segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Perdições Passadas

Essa, no caso, datada de 21 de agosto de 2008.

Só para constar aqui, pois ela quase se perdeu nessa noite, em que um HD pode acabar com toda uma série de memórias - afinal, por quê dependemos de coisas? ...


Estudar .. continuar .. viver.

São coisa que todos tem de fazer, pra chegar em algum lugar.

Sempre foi, e provavelmente sempre será assim.

Frsutração não é tudo, mas é muita coisa.

Senttir-se a parte, diferente ... não ver, e não ter nada e ninguém não é solução de nada, somente o começo de um abismo profundo, que provavelmente parece que é o caminho que estou conseguindo chegar.

Lutar, fazer-se valente. Acreditar, imaginar. Acaba sendo muito em meio a nada. Ao nada que se resume a vida.

Religião, fé, obscuridade. Formas de certas e gratificantes de alcançar o mais importante - o fim da vida. Que em meio a tantos, e tantos, e tantos ... que foram, que são e que serão, não é, e nunca será nada.

Individualidade cria realidade. Coletivo cria percepção. E verdade, é o que? Não existe nada uno. Um pensamento em si, não é, nada, senão a realidade individual expressa pra coletividade perceptiva.

Chegar a algum lugar a meio disso tudo, acaba não sendo nada - como disse inúmeras vezes até então.

Onde se quer chegar? Para que ao menos tentar? De onde vem satisfação em meio a coisas tão efêmeras?

Pensar ... é algo impensável. Números, invenções, soluções? Pra que isso tudo?! Tudo começou de uma forma , e assim será até todo sempre.

Como existem âmbitos tão infinitos, e outros infinitamente pequenos? Pra que tantas possibilidades em meio a um horizonte de expectativas que, em ultima instância, não passa do nulo? Afinal de contas, do que pode se esperar, no fim?

Se uma galáxia é nada, ao mesmo tempo que mínimos elétrons podem ser tudo ( seja na importância, para algo, alguém ou situação ), como se explicar o que somos? O que é um pensamento? Enfim, para que tudo isso?!

Distâncias discrepantes, idéias discrepantes. Pessoas que imaginam ser o centro, do mundo, de tudo.

O poder não está em nossas mãos ... porque, por fim, não há poder. Há uma entropia intrusa, no interior, no exterior, e tudo aquilo que se acredita pode sumir como se apenas fosse uma fagulha - no momento em que mais brilha, se acaba.

Salvação? Continuação?

Talvez o medo de se entender como finito leva as pessoas a acreditarem nisso tudo.

Tudo que acaba, tem de continuar.

Nenhum humano - e provavelmente nenhum outro ser, que seja um víurs em sua emancipação - se contenta com o final.

Querem mais; mais do mesmo, mais do que gostam, mais do que não gostam, mais de tudo! Não existe como parar.

Nada para, ninguem para. Tudo é um caos onde o movimento que leva a tudo, a todos os acontecimentos e inclusive a todos os pensamentos - forma mais abstrata de solidez - é desconhecido.

Não sabemos o que há adiante. Pense como quizer .. além da porta, além da consciência, além do outro, além da galáxia, além daquilo que não sabemos e buscamos entender.

A vida defitivamente é um jogo de probabilidades - e talvez um dia exista quem consiga definir essa equação, antevendo tudo que vai acontecer, em números, que na verdade, são corpos estranhos, por essência indefinidos, e, indefiníveis.

Um Jogo onde ninguém e nada vence.

O universo como um todo ... as partículas mínimas ...

Quem é quem, o que é o que?

O que somos nós?

O que é tudo isso?

...

( É engraçado ler essas coisas. Sem que nem você saiba o próprio contexto... )

2 comentários:

Gustavo F. disse...

Lolol.. Essas idéias e sensações ressoavam (e ainda são suficientemente ressoantes ) na minha infeliz e pouca consciência. Infeliz justo por isso mesmo: em saber que não se pode esperar nada do exterior, nada do além do existente;e não fazerendo nada a respeito,nem prosseguindo , ressentido, certo de que os limites do estudável são estes apenas.

A ciência em que se baseia o texto não foi desenvolvida para explicar o que não acontece, justo o contrário: se aprofunda esquizofrenicamente no real e palpável limitado dentro de uma curta faixa temporal, fugindo do vazio que as questões existênciais provocam. E muita gente não se preocupa com isso. É mais fácil se preocupar com que se tem agora, sem se importar com o que pode vir depois, ou que veio antes (detalhes enlouquecedores, apenas).

Os meios de se viver e o aperfeiçoamento destes, para se ganhar tempo no trabalho (por exemplo), permitiria que as pessoas pensassem mais nas coisas em que gostam, e as praticassem mais. Isso preencheria o buraco sentimental, e o que se sente é o que é real.. So, it's an entire reality if you want to buy. And it's not so ugly.

F.Z. disse...

Not really.

Se você desconsiderar o todo ( o antes, o agora, o depois ... o que existiu, o que não existiu, o poderia existir ... ), bem, você fica somente com uma parte.

Se você considera que somente uma parte, é uma realidade ( e que essa realidade por deveras escolhida é real ) você não ( se ) preenche - não, nada! Nem a si mesmo! Vendo as coisas por um lado só - independente das questões existenciais ou não ( que nesse caso presuposto mais soa como 'fuga' ) - você nem sequer se acha! Nunca vai se descobrir - verdadeiramente - quem é.

Terá a ilusão-real de uma realidade-inexistente.

Ok. That's not ugly, if you really want to live by *yourself*. If you want to pretend.
But you know, once you have the conscience ( and the confidence ) of these things, you can't simply deny them, by living for *itself*.


Quanto a ciência do texto ... enfim. Acredito que sim. Mas que não seja só para isso. Na verdade, isso é só uma parte... só uma parte... afinal.

Como dizer tudo aquilo que "não-existe" então?

E se não fôr isso, o que será, que alguém, como eu, fala por aí?


Há de se pensar... ( por isso quando digo que algo foi escrito em 2008, foi em 2008. É sempre bom atualizar. You know. We are changing. And the change, we are.

I am. At very least.