segunda-feira, 6 de novembro de 2017

TransVer

As vezes enxergo no rosto das pessoas passagens de livros - detalhadas descrições de uma personalidade abstrata que se configura por uma ação não necessariamente ativa vinda de cada uma delas.

Transfiguro passagens - "me reío" das situações. Como se houvesse um mar de páginas que transcorrem na minha cabeça; como se tudo que eu estivesse vendo já houvesse sido escrito, ou ao menos 'redigido' em minha mente. Não um deja vu, mas algo... já natural, o qual não expressa nenhuma nova particularidade.

É uma situação pra lá de engraçada... vejo personagens de uma vida que, para mim, é tão real quanto parágrafos manuscritos há décadas - eles estão dados, e... eu, bem... nem sei se sempre os vivencio quando os encontro.

São dias. Horas. Segundos.
De... re-imaginação.
Das páginas que se apresentam e se fecham sem quaisquer continuidade; as quais eu já nem mais as percebo, nem mais as descrevo... elas correm. Se sobrepõem... e, bem, tudo - novamente - se configura como nada no cerne da minha (in)percepção.

Estar (e) ou não estar já não faz mais tanta diferença (nesse mundo [tão irreal])...

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