engraçado é perceber que a vida não é exatamente linear, e que em momentos estamos cheios, completos, imbuídos de si - e nem sequer temos certeza disso. 

Enquanto em outros, encontramos algo que vem "de fora", mas que muitas vezes nos faz pertencer e transformar em algo que nunca imaginavamos - e isso não é necessariamente algo ruim. 


A mudança é a única constante. 


Talvez essa seja a graça de não ter um caminho certo. 

Traçar as nuances que o mundo (re)apresenta para si. 


E se construir cada dia com uma parte nova, que muitas vezes se metamorfa dentro do próprio ser.

(E que precisa de uma análise como essa para ser (re)conhecida) 


Mas que é interessante perceber que para entender o que se era, e muitas vezes não se enxergar mais naquilo... 

É a prova incauta de que se viveu

Mudanças, felicidades, tristezas, incertezas... e vida.

E ela bate a porta. De novo. E de novo. 


Vale. 


E no final das contas, é isso que importa, não é mesmo? 

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