segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Daily Li(f)e

A vida diária não passa de uma mentira que contamos a nós mesmos para continuarmos (ou tentarmos) - sãos; em meio a tudo. Em meio o nada.

Como aceitar que o tempo se passa e não o vemos?
Como acreditar que tudo aquilo que se passou já é algo que nem mais sentimos?
Como refutar que os sentimentos mais intensos em nós mesmos não fazem mais parte da nossa diária vida?

Os "bons tempos" sempre foram outros, independente de quando vivemos - talvez eles não tenham sido tão bons assim, àquela época...

Por quê será que não conseguimos vivenciar a felicidade no momento em que vivemos?
A fluidez do momento nos impede de enxergar aquilo que realizamos?

Nada é tão ruim que não possa ficar pior...
Mas, por quê o bom momento de nossas breves vidas não pode perdurar?

Um breve questionamento, uma pequena reflexão pode ser capaz de pôr tudo a perder - por quê de fato estamos aqui e fazemos disso um único fato?

Estar desperto para entender que o algo a mais deve ser o que se faz; compreender que o caminho é o que importa; evitar as insensatas utopias; tudo isso pode fazer com que a nossa mentira diária se torne ao menos um pouco mais de verdade. Enfim, é algo a fazer. Tentar criar em em nossa mente algum fluxo verídico de vida, o qual de fato vivenciamos, é um difícil procedimento de reconhecer que "ser" e "estar" fazem parte de um processo de percepção daquilo que realmente importa (ou deveria importar).

Por entre esse dilema transcorrem os fatos, os dias, a vida... e percorrer essa passagem é um rito diário que deveria ser composto mais de menos, mas que esse menos possa ser de fato; algo.

Algo - sem regras - para conceber um ritmo rotineiro que desconsidere soluções.
Afinal, etapas, sejam elas quais forem, irão se suceder até um momento que as não consideraremos mais - seja por uma eventual finitude ou o emaranhamento de (as) situações...

Somente tenho algo mais a dizer:

(que) Seja.

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