quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Incertidumbre

Have you ever felt not feeling that you're you in your own life?

Maybe not. That's not normal. Not easy. Not satisfying. And not supposed to happen...


Mas bem, isso não é realmente o que de fato importa. ...
Só vim descrever, sem nenhuma vontade de sequer fazer isso bem, como estou me sentindo no momento; que talvez seja a mescla de um monte de sentimentos que venho sentindo ultimamente, mas que eu teimosamente não quiz escrever algum, por simplesmente estar passando uma situação atípica e de fato não poder concluir muita coisa... mas dito isso, hora de dizer algo.

Algum ser que talvez se confunda, podendo descrver como nostalgia, o fato de que eu estou fazendo: vendo fotos antigas e tendo um sentimento estranho.
Mas não, é um sentimento ser estranho a seu próprio ser que um dia, talvez, de fato tenha sido algum ser. Enfim, talvez será...

É que simplesmente, estando aqui a dois meses e pouco ( veja bem, isso não é muito tempo ), estava vendo uma foto mais simples do mundo: eu em meu quarto. E o que eu senti foi ...  não sei se aquilo de fato era eu. Se de fato era meu quarto. Um sentimento de depertencimento estranho, raro e completamente forte. Não é nada bom... é algo confuso, que faz com o tal futuro meu seja mais uma vez questionado, mas dessa vez de forma tão contundente... que chega a doer, de alguma forma...

Eu, estranho que sou, me coloco a pensar e a ver fotos mais antigas. Teoricamente elas não deviam dizer nada - bem, é importante lembrar que eu já tenho esse sentimento que uma vida já se foi, quando estamos falando de algo relacionado a 7 anos que se passaram em um mundo completamente fechado e avulso - mas sim, disseram alguma coisa. O fato é que eu não sinto gosto amargo ao vê-las, ao ver quem já passou e não está mais ( coisa boa, coisa boa... a amargura já foi substituida pela vontade não explicável de que talvez nem tudo possa ser tão concreto, e que ao menos, em meus pensamentos e sonhos esses encontros e possibilidades possam de fatos existir ), ao ver coisa que já foram e não serão jamais... nunca mais. Me disseram que, sim, lembre-se, guarde-se, viva.
E estranhamente, é o que eu tenho feito, mesmo que sem saber...

Você só percebe que acabou algo, quando de fato percebeu que algo existiu...
Mas não há como ficar parado no mesmo lugar. Somos só um, somente um, solo, solo... sozinhos, simplesmente, mas isso não deve afetar em nada a nossa sanidade e sabor de sobreviver ( essa se faz uma boa palavra, pois alguém que costuima pensar de forma tão gélida, tem algum contato com o fato de que é tudo é menos do que parece ser... mas a nossa função é fazer que tudo se transforme em todo, e que seja mais, mais... mais ... ).

Não é que tudo esteja mal, não é que tudo esteja ruim... Não é isso. Ao olhar, tudo parece bem... tudo me parece que está bom. Eu não tenho do que reclamar, e na verdade não estou reclamando...
É só que tudo, me parece um pouco... indefinido demais - e mais indefinido do que jamais foi. Endorfine esse momento.
Indefina a minha vida...

Isso é algo que eu não consigo lidar.
Não muito bem.
Isso é algo que eu não sei o que fazer.
Não muito bem.

Existem inúmeros e inúmeros momentos por aí...
Só me parece que essa indefinição me traz um (in)justo sentimento de solidão aprazível nas noites mais serenas...e que vem acontecendo, ultimamente com mais frequência. Talvez eu realmente esteja me dando conta do quanto isso é forte e verdadeiro em mim ( não que já nou soubesse ) ... mas talvez, é só simplesmente uma questão de se acostumar. Se entender... se virar, e de pronto, ver! Mas por enquanto, persiste a escuridão. E o caminho a gente vai traçando de vez em vez... passo a passo, descobirndo aonde pode se pisar, e não... criando pontes, destruindo outras. Avançando, pois, na verdade, é só esse caminho que se tem a seguir... só esse. Qualquer outro, é o fim.

Mas... voltando, um pouco mais, um pouco antes...
Eu não consigo entender ainda, como é que esse tal fato d'eu me sentir tão longe seja algo tão presente e forte, mas infelizmente eu não posso fazer nada...

É evidente que nesses últimos 2 anos minha vida foi de fato algo a parte... eu posso ter perdido muita coisa, mas sinceramente venho aprendendo muito... Mas acho que, bem, passar todo o tempo assim, numa generosa indefinição nos faz perder total e completamente a base, a raiz... não saber o que se fazer, o que será... não ter pontos para se apoiar, nem sequer um... um porto seguro para se viver ( que de vez em quando seja ) é... perdição. Solidão. Indefinição.

E se o fato continuar da mesma forma, foi porque um dia eu mesmo me prometi ter força e coragem nesse caminho imprevisível... que, sinceramente, me parece mais curto e finito do que qualquer um posso imaginar.
Estamos hoje, aqui... amanhã alá!

Ah, como não sei de nada o que realmente afirmar, como não sei a forma de me portar diante disso tudo... como não sei... Quantas vezes contar. Quantas vezes viver. Quantas vezes ser eu. Quantas vezes querer ser "você" ...
Como esse tempo passa... como me custa deixá-lo continuar.

Hoje aqui. Dessa forma. Vivendo como creio que seja o melhor a se fazer - e sim, desfrutando algo, não há porque se decepcionar.
Amanhã ali, não sei bem onde, não sei bem como, não sei bem... sei, que o mais certo, seja que eu venha a me sentir assim, de novo, sozinho... mas lembrando do infinito que já passou por mim, de quanto eu já falei, de quanto eu já tentei...

Espero, sim, tomara, que algo que eu tenha dito, seja o que for, tenha feito alguém pensar acerca de algo, tenha criado uma nova forma de ver... não quero deixar marca alguma, não quero deixar nenhuma lembrança - só queria contribuir com algo, por menor que seja. Queria uma pequena mudança nos poucos que de fato acredito que talvez eu possa... compartilhar.

Que um dia... se coloquem a pensar.


O que será que pode ser feito, ... o que será?

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