sábado, 19 de agosto de 2017

É

Estar. Ser. Perceber.

A (Ir)realidade é tão estranha que parece... ela nem parece. É isso o que acontece.

Alguns fatos - algumas pessoas - alguns casos - algumas situações - alguns gostos - e alguns rostos.
Tudo isso parece tão distante. Evidente em uma(s) outra(s) vida(s) que já se fo(-ram)i...
Mas esses supra-citados simplesmente te pertencem. A ponto de parecer - ao mesmo tempo - que a passo de que nada disso persiste como real (é como se de fato nada disso tivesse acontecido!) o sabor e os sentimentos desses momentos conseguissem se retratar em sua mente com um frescor desigual (talvez só nela! Talvez tudo isso tenha se passado só - e somente - nela).

Não sei como me explicar... é uma situação estranha...
Ler palavras de pessoas que já se foram (daqui). Não se reconhecer, as vezes, em suas próprias palavras... que estão marcadas por aí... não entender, não identificar que aquilo (um dia!) foi você.

Se enxergar como menos do que era...  sem que hoje, não sei, talvez nem saber se definir - ou se interpretar no papel de si próprio...

O caminho do (meu) (irre)conhecimento as vezes gera nuances tão extrusos que você não consegue identificar de onde veio - como chegou até onde está - e muito menos o que fez para se encontrar justamente assim. Agora.

São passos em um perdido. No vazio etéreo que é a definição do rumo da (própria) vida.

É aquela velha máxima... do amanhã ninguém é dono, e jamais se pode prever o que vai ser dele.
Mesmo que estejamos no mesmo lugar (físico) quem disse que seremos (nós e o lugar!) os mesmos?!

Cada leitura dessa repetição anotada no tempo se faz uma nova interpretação do mesmo, marcado, dito, e... feito.

Vivo hoje. Sim. Talvez até o agora.
Mas... mal sei, se eu (mesmo!) estarei vivo... quando quer que... seja (!).

Pois bem, é como disse logo de início...

A história está presente em nosso cerne; e não adianta em nada se questionar sobre isso.

Somente hemos de Perceber: para Ser, devemos, por aqui, Estar.

sexta-feira, 14 de abril de 2017

...

A linha da vida é tão tênue...
Como ela se dá, como ela surge...
E como ela se vai, se esvai...

Saber que o agora (presente) só é agora por estarmos por aqui, vivos, é tão... ineficiente.
Entender que o próximo minuto pode se converter em nada é... tão Real.

Um gosto amargo que surge ao entender o que de fato é, ou seria, uma despedida (de verdade)...

A vida simplesmente acontece em nossas mentes - e assim parece que só seja.
Somos claramente dependentes disso... dessa condição.
Uma vez que ela não funcione, os traços se vão. Os fatos se vão. Nós, vamos.
Não há (um)a realidade.

e... puramente... (a partir disso)
O que traçar nessas entrelinhas da 'vida' toma para si um significado tão... vazio.
(Como sempre o foi...)
Pois elas, são (e estão sendo) escritas em plena areia.

So, It should pretty much seem like this:

Stay.
Stand.
Stop.
...Silence.

C'est ainsi... La Vie...

quarta-feira, 29 de março de 2017

F.

I feel.
I know that I can still... feel.

But what?

What is this odd sensation that I (rarely) have, like If I was still young and had much that haven't been covered up by my mind, body, and soul. Like some moments are up to be real. Ready to be lived.
Why this weird thing keeps on insisting in me?

Some-much-times (and this has been pretty much lately) I just act in a numb and lost way - like I have been (long) gone. Like I am meaningless and helpless. Just like I am being here for a random purpose, without really caring or being around.

This has been necessary. But I can't keep on going like this anymore... I'm tired of being "null"... I could just "do"...

And... I know.
That I feel
That I still can.
( I won't be dead before I am gone)

I strangely feel that I need to live - that I need to share - that I need to care.
Something points out that I don't want to spare this lifespan, with mindless problems and small questions.
With people and situations that I shouldn't take part of.
With things that were not tailored to (be lived by) me...

I am having a few unconscious moments; a bunch of un-present days. All to just try to stay in the path of a much-requested way (of life).

So I know that I still (...can...) feel something - wish(es), need(s), time(s).

That I do need to keep on feeling - I must not deny it, to (try to) feel alive.

This might be the only way out of this self-shell of solitude. Out of this way around panorama of a bland and gray horizon of thoughts and (dim) expectations.

I must feel to find.
I must have passion to stay... in line.
(...with my own true being)


segunda-feira, 13 de março de 2017

Du!(bio)

A dúvida da certeza é o máximo que eu consigo definir.

Quanto mais eu penso naquilo que pode ser, o mais eu me questiono sobre aquilo que poderia ter sido.

Não existem momentos certos - somente breves lapsos dessa tamanha incerteza.
Não é por ser algo incoerente... a coerência, aliás, deve estar perdida por aí. É mais como um clarão que de fato não conseguiu se revelar ante tamanha infinitude.

As coisas mudam ... e mudariam, mesmo se elas fossem, teoricamente, as mesmas.
Viver nessa indefinição não deveria ser algo definitivo - mas quanto mais o tempo passa, maior me parece que essa é uma estranha sina que me acompanha desde muito cedo...
Há, claro, bons aspectos. E não me convém citar agora...
Mas, o que complica é estar navegando por aí, quase que sem rumo - pois me parece que lugar algum, é para onde vou.
Tudo roda, todos giram. Novidades estão por aí.
Me sinto... parado.
Apesar de estar em atividade, não avancei absolutamente nada (mas, afinal, para onde eu desejo ir?)
...
O amanhã em nada me espera - me sinto, me lendo, me pensando, me analisando, como se o ontem estivesse tão presente na minha vida (atual) que as vezes me questiono se algo de fato aconteceu.
É uma estranha sensação sempre que olho para trás... reconheço traços, sou capaz de sentir as mesmas coisas, das mesmas maneiras...
Parece que as coisas resvalam em mim, e, eu, simplesmente passo - sem deixar traços - e elas continuam seus rumos; geralmente melhores, creio.
E, eu, bem... aqui, continuo.
Talvez seja essa minha vida - talvez sejam essas as minhas condições (no caso, a atual, com o que faço, da forma que vivo, e o que isso me propõe) que me transmitem essa sensação.
É como se eu não tivesse feito nada de relevante; nem pra mim, nem pra nada, nem pra ninguém. E o mais estranho e que eu também não tenho muito desejo que isso mude.
Não é uma questão nem de constatar - é simplesmente de sentir.

As vezes me parece que o passado não passou, e eu simplesmente consigo viver perdido a um monte de memórias - reimaginar situações; encarar meus amigos e os dias, como se eles fossem um perene 'antigamente'...
Já tentei avançar, escalar, mudar... tanto... que me parece que volto(ei) ao mesmo lugar.
Já (e mais uma vez, como sempre me pareceu) sinto que a minha maior dúvida, é se, mesmo, tenho certeza de seja o que for!

Pego-me pensando; me definindo; tentando resistir e persistir em tentar alcançar uma melhor percepção daquilo que aconteceu - tentar suscitar qualquer possibilidade do que quer que possa acontecer.
Não pretendo cortar minhas raízes; mas definir, de fato, o que é necessário. O que devo considerar, e o que nunca abandonar.
E, definitivamente... o que devo deixar, perpassar... para poder seguir, em alguma rota. Pois... não sei... até quando irei conseguir acatar essa minha condição - de ser, de estar, sempre no mesmo lugar - o que me agrada afinal, mas, o mesmo, hoje, se faz tão incerto... que a luta é permanecer da forma que me propus: em Paz; vivo; discernido. Aqui.
Pois bem... nem sei mais onde estou... e tampouco consigo entender para onde ir.

Não creio que esse sentimento vá mudar, tão, assim, simplesmente... creio que durará. Só espero que isso não seja indefinido, e que um dia eu possa me contentar (e completar) com o que se apresentará, dadas as condições e as proposições que eu ainda desejo (...) ...

Não sei se vou me encontrar...
É tudo tão dúbio...
Só me resta...
A dúvida.
de...

sábado, 24 de dezembro de 2016

Menos; Mais. Que seja.

Quando analisamos a nossa situação, e mais, a nossa disposição, conseguimos, em parte entender o que precisamos (ou não).


E minha situação é ímpar em minha vida.
Não me encontro com motivos, sequer objetivos. Vivendo um presente tão falso quanto as minhas expectativas que isso mude.
Sem estudos, sem avanços, sem muita coisa que eu possa chamar de 'meu' ou de simplesmente algo o qual eu esteja de fato vinculado - mais perdido que sempre, talvez, fazendo algumas mesmas coisas para simplesmente não flutuar por aí.

Como eu já havia dito -  e não só a mim mesmo - passar de 'quê de estudante que talvez vá a servir ou fazer algo' para um mad worker wannabe - o qual ninguém dá valor nem simplesmente pensa em algo como aprovaçao (não que isso me importe) - é uma situação a qual eu não curto, não gosto ... mas é o que se apresenta. E, assim, vai sendo.

Um ano mais de aceitação e entendimento do que qualquer outra coisa.

Nada de renovação. Nada de re-expectativas. Talvez um algo de cortes; alguns indesejados, outros inesperados, porém em realidade necessários, ou no máximo compulsórios.

Quase 100% perdido por aí. Incapaz de traçar um caminho ou uma meta que anime a sair do lugar - e eu pergunto, por quê eu deveria?

...

Mas pelo lado da disposição, me parece que eu gastei todas as minhas energias nesse ano para tentar me recompor - me re-conhecer - e, quase tudo, que eu tentei fazer simplesmente ... não rendeu frutos.

Palavras ao ar, muitas vezes. Sinceridades sendo desperdiçadas por aí.
Mas não posso reclamar, eu mal sei o que queria - e ainda não sei o que devo desejar.

logo, é bastante complicado pensar em algo, traçar uma alternativa, vislumbrar coisas sendo que na essência do meu ser não há uma gana... um desejo que clama ou explica o que deveria ser ou ter.

Não consigo - e talvez nem queira - conhecer; pessoas, coisas, opiniões.
Não há motivos para passar e repassar vidas alheias que vão permanecer da mesma forma.
Nao prevejo - e talvez simplesmente não exista - verdadeiras opções, que me retirarão desse marasmo inato a minha condição, permeado de expectativas desatadas.

...

Essa nova vivência com o agora - que se revela na vida única que nós temos, me faz questionar todo tipo de coisa, a maioria dos tipos de relações e o quotidiano que nos cerca. São intermináveis dúvidas preenchidas de todo tipo de incerteza - que se eu for expôr uma a uma, posso escrever durante horas... mas é melhor não. Que eu as guarde, só destacando que eu não sei qual caminho seguir - abraçar o que eu já tenho, utopicar um vislumbre de uma vida em paz, ou simplesmente me entregar (um dia) a tradicionalidade e viabilidade de ser nada, e estar satisfeito por 'levar uma vida normal'?

Tão complicado.
E os anos passam.
Eu nem os vi passar.
Não me sinto com a idade que tenho.
Mas, sei que eu deveria estar a ponto de propor alguma possibilidade nessa vida.
Tudo para que eu não me perca só e inalcançável nesse poço de dúvidas, numa incapacidade de concluir o que quer que seja.

Ou...

Simplesmente me esquecer que o tempo clama, enquanto permeio o 'agora' com bons gostos e uma paz inerte e real.

...

O todo já sabe que eu não tenho raízes. Nem fé. Nem sonhos. Nem vida; quase.
Mas mesmo assim eu sigo - ou tento - esbarrando nas vicissitudes dos momentos da forma mais ágil possível.

-

Talvez pre-passar o futuro para que ele simplesmente se torne presente; viver, apesar de tudo?
Mas, como?
E mais...
Com quem? Consigo mesmo?

Fins de ano. Família. Nada.

Me sinto cada vez mais a parte, e menos presente nesses destaques que deveriam significar algo - ou tudo. Just like fading, as a whispering wisp, passing by.
Sem sentido. Sem (muita) importância.

Talvez essa minha mente não se reflita, e nem espelhe... mas tudo bem, o que me importa é que ela funcione - nem sempre a todo vapor, mas sempre. Estar presente, afinal, é essencial.

-


Acho que...
Tudo que eu não quero sentir, mesmo, é que eu esteja desperdiçando tempo, o tempo inteiro.

Porque... tudo e nada, andam se confundindo tanto... ultimamente...

sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

(Só)[-mente]

Em nossos pensamentos.
Em nossas vidas.
Em nosso ser.

Existe algo mais óbvio e contumaz do que estar - só ?
Nossa mente insistir em criar companhias, que não passam de um pseudo momento para que não nos encontremos nesse estado sensório do ser. Sozinho.

Sorte daquele que um dia encontrar - ou que encontrou - um outro o qual o consegue compor - o que sem pedir, está lá; o que sem perceber se faz parte do âmago mais íntimo do si - o pensar; ele te influencia sem se fazer presente, ele existe sem tomar parte.
Mas é uma pena quando isso aconteceu um dia; e não acontece há anos - e ainda assim tal sensação ainda insiste em te tomar. É estranho; talvez seja único, talvez seja (a) única.

Porém, não mais. Um tempo atrás. Quando as complicações e a idade permitiam com que se pudesse permear o pano da vida através de algo-a-mais-que-a-carne - alma, será?

Pois bem.
Pois mal...

Talvez seja a sina; não só minha, devo dizer.
Só. E, estar, sozinho.
Ao ter de se encontrar com alguém... Tente fazer com esse alg(uém)o lhe faça sentir ao menos preenchido; talvez a individualidade as vezes não te (ou o) permitirá. Aliás, não é sempre que se vive tais encontros... talvez uma vez, talvez um dia. Mas sem nenhum receio de se estender.

A parte não lhe faz mais. A mente incoerente dos pensamentos (alheios, em principal) se perfaz de outras frequências... o caminho, sozinho, (é o único que) se apresenta para que você possa o seguir.
Não adianta se agarrar aos atalhos que passam nessas horas - permeio-os, deixe que eles o guiem, mas não se apegue, não se prenda. Deixe o fluxo tomar conta... dos outros. Mesmo que você continue estacionado (no tempo).

Só a mente faz de você algo. De você único. Não insista em tentar fazer o que não lhe cabe; deixe que os fatos aconteçam por lá. Seja o ser que deve estar presente, ao menos aqui, ao menos agora.

Frequentar os momentos que lhe clamam, sem hesitar em viver - mas, nunca, se entregar a comodidade do impróprio - para você.

Só a (sua) mente pode te acompanhar.

As impressões são imprecisas, e o mundo se alimenta delas para se mover - tanto o mundo, quantos as pessoas que se orientam dentro dele.

Não há como almejar algo além daquilo que precisamos... e muitas vezes... não há nada que insiste em se apresentar. A nós - para sabermos do que se trata.

Seria impróprio dizer que posso ser uma má companhia - que devido ao meu ser estar solto e perdido não posso preenchcr - não é esse o caso. Não quero influenciar. Não quero desviar. (...) Posso estar. Talvez seja o máximo. Mas é fato, que de fato, eu preciso de algo a mais... (quem me dera um dia eu achar uma nova vida, após essa outra que eu já perdi).

Com-panhia? Sim.
Mas, por enquanto...

... creio; só posso (me) mentir, e manter a minha mente, só(la), a meados d(e um)o fim ...